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segunda-feira, 27 de abril de 2015

"Portela dá trabalho" continua nesta terça com oferta de 1.500 vagas

Por Fábio Silva

Lançado em 07 de abril e atraindo uma média de 3,5 mil candidatos semanalmente à quadra da Portela, a escola promove nesta terça-feira, 28, mais uma edição do projeto "Portela dá trabalho".

Graças ao sucesso das edições anteriores, novas empresas aderiram ao projeto. Nesta edição, será de 50 o total de empresas participantes.

O êxito da iniciativa portelense deve-se principalmente ao fato de que os interessados em conseguir uma vaga, ao contrário do que normalmente acontece na maioria dos processos seletivos, são entrevistados diretamente pelos funcionários dos departamentos de recursos humanos das contratantes. Serão oferecidas 1.500 vagas, a maioria delas para o segmento de serviços. Casa & Vídeo, Lojas Americanas, Supermercados Guanabara e Hortifrut são algumas das participantes. O Grupo Redentor, que engloba três empresas de transportes coletivos (Redentor, Futuro e Barra), participará pela segunda vez, oferecendo, vagas para motorista, eletricista, mecânico, e para candidatos com experiência em contabilidade. Continuam sendo oferecidas ainda vagas para deficientes físicos, para pessoas sem experiência e para o programa "Jovem Aprendiz", para jovens entre 14 e 24 anos.

A quadra da escola está à disposição dos interessados todas as terças-feiras, das 9 às 14h. A documentação necessária para os candidatos é: carteira de trabalho, currículo profissional, uma foto 3x4, comprovante de residência, título de eleitor, certificado de reservista e declaração de escolaridade.


Fonte: www.galeriadosamba.com.br

Portela recebe Alcione neste sábado, durante feijoada

Redação SRZD

A edição de maio da Feijoada da Família Portelense, que vai acontecer neste sábado (2), a partir de 13h, terá como convidada a cantora Alcione. A artista mangueirense, que será recebida no palco por Monarco e demais bambas da Velha-Guarda Show da Portela, vai brindar o público com seus principais sucessos.

A abertura da parte musical ficará por conta dos grupos Sentinelas da Portela e Pirraça. O encerramento será com show da escola, que conta com bateria, intérpretes, ritmistas, passistas e mestre-sala e porta-bandeira.

A quadra da Portela fica na Rua Clara Nunes, 81, Madureira. A entrada custa R$ 25 (antecipada, à venda na bilheteria da escola) e R$ 30, no dia do evento. A feijoada sai por R$ 20. Informações: (21) 3256-9411 .


domingo, 26 de abril de 2015

Luto no mundo do samba: sambistas lamentam morte do produtor Kiko Alves

Redação SRZD

Morreu, neste sábado, o "descobridor" de musas do Carnaval carioca, Kiko Alves. O sambista foi levado para a UPA de Realengo na noite da última sexta-feira por parentes, com muita tosse e alergia. Ele foi diagnosticado com pneumonia e morreu por volta de 13h deste sábado.

Kiko, que tinha 49 anos, revelou musas conhecidas como Viviane Araújo, Thatiana Pagung, Mulher Melão e muitas outras. David Brazil, Antonia Fontenelle, a porta-bandeira da Impertatriz, Rafaela Theodoro, os diretores Luiz Carlos Escafura e Paulo Brandão, e muitos outros sambistas lamentaram a perda de Kiko nas redes sociais. Alguns publicaram fotos ao lado do produtor, outros deixaram mensagens em sua homenagem, mostrando o quanto ele era querido.



"Mais um amigo nos deixou hoje, Kiko Alves, figura ímpar do Carnaval carioca, sempre muito carinhoso comigo e descobridor de beldades, dez nota 10, que descanse em paz meu amigo, que Deus conforte seus familiares", escreveu David Brazil na leganda de uma foto com o produtor, em sua conta no Instagram.

"Ele foi muito importante para mim na época da Mocidade! Me apoiou muito! Que Deus o tenha", escreveu Antônia Fontenelle, lembrando de sua passagem como rainha de bateria da escola de Padre Miguel.

"É com muita tristeza que eu, Machine, acabo de saber do falecimento do amigo Kiko Alves. A equipe Machine está de luto. Ele era amigo, irmão e parceiro. Descansa em paz, amigo. Eu te amo", postou o síndico da Sapucaí, no Facebook.

"Você me fez conhecer o Carnaval de verdade. e através dele fiz muitos amigos. Obrigada... Siga com muita luz, Kiko Alves. Meus sentimentos à família", escreveu Thatiana Pagung, em sua página no Facebook.

"Eu sempre compreendi e entendi sua personalidade e sua maneira de conduzir a vida, amigo, sincero e polêmico, mas a sua maior qualidade era amar o samba. Outro dia vendo que estava sumido, fui até sua casa, ele tentou mostrar-se bem, mas vi que já não estava legal, perguntei se precisava de algo, me disse que não, conversamos e fui embora, pois é muito fácil ser amigo quando a pessoa se mostrar radiante e solícita. Valeu amigo, missão cumprida, fica em paz e vai na fé, do seu amigo, SERGITO", escreveu no Facebook o presidente da Unidos da Ponte, Serginho Aguiar.

Kiko ingressou no Carnaval carioca aos 15 anos, quando desfilou na Mocidade pela primeira vez.

O velório está marcado para 13h deste domingo, na capela E do Jardim da Saudade, em Sulacap.

S@mba-Net inicia venda de ingressos na segunda-feira, dia 27

Por Fábio Silva

Um dos eventos mais aguardados pelo sambista está chegando: a 17ª edição do Prêmio S@mba-Net, que acontecerá no dia 16 de maio na quadra da Unidos da Tijuca. E os ingressos para a festa já estarão a venda a partir da próxima segunda-feira (27), no Babadão da Folia da Rua da Constituição e em cinco filiais da loja D´Samba. O preço da entrada antecipada é de R$ 15 (no dia do evento, o valor será de R$ 25).

