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sábado, 18 de abril de 2020

Julgadores despontuam fantasias da Portela por repetição no uso de materiais


O conjunto de fantasias da Portela perdeu décimos por conta da repetição de material (acetato) nas fantasias, tornando as soluções propostas muito parecidas. Além disso, os julgadores Regina Oliva e o Paulo Paradela despontuaram as fantasias por conta de peças danificadas. Eles elogiaram mas enfatizaram a importância da diversidade de materiais e soluções.


Para Helenice Gomes, o problema foi a repetição do material em alas seguidas. “Concepção – 4,9. O casal de carnavalescos, ao propor cabeças e costeiros de mesmo material, acetato, e formas semelhantes, apresentou um conjunto de fantasias regular, mas repetitivo. Por exemplo a sequência de alas: 06, 07, 08, 09, 10, 11”, explicou Helenice.

O jurado Paulo Paradela falou da repetição do material e ainda citou alas com fantasias danificas. “Concepção: Ala 10, 11, 12 – Mesma solução de costeiro utilizado e de forma sequencial; ausência de criatividade. Ala 22 – apesar de ser uma fantasia de bela concepção não foi possível identificar nos elementos escolhidos e na sua solução a proposta original, que era o Cauim, bebida sagrada destinada aos adultos. Ala 07 e 21 – vários componentes com elementos do costeiro quebrados. Ala 27 – Em algumas fantasias o elemento do costeiro estava danificado. Em outros, o costeiro estava dobrado ou amarrado”, explicou Paradela.

“Ala 12: vários adereços das pernas soltos, inclusive arrastando; ala 20: apresentou o mesmo problema: adereços das pernas soltos e alguns arrastando. As fantasias estavam contextualizadas. Concepção (-0,1)”, justificou Regina Oliva.


“Concepção – A opção foi para um material que desse efeito durante o dia. A proposta das cores (cromáticas) eram boas. Mas mereciam mais diversidade, ficou muito uniforme. A indígena teve um colorido original, com características fortes. Faltou nos figurinos um colorido natural, mas dentro do contexto da etnia. O material utilizado na sua totalidade ficou genérico”, explicou Sergio Henrique da Silva.

Wagner Louza elogiou os tons e cores usados no desfile mas despontuou a falta de variações nas fantasias. “Realização: 4,9. A escola desenvolveu um rico estudo em termos de cor e suas passagens harmônicas de tons cromáticos ao longo de todo o desfile. Contudo, a modelagem da indumentária indígena apresentava poucas variações em termos de formas, volumes e texturas, em determinadas alas, as fantasias eram muito semelhantes, como por exemplo, as alas 01 e 07, 24 e 25 e as alas 28 e 29. Na ala 15, o “remo”, adereço fundamental, ficou encoberto pelo volume do adereço de cabeça”.


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