Por Rodrigo Trindade
A feira Carnavália-Sambacon fechou com chave de ouro as atrações que envolveram palestras e debates com a reunião de quatro vertentes diferentes de se fazer Carnaval: Rosa Magalhães, Cahê Rodrigues, Paulo Barros e Renato Lage opinaram sobre os desfiles das escolas de samba e trouxeram à tona antigas discussões como patrocínios, qualidade de transmissão, estética artística, entre outras.
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Rosa, que é campeã de títulos da era Sambódromo e atualmente é da São Clemente, contou um pouco de sua trajetória como carnavalesca e apontou os desafios enfrentados pelas agremiações nos dias de hoje, ressaltando a importância do patrocínio e fazendo um apelo para que haja uma verba maior destinada às escolas.
Cahê Rodrigues, da Imperatriz, também discutiu o patrocínio dentro das escolas de samba e contou casos em que ele teve que usar de muita criatividade para desenvolver enredos baseados nos pedidos de empresas investidoras:
"Passei por algumas escolas de samba as quais tive muitos momentos sem dormir, pensando em como desenvolver um enredo criativo, interessante, bonito, mas que não fosse apelativo por conta dos pedidos das empresas que patrocinavam essas escolas", relatou.
Paulo Barros, carnavalesco da Portela, por sua vez, questionou o motivo das escolas não poderem promover, durante os desfiles, seus patrocinadores. Ele deu a ideia de se criar um momento ou um artifício, durante transmissão do desfile oficial, para que os patrocinadores das escolas de samba (e não da transmissão) pudessem expor suas marcas sem que haja conflito ou violação das regras estabelecidas pela Liesa.
Já Renato Lage defendeu o patrocínio e afirmou que através de um bom planejamento há possibilidade de alcançar o sucesso nos desfiles, mesmo que eles sejam patrocinados. Segundo o artista, o que vale neste momento é a criatividade de cada um.
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