Segundo Paulo Renato Vaz, um dos coordenadores do S@mba-Net, a venda antecipada dá mais conforto ao sambista que pretende passar a noite curtindo as escolas premiadas no Grupo Especial e nas séries A e B do carnaval carioca. "Neste ano, resolvemos antecipar ainda mais a venda dos ingressos para que todos possam se planejar melhor e tenham um acesso tranquilo ao evento. Por isso, temos seis pontos de venda para melhor atender nosso público", explicou.

A 17ª edição do Prêmio S@mba-Net tem o patrocínio de Babado e Babadão da Folia, Gerando Energia Grupo Geradores, A Firma Toldo & Decoração, Lojas D'Samba, Knowhow Productions e Site Sambarazzo.

Pontos de venda:

Babadão da Folia:
Rua da Constituição, 37 - Centro

Filiais da loja D'Samba:

- Madureira Shopping
Loja 206 - 2º piso
Tel.: (21) 2488-2758

- Via Brasil Shopping
Loja 375 - 3º piso
Tel.: (21) 2471-2089

- NorteShopping
Loja 709a - 1º piso
Tel.: (21) 2597-7640

- Bangu Shopping
Rua Fonseca, 240 - Loja 107
Telefone: (21) 3423-9510

- Shopping Futura - Pendotiba
Estrada Caetano Monteiro, 1650, Pendotiba
Telefone: (21) 2716.2187 


Fonte: www.galeriadosamba.com.br

Escolas que desfilam na Intendente divulgam manifesto pelo fim da disputa na Associação

Redação Carnavalesco

Trinta e seis das 48 escolas de samba que desfilam na Estrada Intendente Magalhães, no Campinho, dos grupos B, C, D e E assinaram um manifesto pedindo a ex-dirigentes da Associação das Escolas de Samba do Rio de Janeiro que cessem a disputa judicial que envolve a entidade para que as agremiações não sejam prejudicadas nos preparativos do Carnaval 2016. No documento, os presidentes das escolas apelam a Sandro Avelar e Moisés Fernandes - os últimos dois mandatários da Associação e que estão travando uma batalha na justiça pelo comando da instituição -, que não insistam na luta, que impede que qualquer assembleia realizada pela AESCRJ tenha reconhecimento legal.

Os dois últimos mandatários da Associação são suspeitos de, em suas gestões, terem cometido irregularidades administrativas, incluindo, segundo presidentes das escolas, manipulação de resultados e desvio de verbas, fatos que estão sendo apurados pela Delegacia de Defraudações, com inquérito instaurado.

A disputa judicial teve início no começo de 2014, o que inviabilizou que as escolas recebessem, via Associação, a verba repassada pela Prefeitura do Rio, através da Riotur, para a o desfile de 2015. Para terem direito à subvenção do último Carnaval, as agremiações tiveram que se filiar, à Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Lierj), entidade responsável pelos desfiles da Série A.

Caso cesse a disputa judicial pelo comando da entidade entre Avelar e Fernandes, as escolas pensam retornar à AESCRJ, e promover eleição para uma nova diretoria da instituição, fundada em 1934.

"NOSSA POSIÇÃO ACERCA DA CRISE POLÍTICA INTERNA E DA PERDA DE CREDIBILIDADE DA AESCRJ JUNTO AO PODER PÚBLICO

Nós, os abaixo assinados, Presidentes de Escolas de Samba dos Grupos de Acesso B, C e D, vimos, pelo presente MANIFESTAR nossa profunda preocupação com os rumos que vem tomando o Carnaval das Escolas que desfilam na Passarela Popular da Intendente Magalhães.

Como é público e notório, existe uma crise de credibilidade entre o Poder Público e nossa quase centenária ASSOCIAÇÃO DAS ESCOLAS DE SAMBA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO (AESCRJ), fruto de uma disputa pessoal entre dois dirigentes que se qualificam Presidentes desta Instituição e que, lamentavelmente, vem dando a este embate uma importância e uma dedicação maiores do que deveria ser o real – e único - objetivo da instituição e do coletivo de agremiações – e comunidades - que suas filiadas representam, qual seja, lutar pela melhoria de condições financeiras das Escolas, da logística dos Barracões e do Desfile, enfim, lutar pela sobrevivência e pela dignidade dessas agremiações.

Acreditamos que, diante dos sérios danos causados à imagem da Instituição, o que menos interessa nesse momento seja apontarmos culpados, vencido ou vitorioso ou mesmo julgarmos validades de atas ou os argumentos jurídicos acerca da questão envolvendo os dois personagens.

O mais relevante, nesse momento, é colocarmos um ponto final nessa demanda que apenas prejudica e em nada soma ou contribui.

Prova disso, foi o sério e real perigo a que o Carnaval da Intendente Magalhães foi submetido, uma vez que o Poder Público, temeroso de conceder a subvenção a um dos dois envolvidos no imbróglio jurídico, o fizesse em mãos erradas, o que poderia causar, aí sim, um novo problema com consequências ainda mais graves e sugeriu que nos desligássemos de nossa Casa (a AESCRJ) e nos filiássemos à LIERJ, de forma a acelerar a entrega da subvenção, o que acabou sendo feito, ainda a tempo de salvar a realização de nosso Carnaval.

Somos gratos à LIERJ pela acolhida, assim como ao Poder Público pela parceria e, principalmente, por nos oferecer uma solução rápida e viável, mas nosso desejo é o de retornarmos à nossa tradicional e histórica Casa, a AESCRJ.

Infelizmente, com a crise – política e jurídica - lá instaurada, com ambas as partes figurando em processos judiciais intermináveis, nos encontramos impossibilitados de retornar e, sendo assim, teremos de buscar novos caminhos, ainda que provisórios. Só nos restam duas alternativas: montarmos uma nova Liga, onde tenhamos voz e voto, ou nossa volta à AESCRJ.

