Machine conta como foi processo de desmontagem do Sambódromo
Por Rodrigo Coutinho
Terminou no último dia 30 de abril o processo de desmontagem do
Sambódromo. Mesmo com a recente obra que ampliou o palco do maior
espetáculo da Terra para 72.500 lugares, uma série de coisas como
montagem de frisas e decoração dos camarotes é feita para atender o
público. Responsável por coordenar a montagem e a desmontagem da
Avenida, José Carlos Caetano, o popular Machine revelou que a
desmontagem começou pela Praça da Apoteose.
- Tivemos que desmontar lá primeiro em razão do show que aconteceu no
dia 1º de março. Também funciona uma escola nos setores 12 e 13 e uma
creche um pouco antes. Depois desmontamos os setores pares e, por fim,
os ímpares. Nesse momento ainda estão terminando algumas coisas nos
setores pares, acabamento da obra. Ao todo, mais de 40 pessoas de três
empresas diferentes trabalharam na desmontagem – disse Machine, que
durante seis meses do ano reside no setor 3 da Marquês de Sapucaí.
Ele afirmou que chegou ao local no dia 5 de novembro e só voltou para
casa, no bairro de Ramos, próximo ao Piscinão, no último dia 3. Para
poder render mais no trabalho de coordenação também dos ensaios técnicos
e ensaios de casais de mestre-sala e porta-bandeira, comissões de
frente e alas coreografadas, que costumam acontecer no período da noite,
Machine conta com uma boa estrutura no local. Seu 'quarto' tem cama,
TV, frigobar e aparelho de dvd.
- A Liga me dá uma estrutura bem bacana para trabalhar. Mesmo não sendo funcionário, apenas presto serviços, quer que o Jorginho Castanheira(presidente da Liesa) permaneça. Em time que está ganhando não se mexe – afirma ele, que conta com uma equipe de 20 pessoas para ajudá-lo na coordenação dos treinos e recebe a visitas frequentes da mulher no Sambódromo.
- A Liga me dá uma estrutura bem bacana para trabalhar. Mesmo não sendo funcionário, apenas presto serviços, quer que o Jorginho Castanheira(presidente da Liesa) permaneça. Em time que está ganhando não se mexe – afirma ele, que conta com uma equipe de 20 pessoas para ajudá-lo na coordenação dos treinos e recebe a visitas frequentes da mulher no Sambódromo.
Uma questão que Machine precisa ficar bem atento é quanto a presença de espiões durante os ensaios secretos feitos pelas comissões de frente durante as madrugadas de janeiro e fevereiro. De acordo com ele,
certa vez, o coreógrafo Carlinhos de Jesus, atualmente no Império
Serrano, pediu que ninguém ficasse dentro do Sambódromo. Outra história
curiosa envolve a profissão de um integrante da comissão de frente do
Salgueiro.
- O nome dele é Ricardo. Ele trabalhava no Sambódromo, na segurança
patrimonial, e era da comissão de frente do Salgueiro. Teve um dia que
três comissões de frente vieram até aqui com as fantasias para ensaiar.
Chamei ele no canto e fui bem claro. Pedi que fosse profissional e não
contasse nada daquilo para ninguém. Ele cumpriu o acordo e não tivemos
nenhum problema.
Segundo Machine, nem mesmo Jorge Luiz Castanheira, presidente da Liesa, e
Elmo José dos Santos, diretor de carnaval da entidade, ficam sabendo do
que as comissões preparam. É sigilo absoluto.
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