Eduardo Paes, presidente da Portela?
Por Raymondh Junior
Esta última semana estive no lançamento do projeto da nova Casa da
Sebastiana, o grupo que organiza os blocos da cidade, e como é de praxe,
do Prefeito Eduardo Paes, ele soltou suas palavras desatadas para cima
das escolas de samba do Rio de Janeiro. Mais uma vez criticou os
patronos da agremiações, e disse que tem feito muito pelo carnaval da
cidade.
Lembrou do sucesso que são os blocos de rua, esqueceu, é claro de
falar, que a revitalização dos blocos, que estavam esquecidos se deu no
governo de seu antecessor o Prefeito César Maia, é esse mesmo, o César
Maia, tão criticado, mas que tirou as escolas de samba do Grupo Especial
da sargeta em que viviam naqueles antigos barracões na Zona Portuária, e
com um pouco menos de discurso nos deu a Cidade do Samba de presente.
Ele além de elogiar Jorge Castanheira (presidente da LIESA), declarou
seu sonho de consumo, pasmem: "ser presidente da Portela". Mas ele
disse que pretende ser presidente da águia guerreira num ambiente mais
republicano. Como assim republicano? Um homem da direita, falando em
ambiente republicano? Um homem que nasceu da vontade de César Maia, foi
criado pelo antigo PFL, candidato a governador em 2006 pelo PSDB quer um
ambiente republicano? Como assim? Confesso que fiquei sem entender. Mas
quando se aproxima o período eleitoral, vale quase tudo...
O prefeito também recordou seu "esforço" em reformar as quadras de
Portela, Império Serrano, União da Ilha e Mocidade, se esqueceu das
tantas outras, e se formos praticar a matemática dos números, se em
quatro anos foi possível reformar apenas quatro quadras de escolas de
samba, vamos precisar de uma dinastia para que todo o processo de
reformas das tantas agremiações seja alcançado. Sinceramente eu esperava
do prefeito, que ao menos prometesse a tão sonhada Cidade do Samba para
as escolas do Grupo de Acesso, e uma resposta concreta para os desfiles
que acontecem na Intendente Magalhães, possam ser realizados com a
dignidade que o mundo do samba merece.
O portelense, dependendo de sua análise do governo municipal que aí
está, ficou feliz ou tremendamente infeliz com a notícia de Eduardo
Paes. Vamos esperar para ver.
Axé!
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