Desta forma, servimo-nos do presente MANIFESTO para convocar nossos companheiros SANDRO AVELAR e MOISÉS FERNANDES, diante da gravidade e da atipicidade da situação, a refletirem acerca das consequências dos litígios judiciais, a concederem uma chance a si mesmos, dando uma prova inequívoca de que, em verdade, se preocupam mais com a coletividade do que com seus próprios interesses, entrando, assim, para a História do Samba de nossa Cidade, desistindo dos processos judiciais e renunciando, ambos, a qualquer cargo na Associação das Escolas de Samba da Cidade do Rio de Janeiro, possibilitando, assim, a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária com o objetivo de marcar novas eleições, uma vez que, os signatários do presente Manifesto desejam lançar a candidatura de um nome de forte apelo e de consenso, inclusive com significativa representação junto ao Poder Público:

É HORA DE PENSAL ALTO E ALÇAR VOO!
SÓ QUEM OUSA, VENCE!
NÃO DEIXEM O SAMBA MORRER, NÃO DEIXEM O SAMBA ACABAR!"


Fonte: www.carnavalesco.com.br

sábado, 25 de abril de 2015

Amanhã é dia da Feira das Yabás

Equipe Portelamor

Portela traz João Vítor Araújo para ser assistente direto de Paulo Barros

Por Guilherme Ayupp

O carnavalesco João Vítor Araújo, que assinou o desfile da Unidos do Viradouro em 2015, vai integrar a equipe de Paulo Barros na Portela. O convite se deu através do próprio Paulo e do diretor de carnaval Luis Carlos Bruno. João será assistente direto do carnavalesco.

João já trabalhou com ambos na Rocinha e na própria Viradouro. Ao CARNAVALESCO confidenciou empolgação com a nova empreitada. - O Paulo é literalmente o cara do carnaval. Recusei um convite na Série A para topar este grande desafio. A Portela é uma escola em ascenção e eu já tive uma passagem por lá, há sete anos - declarou.

O contato primário se deu através de Luis Carlos Bruno e posteriormente uma reunião com Paulo Barros aconteceu. Foram oferecidas duas possibilidades a João. A primeira, onde ele poderia se quisesse assinar um carnaval na Série A, seria a vaga de desenhista na equipe. A outra, que impede o carnavalesco de fechar com outra agremiação e que ele aceitou, é a de assessor direto de Paulo Barros.

Luis Carlos Bruno também confirmou a chegada de João na Portela. - João é um parceiro de outros carnavais, tem muito talento. Acreditamos em seu potencial. - elogiou Bruno em entrevista à nossa reportagem.

A Portela foi a 5ª colocada no Grupo Especial em 2015 com o enredo "ImaginaRIO. 450 janeiros de uma cidade surreal".


Noca diz que responsabilidade da ala de compositores só aumenta

Por GRES Portela

Sete vezes campeão das disputas de samba-enredo na Portela, dividindo o título de maior vencedor com David Correa, e com mais de 400 obras gravadas, Noca da Portela acaba de ser escolhido para ser o presidente de honra da ala de compositores da escola, batizada de Ary do Cavaco. Para o bamba, que tem 48 anos de escola e que desde janeiro deste ano integra a Velha Guarda Show da agremiação, o novo título agora incorporado ao extenso e consagrado currículo, foi recebido como uma grande honraria. O artista de 82 anos garante que vai, à medida que a agenda de shows permitir, comparecer a reuniões da ala, que ressalta ele, precisa manter a tradição para continuar sendo apontada como a melhor entre as escolas de samba do país.


- Eu sinto falta de uma maior participação dos compositores nos eventos da escola. Todos precisam participar mais, todos têm que se inscrever no Concurso de Samba de Quadra. Quem perde a disputa de samba-enredo, por exemplo, tem que continuar frequentando a quadra. E não é isso que eu vejo acontecer – atesta ele, afirmando que a qualidade do trabalho da ala precisa ser mantida:


- A responsabilidade do compositor da Portela é muito grande e só aumenta. Para o ano que vem, por exemplo, a ala tem a obrigação de apresentar grandes sambas-enredo na disputa, para que seja escolhido o melhor e para a escola continuar tirando quatro notas máximas, como vem acontecendo nos últimos anos. E ninguém pode cair de paraquedas na Portela, nem na ala. Pra fazer parte, tem que provar que é compositor de verdade, que tem talento, porque quando eu cheguei na escola era assim e acho que tem que continuar a ser – conclui Noca.


A primeira reunião da ala após o Carnaval 2015 aconteceu sem a presença do novo presidente de honra, ausente por conta de compromissos. O encontro foi aberto pelo vice-presidente e supervisor de carnaval Marcos Falcon, que fez um apelo aos poetas da azul e branco.


- Não adianta fazer o melhor samba, não adianta ter a melhor ala de compositores se não houver união. A família portelense se reúne em casa. E é em casa que qualquer dúvida deve ser esclarecida – disse o dirigente.


A comissão que comanda a ala, formada por Jane Garrido, Walter Alverca, Wanderley Santanna, Neizinho do Cavaco e Arlindo Matias, entre as decisões anunciadas, informou que não serão mais aceitos convidados de compositores para o desfile. Também só terão participação garantida no desfile compositores que frequentarem reuniões e eventos na quadra durante todo o ano.


A reunião contou com a presença de um compositor que vai estrear na próxima disputa de samba-enredo: Samir Trindade, que se desligou da Beija-Flor de Nilópolis, onde foi vencedor cinco vezes. Samir recebeu as boas vindas de compositores campeões na Portela, como Ciraninho, Wanderley Monteiro, Charles André, Luiz Carlos Máximo e Toninho Nascimento.


quarta-feira, 15 de abril de 2015

Finais de sambas-enredo das agremiações da Série A acontecerão até o final de agosto

Redação Carnavalesco

A trilha sonora do Carnaval 2016 da Série A será conhecida mais cedo nesta temporada. Em reunião plenária, realizada na noite desta terça-feira, a Lierj instituiu como data limite para a escolha dos sambas de enredo o dia 31 de agosto.

- Com a antecipação do calendário, será possível realizar um planejamento mais específico para a produção e comercialização do CD de sambas-enredo. Além disso, com as finais ocorrendo até o final de agosto, o público ganhará mais opções de entretenimento em um período considerado como entressafra no Carnaval - afirma o presidente da Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, Déo Pessoa.

