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segunda-feira, 18 de março de 2013

No Rio, segunda-feira é dia de samba

Rio - Segunda-feira não precisa ser só um dia de terno. A bermuda e o chapéu de palha também têm vez nas rodas de samba espalhadas pela cidade. A mais famosa do Rio completa oito anos de sucesso em maio. É no Clube Renascença, no Andaraí, que Moacyr Luz comanda à tarde, faça chuva ou sol, o Samba do Trabalhador, com um público médio de mil pessoas. Semana que vem, o aniversário será comemorado com festa.

“O que começou como uma brincadeira para 50 pessoas, músicos que trabalham nos fins de semana, virou coisa séria. E engraçada. É gente que doa sangue para ganhar um dia de folga no trabalho e vir para cá; mãe que finge choro para dizer que teve de sair mais cedo porque o filho caiu na escola. Tem de tudo”, diverte-se Moacyr, o Moa. O grupo vai comemorar o aniversário no próximo dia 25, com direito a lançamento de CD e DVD ao vivo.

O que diferencia o Samba do Trabalhador das demais rodas espalhadas pela cidade é, além do repertório autoral do grupo, a informalidade dos frequentadores. Toninho Geraes, Wanderley Monteiro e Efson são alguns dos muitos bambas que se juntam ao coro e, volta e meia, levam uma peça de carne para ser assada no braseiro do Rena.

“Este clima que nós leva mos para o DVD”, define Moacyr Luz, que se orgulha de estar revelando uma série de talentos, como o cantor e cavaquinista Gabriel da Muda, que já o acompanha em shows pelo Brasil e no exterior.

E foi justamente o Samba do Trabalhador que sedimentou o início da semana como ideal para quem gosta do ritmo. “É importante para a cidade, cada vez mais cheia de turistas, ter boas opções em dias alternativos”, completa Moa.

PEDRA DO SAL
A roda de samba na Pedra do Sal costuma ser a saideira de quem vai ao Rena e reúne dezenas de pessoas que varam madrugada adentro ao som do tamborim ali do lado da Praça Mauá.

URCA
O Movimento Artístico da Praia Vermelha comanda uma roda de samba e choro ao lado do Morro da Urca, toda segunda, a partir das 21h, caso não chova, assim como na Pedra do Sal.

SEMENTE
Um dos bares fundamentais da Lapa, símbolo do renascimento do bairro, o Semente guarda as segundas para um dia de samba, choro e jazz sob o comando de Zé Paulo Becker.

SAMBAS-ENREDO
Quem quiser ouvir clássicos da Sapucaí, a pedida é a roda comandada por Rhichar, um das vozes mais marcantes do nosso Carnaval, no também tradicional Carioca da Gema, na Lapa.

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