Evento reuniu Wilson Moreira, Nei
Lopes, Toninho Nascimento, Zé Luiz do Império e muitos outros bambas
Uma grande confraternização de
sambistas. Assim pode ser definida a edição especial da roda do Candongueiro na
Portela, que agitou a quadra da maior campeã do carnaval carioca, no último
sábado (14), com as participações especialíssimas de Wilson Moreira e Nei
Lopes.
Além dos convidados de honra, o
evento recebeu uma legião de apaixonados pelo samba e pela cultura popular,
como os compositores Zé Luiz do Império, Toninho Nascimento e Ivan Milanês, os
cantores Didu Nogueira e Gisa Nogueira, o radialista Rubem Confete, a escritora
e pesquisadora Marilia Trindade Barboza, além de Tia Surica, Serginho Procópio
e David do Pandeiro, membros ilustres da Velha Guarda Show da Portela.
Madrinha do evento, Dona Neném, de 93
anos, viúva do compositor Manacéa, emocionou o público ao acompanhar tudo numa
mesa próxima aos músicos, apesar da saúde frágil. Ao lado da filha Aurea Maria,
uma das pastoras da Velha Guarda, a baluarte agradeceu o carinho e foi
homenageada com um buquê de flores, entregue por Hilton Mendes e Hilda Bastos,
os fundadores do Candongueiro, que funcionou de 1988 a 2017, em Pendotiba,
Niterói.
"Foi uma tarde muito legal. Eu
sou Portela desde pequeno, então tem um valor especial levar o Candongueiro
para a Portela, pois sempre recebemos a Velha Guarda Show com muito carinho.
Então juntou tudo, sabe? Não tem mentira, só tem verdade! E o pessoal de
Niterói prestigiou em peso. Ficamos muitos felizes. Tomara que a gente possa
fazer outras vezes", comemorou Hilton.
Antigo frequentador do Candongueiro e
idealizador do evento, o presidente da Portela, Luis Carlos Magalhães, também
festejou: "Foi a prova que nós queríamos. A gente precisava saber o
Candongueiro ainda estava vivo. E está! Muito vivo! Muitos dos que vieram à
Portela frequentavam o Candongueiro e faziam dele um foco de resistência
durante todos esses anos. Foi uma bela primeira vez. Temos, agora, que
trabalhar para fixar e fortalecer ainda mais a relação entre a Portela e o
Candongueiro."
Após brindar o público com mais de
uma hora e meia de show, Nei Lopes estava radiante. "É sempre muito bom
cantar na Portela. Melhor ainda sendo num evento envolvendo o Candongueiro. Me
senti em casa", disse.
Ex-presidente do Museu da Imagem e do
Som e autora das biografias de Cartola, Silas de Oliveira e Pixinguinha,
Marilia Barboza elogiou a realização do evento em seu perfil no Facebook.
"Hoje eu fui ao Candongueiro na Portela, o mesmo Candongueiro a que estive
presente à inauguração, há décadas, e que frequentei, anos e anos, ao lado do
mestre Arthur Loureiro de Oliveira, porque adorava o feijão da Hilda, a roda do
Hilton e o samba de todo mundo. Foi emocionante rever tantos, abraçar muitos,
cantar, rir e chorar. Obrigada, vida."
A próxima edição do evento deverá
acontecer até o fim do ano.
Foto: Talles Reis / Divulgação
Fonte: www.gresportela.com.br
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