O calendário completo com as datas das finais de cada agremiação será divulgado em breve pela Lierj. Em 2015, a Liga recebeu o Disco de Ouro, já que o CD oficial com os sambas de enredo ultrapassou a marca de 40 mil cópias vendidas.


Fonte: www.carnavalesco.com.br

terça-feira, 14 de abril de 2015

Entrevista com Serginho Procópio



Sergio Procópio da Silva, mais conhecido pelo nome artístico, Serginho Procópio, nasceu em 1967, no Rio de Janeiro e é o atual Presidente do Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela. Candidato da oposição eleito em 2013, desde então, Serginho Procópio vem conciliando sua carreira de artista
com a missão de liderar uma das escolas mais tradicionais do Rio de Janeiro. Músico, cantor, compositor, com inúmeros sambas gravados, por ele mesmo e por outros sambistas e membro da tradicionalíssima Velha Guarda da Portela, Serginho nos honrou com essa entrevista, na quadra-sede da Portela.

Portelamor: Serginho, em primeiro lugar, em meu nome e em nome da Torcida Portelamor eu gostaria de te agradecer por essa honra, por esse privilégio de conversar com você.

 Serginho Procópio: O prazer é todo meu, estou aqui à disposição e vamos lá, conversar.

 Portelamor: Em primeiro lugar, gostaríamos de conhecer um pouco mais da sua biografia, da sua história, onde você nasceu, onde viveu sua infância, como foi sua chegada na Portela.

Serginho Procópio: Nasci em Jacarepaguá, mas fui morador de Marechal Hermes, no subúrbio, ali na Rua Alexandre Gasparoni. Minha infância, minha juventude foi toda lá. Só saí de Marechal Hermes quando casei, e hoje em dia moro em Bangu. Meu vínculo com a Portela vem de muito pequeno, “se bobear”, acho que antes de eu nascer. Estava predestinado: “aquele ali vai ser portelense, vai lá que você vai nascer portelense”, diziam. E assim foi. Meu pai já tocava na Portela, era o cavaquinho da escola e também foi convidado pelo Paulinho da Viola a integrar a Velha Guarda, era o cavaquinista da Velha Guarda. Meu convívio com a Portela vem desde pequeno, ouvindo os compositores que frequentavam minha casa, até mesmo para fazer fita, porque não eram tantas as pessoas que tocavam cavaquinho naquela época. E eu cresci vendo, desde pequeno, seu Alvaiade, que era meu vizinho, em Marechal Hermes, ele sempre passava lá, sempre chamando meu pai. Então, meu convívio com a raiz da escola vem desde pequeno. Minha infância foi praticamente “regada” a isso. Meu pai também tocava com Candeia, que era compositor da escola. A gente ficava, eu e meus irmãos, praticamente, sempre na casa do Candeia. Meu primeiro cavaquinho eu ganhei das mãos do Candeia. Não que seja um ótimo cavaquinho, aquilo era para mim mais uma brincadeira, não era aquela coisa profissional. Hoje em dia quando falo disso, as pessoas dizem: “você ganhou um cavaquinho do Candeia!” Para a gente naquela época era uma coisa tão normal, o convívio com essas pessoas. A gente não sabia o que no futuro o Candeia viria a simbolizar, o que viria a significar. Meu avô por parte de pai também era compositor de chorinho, andava com Pixinguinha, com aquele pessoal da Velha Guarda do Choro. Ele tem choro gravado, inclusive um dele, muito famoso, gravado, que é o “Gadu namorando”. E o meu avô por parte de mãe também era músico, por incrível que pareça. Ele tocava violão, cavaquinho. Ele era de Miguel Pereira, a família de minha mãe era de lá, e meu avô era responsável pela Folia de Reis[i]. Minha mãe dizia que o pessoal falava: “vem a Folia do Tião Costa aí”. As pessoas tinham muito respeito pela Folia de Reis do meu avô. E assim foi minha vida. Eu tenho esses dois elos, da parte da minha mãe e da parte de meu pai. Eu tenho outros irmãos, um que é compositor, outro que arranha o cavaquinho, mas acho que esse dom acabou ficando para mim. E também eu gosto, não é só um dom, porque se você não manifestar isso, o dom acaba ficando quieto num lugar. E eu manifestei isso desde pequeno, desde pequeno eu sempre gostei de música, sempre, sempre. Me lembro de sempre ter um cavaquinho na minha vida. Daí vem a minha linhagem musical.

 Portelamor: O seu contato com a música vem desde há muito. O seu avô, Laudelino Procópio, seu pai, o grande Osmar do Cavaco, foram figuras históricas no mundo do samba, do choro. Como você vê o seu trabalho de músico e compositor e qual a herança que recebeu desses mestres?

Serginho Procópio: Olha, do meu avô, recebi a herança física, pois eu me pareço muito com ele, e a composição. Meu pai não era compositor, era músico, tem poucas músicas feitas, praticamente não era compositor. Mas na maneira de tocar, e de tocar a vida, também, eu acho que me assemelho muito a meu pai.

 Portelamor: Fale um pouco da sua carreira como músico e compositor.

