O corpo do músico Dinho Santiago, membro da Velha Guarda Show da Portela, vai ser enterrado nesta sexta-feira (21), às 15h15, no Cemitério Jardim da Saudade, em Paciência, na Zona Oeste. O velório será na capela 4, a partir do meio-dia.
Dinho tinha 39 anos e sofreu uma parada cardíaca nesta quinta-feira (20), na UPA de Santa Cruz, onde estava internado desde quarta-feira (19), após sofrer um infarto. O sambista seria transferido nesta sexta-feira para o Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro, no Humaitá, onde faria um cateterismo.
Jorge Luiz Santiago de Sá, seu nome de batismo, começou no samba tocando em grupos de pagode da Zona Oeste, na década de 1990. Após participação na banda base de uma rádio na Costa Verde (RJ), passou a integrar a bateria Tabajara do Samba, em 2003. Anos depois, por volta de 2007, começou a se apresentar esporadicamente com a Velha Guarda Show da Portela na percussão. Em 2014, tornou-se membro efetivo do grupo, que está completando 50 anos de carreira, destacando-se em instrumentos como tantã, cuíca, repique, tamborim e outros. Tinha, ainda, presença cativa em todas as edições da Feijoada da Família Portelense.
Nos últimos anos, disputou samba-enredo na Portela dentro da parceria conhecida como Samba dos Crias. Formado por jovens talentos portelenses, o coletivo deu origem a um grupo de samba do qual Dinho era um dos fundadores.
Na Sapucaí, desfilava sempre no último carro de sua escola do coração, ao lado dos demais membros da Velha Guarda Show. Muito amigo do ex-jogador Ronaldinho Gaúcho, Dinho convidou o atleta para desfilar em algumas ocasiões. Fora da música, ele desempenhava a função de técnico em manutenção de computadores, sendo responsável pelo conserto das máquinas do barracão da agremiação.
O presidente da Portela, Luis Carlos Magalhães, o vice-presidente Fábio Pavão e toda a diretoria se solidarizam com os familiares e amigos de Dinho neste momento de dor.
"O Dinho era uma pessoa muito dedicada e talentosa. Ele também sempre me acompanhava nos meus shows solo. Vai fazer muita falta", lamentou Tia Surica, baluarte da escola e pastora da Velha Guarda Show. "Ficarei sempre com a lembrança do cara sorridente, do músico esforçado e do grande amigo que ele era", completou Serginho Procópio, cavaquinista da Velha Guarda Show e ex-presidente da Portela.
Foto: Divulgação
Fonte: www.gresportela.com.br