Por Redação SRzd
A Secretaria de Estado de
Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro (SECEC) vai disponibilizar R$ 4
milhões para escolas de samba e blocos do estado.
A medida serve
para atenuar os efeitos do cancelamento do carnaval deste ano. Foram
publicados, dois editais de premiação para projetos de apresentações com
transmissão pela internet, com o objetivo de fomentar essa atividade cultural,
estimular a cadeia produtiva do setor e gerar renda para profissionais da área.
O período de inscrições começa nesta segunda (26) e dura 30 dias.
“Esses editais chegam para dar uma ajuda extra para escolas de
samba, blocos e todos os profissionais que vivem o carnaval. Infelizmente, a
pandemia da Covid-19 nos impediu de realizar o carnaval mais famoso do mundo.
Esse momento é de apoiar a arte, a cultura e toda a cadeia produtiva que não
conseguiu trabalhar em um momento tão difícil”, disse o governador em
exercício Cláudio Castro.
Por conta da
pandemia de Covid-19, o Carnaval de rua e os desfiles das escolas de samba
tiveram que ser cancelados este ano em todo o estado. A necessidade de
evitar aglomerações e salvar vidas acarretou prejuízos para diversos
trabalhadores, como ritmistas, cantores, passistas, aderecistas, entre outros,
além de ter deixado foliões sem sua maior festa popular.
A nova
iniciativa, que deve contemplar 104 projetos, procura reduzir essa perda e
contribuir para os preparativos para o carnaval de 2022.
As escolas de
samba do Grupo Especial, vinculadas à Liesa, terão direito a R$ 150 mil cada
uma e podem, a partir do pagamento, realizar a escolha dos sambas-enredo e
outros eventos virtuais.
As agremiações
filiadas à Lierj podem ser premiadas com R$ 40 mil, enquanto a verba para as
escolas filiadas a outras ligas, incluindo escolas mirins, é de R$ 20 mil para
cada uma.
O auxílio para
os blocos está previsto num segundo edital e só podem participar os que são
vinculados a federações ou associações. Entidades que representem dez ou mais
agremiações podem ser premiadas com R$ 100 mil.
O valor para
quem reúne entre cinco e nove blocos é de R$ 50 mil. Já as entidades com até
quatro blocos têm direito a R$ 25 mil pelo edital. Pelas regras de distribuição
das vagas do edital, 60% dos prêmios vão para organizações do Interior e 40%
para a capital.
Um dos
principais critérios para ser contemplado nos editais é que os concorrentes não
tenham recebido verba da Secretaria nos últimos 12 meses, incluindo os editais
da Lei Aldir Blanc. Outro quesito importante é comprovar a realização de
desfiles em 2020.
Também é
imprescindível estar adimplente com a Secretaria e ter CNPJ registrado há pelo
menos dois anos. Para concorrer, a entidade carnavalesca precisa acessar o
sistema Desenvolve Cultura, disponível no site da Secretaria
(cultura.rj.gov.br).
” O Carnaval tem uma importância cultural enorme para o estado.
Todos sabemos o quanto as pessoas ficaram tristes sem os desfiles. As
apresentações vão ajudar as pessoas a matar um pouco a saudade da folia. É hora
de vestir a camisa da escola ou do bloco e reviver a emoção da quadra, da
pracinha ou da rua, mesmo assistindo pela internet”, afirma a secretária
Danielle Barros.
Para garantir
que profissionais da cadeia produtiva do Carnaval sejam beneficiados, os
editais exigem que pelo menos 25% sejam destinados ao pagamento de pessoal.
Lei Aldir
Blanc
A Lei Aldir
Blanc destinou R$ 3 bilhões para o setor cultural brasileiro. O Estado do Rio
de Janeiro repassou pouco mais de R$ 104 milhões para os fazedores de cultura
fluminenses: foram pagos 1.699 rendas emergenciais no valor de R$ 3 mil e ainda
seis editais de premiação para 2.400 projetos destinados a circos e pontos de
cultura, além de instrumentos de fomento para companhias, espaços artísticos e
grupos culturais.
Os
projetos carnavalescos já haviam sido beneficiados com cerca de R$ 5 milhões da
Lei Aldir Blanc, distribuídos para 103 ações culturais.
Fonte: www.srzd.com