 Serginho Procópio: Como compositor eu tenho mais de 200 músicas gravadas, com grandes nomes da MPB: Agepê, Zeca Pagodinho, toquei com Agepê durante muito tempo, já gravei músicas com Beth Carvalho, com o próprio Zeca Pagodinho, Neguinho da Beija-Flor, Fundo de Quintal, Reinaldo, por aí vai... Com um montão de gente e grupos. Como compositor eu comecei a fazer música desde pequeno, mas sem pretensão, só brincando. Depois de algum tempo é que eu fui me mantendo mais profissionalmente nisso, fui perdendo a timidez, de mostrar minha música para alguém. Minha primeira música foi gravada pelo Zeca Pagodinho, em parceria com ele. E aí foi... A música sempre me pegou desde cedo, estava sempre com um cavaquinho. Eu fui seminarista, estudei para ser padre, dois anos e meio no seminário, e onde eu estava tinha uma violinha espanhola. Eu tirei umas quatro cordas dela e fiz um cavaquinho. Até nas missas de Ação de Graças eu cantava. Lembro que cantava um samba de Luiz Carlos da Vila, que foi inclusive enredo da Viradouro [Cantarola um trecho], “um dia meus olhos ainda hão de ver / na luz do olhar do amanhecer” [Trata-se do samba “Por um dia de graça”]. Quando saí do seminário, freqüentei as rodas de samba junto com meu pai, já arranhando o cavaquinho. Meu pai dizia: “Meu filho vai tocar”, e eu ficava sem graça. Ele me botava para tocar e às vezes eu não sabia a música e ficava sem graça. Mas ali fui surgindo. Depois eu tive oportunidade de estudar música, com Paulão 7 Cordas, maestro da banda do Zeca, que nunca me cobrou um tostão para me dar aulas. Eu tenho o Paulão dentro do meu coração, com o maior carinho. Pessoa importantíssima no mundo do samba e na minha vida, principalmente. Eu, garoto de subúrbio, pobre, queria aprender, não sabia como e não tinha como pagar e ele me deu aula, de graça, foi o primeiro professor que eu tive. Uma pessoa muito generosa. Paulão é assim, grandão, forte, um coração muito grande. Depois tive oportunidade de estudar em outros lugares. Comecei a tocar, fazia parte da Banda Mistura Brasileira, do Agepê. Depois foram aparecendo outros lugares para tocar, as pessoas foram me chamando. Assim, o músico Serginho Procópio começou a aparecer, antes do compositor. Depois, como tive essa facilidade de tocar, foram aparecendo oportunidades de mostrar minhas músicas, também. Comecei com Zeca Pagodinho, com “Mafuá de Iaiá”, primeira música que eu gravei; depois o “Talarico”, a segunda música que eu gravei, que foi um sucesso [as duas foram e são um sucesso]. Apareceram outras oportunidades de eu mostrar músicas, pessoas pedindo músicas, como a Jovelina [Pérola Negra], com quem tive oportunidade de gravar a música “Antes do fim”, no último disco dela. Eu falava muito com ela, no telefone. Um dia antes de ela falecer, eu liguei para ela e ela falou que queria fazer uma música, é até engraçado, chamada “Coxinha de galinha sem varizes”, nunca mais esqueci disso. No dia seguinte estou vendo a jornal e anunciaram o falecimento dela. Foi triste para mim e para todo mundo, aliás. E assim fui seguindo a minha vida, o compositor aparecendo mais do que o músico. O samba teve uma época de auge e as pessoas foram me pedindo músicas, fui gravando e fazendo, tendo mais parceiros, até de fora do samba, como o Ronaldo Bastos [parceiro de Milton Nascimento], que tem uma história com o “Clube da Esquina”, de que eu também sou muito fã. Durante a minha juventude assisti muito show do Beto Guedes, Lô Borges, Flávio Venturini, 14 Bis, sou fã até hoje. Mesmo porque na época em que frequentava a igreja católica, a gente tocava muito essas músicas no violão, frequentava o show desses artistas, quando vinham para o Rio. Além de gostar de samba, sempre gostei de ouvir todo tipo de música. Vou ao show deles até hoje. Assim, minha carreira musical foi surgindo, naturalmente.

 Portelamor: Em uma entrevista concedida à Torcida Portelamor, em 2014, a cantora Dorina nos disse que a Portela tinha o privilégio de ter um Presidente de Honra como Monarco e um Presidente como Serginho Procópio, principalmente por ambos serem, além de portelenses de coração, grandes sambistas. Como você concilia essas duas funções?

 Serginho Procópio: Primeiramente, é uma honra ser citado pela Dorina, grande cantora da MPB. Agora, num primeiro momento não foi fácil. Muita coisa para organizar, estávamos formando uma equipe. A música, no primeiro momento, ficou mais de lado. Mas depois da equipe praticamente formada ficou mais fácil para a gente trabalhar, eu fiquei mais livre. Eu nunca deixei de ser músico, nunca deixei de ser compositor, continuo cantando, tenho um CD, sou cantor também, não posso deixar de fazer isso, isso é minha vida. Eu estou Presidente, mas um dia não serei mais. E tenho que tocar minha vida, minha carreira. Agora já estamos no segundo ano para o terceiro, a gente já sabe das peças que aqui estão, uma ou outra peça da escola a gente troca, mas a essência está ali.

 Portelamor: Em que momento você cogitou disputar a presidência da Portela? Pode nos contar como foi esse processo?

 Serginho Procópio: Eu não gosto muito de falar de outras gestões. Mas, praticamente, na gestão do Nilo [Figueiredo] foi uma época em que a Portela mais se afundou. A parte mais triste da escola foi nessa época. Primeiro, os sambas tinham sempre uma “armação” para serem escolhidos. Eu era compositor da escola, concorria com samba com a quadra inteira esperando dar um resultado e dava outro resultado. Isso aconteceu até mesmo comigo [Nesse momento, pergunto se posso transcrever essas passagens e Serginho autoriza]. Um dos sambas que eu fiz aqui, a quadra toda queria o samba, a escola toda queria e veio outro resultado. Daí eu falei que não mais competiria, achei que havia muita falta de respeito. E eu tive a oportunidade de dizer isso a ele [Nilo Figueiredo], diretamente, estavam sentados na mesa o Nilo, Falcon [Marcos Falcon, atual Vice-Presidente da escola], Marcelo Jacob, o Alex Wagner e eu mesmo. Falei que o que ele estava fazendo com a escola era uma vergonha. Daí, já não participei mais. Eu acho que fui um dos últimos a aderir à campanha de oposição, mas sempre protestava no Orkut. E eu fazia parte da Velha Guarda quando ela decidiu se afastar da Feijoada [tradicional festa mensal portelense, que acontece no primeiro sábado de cada mês], pois ali estava havendo também falta de respeito. Decidimos parar com a feijoada. Hoje em dia, a feijoada é um espetáculo para o Rio de Janeiro. Nós começamos isso, a Velha Guarda, com Marquinhos de Oswaldo Cruz, ainda na época do Carlinhos Maracanã. Logo no início, quem viesse com a camisa da Portela não pagava entrada, para chamar os portelenses de volta.

