Por Daniel Pereira
Rio - “Feliz eu vivo no morro, morando em meu barracão”. Os versos do samba da velha guarda da Portela resumem o atual estado de espírito de Tia Dodô (93 anos), a lendária porta-bandeira da escola. Depois de passar por problemas de saúde e precisar ficar longe da sua casa na Providência, a sócia número 1 da azul e branco de Oswaldo Cruz está de volta ao lar. Por lá ela já mora há mais de 80 anos, mas agora o local está sendo reformado e ganhou novos móveis.
“Eu não queria ter saído de casa, não. Não deu nem tempo de me despedir dos meus santos, 'pô'. Me levaram na 'carcunda', me obrigaram. Eu, por mim, não ia de jeito nenhum”, lembra em tom de divertimento. Dodô nem gosta muito de falar a palavra “teleférico”, prefere chamar a geringonça de “caixote” e diz que a obra para erguê-lo fez muita poeira dentro da casa dela, o que resultou em problemas respiratórios e desidratação.
Clicar na imagem para aumentar
Dois meses em hotel
Depois de passar uma semana internada no hospital de Acari, ela ficou hospedada por cerca de dois meses no hotel São Francisco, no centro da cidade. Neste período, a residência dela entrou em obras. “Eu nem sabia que iam fazer obra. Fiquei doida quando soube. Não gosto que mexam nas minhas coisas. Mas aí ... acho que o pessoal foi com a minha cara. Tem isso, né? Eles vão com a cara da gente. Mas também, quem mandou me jogar pó, né?”, brinca.
A surpresa foi boa. O telhado da casa, onde também funciona um museu, estava com muita infiltração e foi totalmente reformado. Os móveis do banheiro ela também ganhou, assim como fogão, armários e uma geladeira. “E eles ainda encheram a geladeira de comida. To comendo até hoje. Ficou muito legal”, contou.
A reforma da casa da Tia Dodô foi realizada graças ao projeto Porto Maravilha Cultural, que tem por missão valorizar e resgatar o patrimônio cultural da Região Portuária. No local funciona um museu, com acervo de fantasias, troféus e fotografias dos carnavais da Portela.
Fraca, Dodô foi levada para o hospital
O diretor cultural da Portela, Luis Carlos Magalhães, conta sobre a dificuldade que foi convencer Dona Dodô a ir para o hospital. “Ela estava fraquinha. Tiveram que arrombar a porta para entrar na casa dela. Mesmo assim, ela não queria sair de jeito nenhum. Dona Dodô é assim, cheia de autoridade”, brinca.
Quem também se emocionou em cuidar de Dona Dodô foi a porta-bandeira Selminha Sorriso: “Eu passei o Dia das Mães com ela. Foi um presente para mim. Ela é uma lição de vida”, disse a herdeira direta da veterana.
Vem aí o museu Ismael Silva
A Prefeitura de Niterói quer construir um museu na casa onde morou o sambista Ismael Silva, na bairro de Jurujuba. De acordo com o secretário de Cultura da cidade, Arthur Maia, o estudo de viabilidade já está sendo elaborado e deve ficar pronto até o fim do ano.
A intenção é que o local funcione como uma espécie de casa do samba e do choro, reunindo artistas do gênero para pequenos shows, cursos e eventos. “A casa ainda não é tombada. Neste momento vamos levantar o custo do projeto e discutir a ideia com a sociedade”, disse.
Depois de passar uma semana internada no hospital de Acari, ela ficou hospedada por cerca de dois meses no hotel São Francisco, no centro da cidade. Neste período, a residência dela entrou em obras. “Eu nem sabia que iam fazer obra. Fiquei doida quando soube. Não gosto que mexam nas minhas coisas. Mas aí ... acho que o pessoal foi com a minha cara. Tem isso, né? Eles vão com a cara da gente. Mas também, quem mandou me jogar pó, né?”, brinca.
A surpresa foi boa. O telhado da casa, onde também funciona um museu, estava com muita infiltração e foi totalmente reformado. Os móveis do banheiro ela também ganhou, assim como fogão, armários e uma geladeira. “E eles ainda encheram a geladeira de comida. To comendo até hoje. Ficou muito legal”, contou.
A reforma da casa da Tia Dodô foi realizada graças ao projeto Porto Maravilha Cultural, que tem por missão valorizar e resgatar o patrimônio cultural da Região Portuária. No local funciona um museu, com acervo de fantasias, troféus e fotografias dos carnavais da Portela.
Fraca, Dodô foi levada para o hospital
O diretor cultural da Portela, Luis Carlos Magalhães, conta sobre a dificuldade que foi convencer Dona Dodô a ir para o hospital. “Ela estava fraquinha. Tiveram que arrombar a porta para entrar na casa dela. Mesmo assim, ela não queria sair de jeito nenhum. Dona Dodô é assim, cheia de autoridade”, brinca.
Quem também se emocionou em cuidar de Dona Dodô foi a porta-bandeira Selminha Sorriso: “Eu passei o Dia das Mães com ela. Foi um presente para mim. Ela é uma lição de vida”, disse a herdeira direta da veterana.
Vem aí o museu Ismael Silva
A Prefeitura de Niterói quer construir um museu na casa onde morou o sambista Ismael Silva, na bairro de Jurujuba. De acordo com o secretário de Cultura da cidade, Arthur Maia, o estudo de viabilidade já está sendo elaborado e deve ficar pronto até o fim do ano.
A intenção é que o local funcione como uma espécie de casa do samba e do choro, reunindo artistas do gênero para pequenos shows, cursos e eventos. “A casa ainda não é tombada. Neste momento vamos levantar o custo do projeto e discutir a ideia com a sociedade”, disse.
Fonte: O Dia na Folia
Nenhum comentário:
Postar um comentário