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quinta-feira, 12 de abril de 2012

Escolas do Acesso começam a sair de seus barracões

Por Bernardo Moura

As escolas do Grupo de Acesso A e B e algumas escolas mirins começaram (ou começarão) a sair dos seus barracões antigos que estão localizados na Zona Portuária do Rio. A principal razão para tanto é a construção do Porto Maravilha, projeto desenvolvido pela Prefeitura do Rio e empresas privadas para revitalização daquela área e funcionar a pleno vapor nos Jogos Olímpicos de 2016. O SRZD-Carnaval conversou com os presidentes das escolas Cubango, Viradouro e Santa Cruz, e o engenheiro-gerente de Projetos Especiais da obra, Rogério Riscado.
As obras, que começaram no primeiro trimestre de 2010, tiveram um investimento inicial da Prefeitura de R$350 milhões e de R$8 bilhões por partes das empresas envolvidas. A previsão é para que a mesma termine em 2015. De acordo com o engenheiro-gerente de Projetos Especiais, Rogério Riscado, o Porto Maravilha se encontra na segunda fase do projeto e que está bastante adiantado.
"O começo das obras foi no entorno da Praça Mauá e, hoje, estamos maciçamente na área perto da Rodoviária. O projeto não vai parar e nem o Carnaval vai acabar. Nós temos que viver harmoniosamente para que não prejudique o andamento das escolas de samba", disse.
Segundo o engenheiro, no mínimo 14 escolas (incluindo as Mirins) que mantêm seus barracões no entorno da Praia Formosa, no local mais conhecido como Carandirú, estão se deslocando para um terreno alugado, que foi limpo e higienizado pela Prefeitura, no Cajú.
Riscado disse que todas as escolas que têm seus barracões na área do Porto vão ter que sair obedecendo o desenvolvimento da obra. Entretanto, a ideia é que as escolas fiquem num local definitivo, inclusive depois da obra terminar.
"Eu sei que eles estão conversando com a Riotur para que eles fiquem juntos. A Liesa, a Lesga e a Aescerj estão ajudando muito nisso também. O objetivo é que seja uma área acessível ao Sambódromo e que seja fácil de resolver nas negociações. Além disso, deve ser compatível com as necessidades das escolas", contou.
Indagado se este novo e permanente espaço seria a nova Cidade do Samba 2, projeto tão querido e visado pelo prefeito Eduardo Paes, o engenheiro disse que não gostaria de denominar a área assim.
"Não gosto desse nome. Vamos dizer que eles achem dois terrenos, e não um só. Aí vão nomear de Cidade do Samba 2,3, 4?", perguntou.
O presidente Pelé, da Acadêmicos do Cubango, disse que o seu barracão fica no terreno cedido pela Prefeitura e que já está em fase de construção. A previsão é que em maio, o 'novo' barracão esteja com 70% da infraestrutura pronta.
"Meu barracão antigo vai passar uma nova pista do Porto Maravilha. A Prefeitura vem ajudando muito a gente nesta transição. São R$30 mil mensais durante um ano para ajudar na construção', disse.

No mesmo terreno da Cubango, ficará a Acadêmicos de Santa Cruz. O presidente da escola, Zezo, disse que seu novo barracão possui 1300m² é será um pouco maior que o atual.
"Nós temos que sair de lá onde estamos agora. No período do Carnaval, nós fomos notificados para que a gente começasse a obra logo do novo local. A Prefeitura está dando toda a estrutura", disse.
Já na coirmã Viradouro, o presidente da escola, Gustavo Clarão, disse que soube do problema, mas, que, por enquanto, não precisará mudar de onde está.
"A Prefeitura ficou de ceder espaço para nós. Mas, pela Riotur, nós ainda não precisaremos mudar agora", declarou.



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