 Portelamor: Desculpe te cortar, mas lá no campinho [famosas feijoadas mensais de domingo que aconteceram em 2013, organizada por Marcos Falcon e sua equipe, que costurou o movimento de oposição e congregou diversos portelenses descontentes com o rumo da escola,] isso foi um pouco reeditado.

 Serginho Procópio: É verdade. E assim foi. No último carnaval da gestão do Nilo, o Falcon me ligou. Na realidade eu não queria ser Presidente. Algumas pessoas não quiseram ser e nós propusemos ao Monarco ser o Presidente, mas ele disse que já estava com idade, tinha a carreira dele, não poderia ficar ali direto, então nós o convidamos para ser nosso Presidente de Honra. Até que Falcon se reuniu com a equipe formada eles me convidaram para ser candidato à Presidente. Eu fiquei meio reticente. Não entendia de administração, tocava minha vida através da música, através da Portela, que é uma paixão que eu não sei de onde vem. Tocava minha vida moldada nisso, mas sempre com muita dignidade. Mas cheguei à conclusão de que se a gente quisesse mudar alguma coisa teria que ser naquele momento. E eu não podia dizer não a nossa nação portelense. Aceitei, fomos para a campanha, batalhamos e conseguimos chegar. Agora, nunca estive sozinho, graças a Deus. Muita coisa estou aprendendo. Na realidade, sou músico e compositor, administrativamente estou aprendendo, mas tenho pessoas competentes do meu lado e isso é importante, o que faltou à outra administração: ter pessoas com a cabeça voltada para o que é certo. A gente sabe que a Portela quase acabou, naquela época.

 Portelamor: Nesses dois anos sob nova direção, a escola se transformou. Que principais avanços você destaca e quais os maiores desafios enfrentados?

 Serginho Procópio: Os maiores desafios foram as dívidas. Todo mundo sabe que herdamos uma herança maldita de quase 14 milhões de Reais, ou mais, desde salários de funcionários, barracão, tudo. Acho que se a gente não conseguisse entrar nessa gestão a Portela desceria e não teria condições de subir. Devia o maior fornecedor de material do Carnaval, o Babado da Folia, 900 mil Reais. Não é fácil. Para a gente conseguir fazer um carnaval, tornar a escola competitiva e pagando as dívidas custou muitas noites de sono, pensando no que fazer, parcela daqui, parcela dali, e os credores entenderam que era melhor receber “pingado”, sabendo que vai receber, do que não receber nada. E foram esses acordos que fizemos. E apareciam também pessoas cobrando coisas que não eram comprovadas. Então, dizíamos, “comprovem”. Não iríamos pagar nada que não fosse comprovado. Trabalhos muito. Num primeiro momento, nosso pensamento sempre foi reerguer a escola e torná-la competitiva. E eu acho que nesse primeiro ano conseguimos mostrar já que a Portela estava mudando, chegamos em terceiro lugar...

 Portelamor: E brigando pelo primeiro...

 Serginho Procópio: Isso, brigando pelo primeiro, de forma muito honesta. Com os recursos que chegavam pagávamos uma conta e investíamos no carnaval. Não sei como era feito antes, não posso falar, o que eu sei é que ficou um rombo grande, mas da nossa maneira pagamos nossas contas, que não herdamos, e fizemos nosso carnaval com tudo pago. Não vencemos, mas mostramos que a Portela mudou, que a Portela agora é competitiva. O portelense passou a acreditar. Nesse segundo ano, tentamos de tudo, investimos pesado nesse carnaval, o portelense aderindo mais à escola, vendo as mudanças, as obras, as coisas que a gente fez, justamente para abrilhantá-la. A escola estava triste, mal pintada, e agora a escola parece que está sorrindo. Colocamos uma águia aqui na porta, uma coisa tão simples, mas que dá vida à escola, como uma pintura na parede. É o carinho que se tem. Nesse segundo ano perdemos para nós mesmos, mas são coisas que acontecem na hora, não temos como prever. A nossa Águia arrebentou, quando se falar do carnaval 2015 vão lembrar da águia da Portela, vai ficar um marco, eterno, vão falar da Águia Redentora... Dos paraquedistas. Só a Portela mesmo. Impactante. [Em nome da Torcida, parebenizo o entrevistado pelo desfile].

 Portelamor: O que ainda falta realizar, além, claro, do tão esperado campeonato?

 Serginho Procópio: Queremos o campeonato, nossa capela está quase pronta. Queremos colocar mais eventos que façam o portelense mais feliz e que a gente possa com eles arrecadar fundos para a escola, para que possamos pagar as coisas e investir melhor no carnaval. É esse nosso pensamento, ter projetos que sejam os melhores para escola, tudo o que for melhor para a escola. Não nos desfazendo de outros carnavalescos, tivemos o Alexandre Louzada, que nesses dois anos foi maravilhoso, também [Serginho se adianta em relação à próxima pergunta]. Este ano estamos com o Paulo Barros, que é também um ótimo carnavalesco. Muita gente falou que ele não tinha muita coisa a ver com a Portela, que é uma escola muito tradicional, e o Paulo Barros é moderno, mas esquecem que a Portela foi a que mais modernizou o carnaval, conceito de alegoria, comissão de frente. O Paulo Barros está na escola certa, tem tudo a ver com isso aí.

 Portelamor: A Portela tem tido uma mídia excepcional, tem sido notícia no mundo do samba e, neste momento, ela volta ao noticiário com a entrada do carnavalesco Paulo Barros, substituindo Alexandre Louzada. Como você avalia o trabalho feito pelo Louzada e quais as suas expectativas em relação à entrada do Paulo Barros?

 Serginho Procópio: O trabalho do Louzada foi maravilhoso, muito bem feito e a gente agradece muito a ele, todo portelense sabe, foi visto. Mas o Louzada segue a vida dele e a Portela segue a vida dela. E o nosso novo carnavalesco é o Paulo Barros, de quem a gente espera que faça um carnaval também competitivo, bonito. As duas coisas estão unidas ali: a tradição da Portela e essa jovialidade do carnavalesco Paulo Barros, de enxergar as coisas de uma outra maneira. São coisas que se encaixaram bem. E sou fã do “cara” e só tenho a torcer para dar tudo certo, todos nós estamos esperando isso.

 Portelamor: Serginho, o que é a Portela hoje? Como você avalia a estrutura atual da escola, os projetos, presentes e futuros, a saúde financeira da agremiação?

 Serginho Procópio: É nossa obrigação deixar uma escola competitiva, quando terminar nossa gestão, quando sairmos. Deixar para essa rapaziada nova que está surgindo uma escola bonita e competitiva, que saiba tratar bem os que por ela passaram, mas que tenha um olhar para o futuro, um olhar de águia, de lutar por aquilo ali. Queremos deixar uma boa estrutura para os que virão, para os que vão nascer ainda. Um dia isso tudo vai ser falado. A gente passa e a escola fica. Passaram outros, passou Natal, passou Paulo da Portela, passou Candeia, tanta gente boa já passou e nós vamos passar, mas o que nós fizermos de bom vai ser lembrado, de bom ou ruim, e a gente quer ser lembrado da melhor maneira possível, por tudo que a gente criou de bom. Queremos deixar um bom legado para o futuro, para que as pessoas que virão assumir a escola saibam assumi-la de coração, porque a Portela é muito mais amor do que outra coisa.

 Portelamor: Quais os maiores desafios no dia a dia da administração da escola?

 Serginho Procópio: Nosso desafio é pagar todas as contas que nos foram deixadas, nosso dia a dia é saldar isso que a gente herdou. Fazer a escola ser campeã novamente e sanar essa dívida, que não é nossa, mas é dívida da escola. É tudo que a gente quer para ver a Portela sorrir melhor. Sorrindo ela já está, mas queremos vê-la sorrir melhor, é o nosso desafio.

 Portelamor: Serginho, aproveitando que você é um artista do samba, gostaríamos de saber como avaliou nosso samba-enredo de 2015.

 Serginho Procópio: [Sorrindo] Pôxa! Essa resposta você via pela final do samba aqui na quadra, foi uma coisa avassaladora, não há o que falar. De 40 julgadores, 39 votos a favor. A escola queria esse samba. Todos nós estamos muito felizes com esse samba, samba que realmente impulsionou a Portela [Pergunto se ele assinaria esse samba e ele sorri e diz que sim, se tivesse feito, assinaria]. Sou até suspeito. Quando eu concorria a samba-enredo, fiz parte dessa parceria, com Charlles André e o Celso Lopes. Aí entrou o Noca, que quando acerta na veia não tem jeito e com a jovialidade do Celso e dos outros parceiros, que são garotos novos que chegaram, acho que deu tudo certo. Eu digo que é uma pena não ter ganho esse carnaval com esse samba [Nesse momento, há uma digressão, não colocada aqui, mas que está no áudio e no vídeo]. E a gente quer contar muito, não só com esses compositores, mas com todos os compositores que escrevem aqui na escola, para esse carnaval de 2016. Vamos escrever bem, fazer bem...

 Portelamor: Temos conseguido, nos últimos quatro anos, notas dez para samba-enredo, de todos os julgadores. Há um temor de que os enredos do Paulo Barros possam causar problemas para os compositores. O que você pensa a esse respeito?

 Serginho Procópio: Como compositor, não vejo esse “grande desafio”. Vejo que é sempre um desafio escrever um bom samba. O compositor sempre tem que tentar fazer o melhor. Vai ser dada uma sinopse a ele e ele vai ler, agora o desafio é fazem um bom samba, sempre, sempre. É um desafio para a parceria vencedora, para qualquer parceria, para qualquer um que faça samba, é um desafio. Não tem esse temor, não, porque é o Paulo Barros. A dinâmica é a mesma: temos que fazer o melhor, visando a ganhar com o melhor, visando à escola. Uma coisa que eu e meus parceiros conversávamos sempre que compúnhamos samba é que ali há um filho. Para a gente não tem quem é o melhor, quem fez isso ou aquilo, tem os compositores que fizeram o samba. Quando a música nasce é um filho para a gente. Então esse filho tem que ser muito bem embalado, muito bem criado, muito bem feito, porque ninguém quer filho feio. Todo compositor tem que pensar assim, que tem que fazer o melhor, e agora, com o desafio de ter um carnavalesco como o Paulo Barros, que tem essa inventividade dinâmica na cabeça dele. É um desafio maior ainda, eu tenho que fazer melhor, mostrar que sou bom, que tenho condições, essa é a minha visão de compositor: vamos fazer o melhor samba, assim que sair o enredo, assim que sair a sinopse, fazer o que o carnavalesco está pedindo.

 Portelamor: O que a Portela vai manter e o que será modificado na fase Paulo Barros?

Serginho Procópio: A essência da Portela não vai mudar, vai continuar, só que com a inventividade do Paulo Barros. A essência está aí, no coração do Paulo Barros. Na feijoada ele já viu como o portelense já o abraçou, a Portela já está na veia dele, ele já é um portelense. Trata-se da maior escola com maior título dos carnavais. É um desafio para ele, também. É um desafio para todos nós.

 Portelamor: Serginho, o que te dá mais prazer, hoje, no mundo do samba?

Serginho Procópio: Uma coisa que me dá muito prazer é quando subo nesse palco aí [da quadra], tocando com a Velha Guarda. É um prazer enorme, pois a música está na minha vida. Outra coisa que sempre me emociona é quando o Mestre-Sala e a Porta-Bandeira dançam, apresentam a bandeira. Isso me arrepia, é uma coisa que não sei te explicar de onde vem, mas ver nossa bandeira sendo empunhada lá na frente, é lindo. É muito bonito.

 Portelamor: E o que te dá menos prazer, hoje, no mundo do samba?

 Serginho Procópio: Fofoca. Fofoca, mentira, essas coisas, não gosto. Acho que ninguém gosta. Infelizmente, em todo lugar tem.

 Portelamor: Dona Dodô, infelizmente falecida este ano, dizia que a Portela era uma religião. O que você acha dessa afirmação?

 Serginho Procópio: Concordo com ela, Portela é uma religião. Para todos nós que somos portelenses, é assim, dessa maneira, “é feito uma reza, um ritual / é a procissão do samba / abençoando a festa do divino carnaval”. E eu só tenho que concordar. Tia  Dodô era sábia à maneira dela, ela falava coisas para a gente e eu ficava pensando depois e ela tinha razão, porque ela viveu isso tudo aí, ela viu todos os campeonatos da escola, então, o que ela falava para gente era lei.

Portelamor: E é um ano de perdas para a escola, Dona Dodô, Tia Eunice...

 Serginho Procópio: Tia Eunice... Ela estava bem “dodói”. Era um doce de pessoa, que doce de pessoa. Eu tive a oportunidade de em alguns momentos da minha vida deparar com Tia Eunice. Quando pequeno, quando eu via os ensaios da Velha Guarda, com meu pai, a Tia Eunice cantando, sempre aquela vozinha bonita, e aquele carinho, junto com a Tia Doca, com a Tia Surica. Primeiro foi Tia Vicentina, depois ela faleceu e colocaram a Tia Doca e a Tia Eunice, depois chegou a Tia Surica. A Tia Eunice era sempre aquele doce de pessoa. Muito triste, a morte dela. Você perder ente querido é muito triste. Mas ela deixou uma história bonita. Eu ultimamente, nesses quinze ou dezesseis anos de Velha Guarda, tenho tido muitas perdas, desde o início: Argemiro, Jair do Cavaquinho, Tia Doca, Tia Eunice, Casemiro. As pessoas infelizmente têm que partir para que outras nasçam. E assim a Velha Guarda está sendo substituída. É o ciclo da vida. Só não pode deixar perder a essência que a Velha Guarda tem.

 Portelamor: Estamos quase encerrando nossa conversa, e nesse momento eu gostaria de tecer alguns comentários sobre as torcidas da Portela. A Portela, grandiosa, vaidosa, não cabe em uma só torcida, tem logo três. Nós gostaríamos de saber sua opinião sobre o papel das torcidas. O que você espera de nós, como torcedor e Presidente da Portela?

 Serginho Procópio: Eu espero que as torcidas continuem nos apoiando. A gente espera estar no caminho certo, mas também, de alguma maneira, se nos desviarmos, esperamos que vocês nos alertem, para que a gente possa voltar ao caminho. O papel da torcida, hoje, não é só torcer, é fiscalizar. Foi também através da torcida que o cenário em que a Portela estava mudou. A gente respeita muito todas as torcidas da nossa escola. O que nos falarem a gente vai passar a observar. O papel da torcida não é só torcer, é também lutar junto com a gente.

 Portelamor: Gostaríamos de finalmente encerrar pedindo a Serginho Procópio que defina Serginho Procópio.

 Serginho Procópio: É difícil a gente falar da gente. Procuro ser uma pessoa simples, à minha maneira, orgulhoso como portelense, como todo portelense é, mas um orgulho bom, não é aquela coisa vaidosa, que chega a querer ser mais do que os outros. O orgulho portelense está aqui dentro do meu coração e isso eu vou levar para a vida toda. E eu quero deixar um grande beijo para toda a nação portelense: “Portela / Suas cores têm / Na bandeira do Brasil / E no  céu também / Avante portelenses para a vitória”. É a mensagem.

 Portelamor: Muito obrigado pela honra e pela grande alegria que você dá a nossa torcida, pela oportunidade que você nos dá de conhecer um pouco mais, não só o Presidente da Portela, mas o sambista, o artista, e o que pensa o cidadão Serginho Procópio.

 Serginho Procópio: Eu é que agradeço a você, a todos da Torcida Portelamor por essa entrevista. Estamos aí, juntos, e quero avisar que vamos continuar caminhando, em busca desse título.

 
Entrevista concedida a Paulo César Oliveira, na sala da Presidência da Portela, de 14h às 15h30 do dia 06 de abril de 2015. A entrevista contou com o apoio técnico de Eduardo Zaqueu de Oliveira Moreno, responsável pelo vídeo, pela montagem do áudio e das imagens. A entrevista, em breve, estará disponível no You Tube e poderá ser acessada pelo link, disponibilizado em nosso site.

 


[i] Festa católica que celebra a visita dos Três Reis Magos a Jesus Cristo, que na tradição cristã ocorre no dia 06 de janeiro. Nos países católicos, a Folia de Reis passou a ser a mais importante data comemorativa. No Rio de Janeiro e no Brasil, os grupos realizam folias até o dia 20 de janeiro, dia de São Sebastião, padroeiro do Rio.

Liesa: diretor faz balanço dos desfiles e fala sobre problemas de som na Sapucaí

Redação SRZD

Elmo José, diretor de Carnaval da Liesa, órgão responsável pela gestão dos desfiles do Grupo Especial do Rio de Janeiro, bateu um papo com o SRZD-Carnaval e revelou que a liga busca, a cada ano, melhorar a infraestrutura das apresentações. O dirigente fez balanço do Carnaval 2015, falou das falhas de som devido a chuva e comentou sobre as eleições da Liesa. Confira o vídeo:

Fonte: www.sidneyrezende.com/carnaval

Presidente da Lierj esclarece sobre possível organização dos desfiles das Séries B, C e D

Redação SRZD

Déo Pessoa, presidente da Lierj, liga responsável pelos desfiles das escolas da Série A do Rio de Janeiro, conversou com o SRZD-Carnaval, fez um balanço das apresentações de 2015 e esclareceu que a liga não comandará as Séries B, C e D. Confira a explicação do dirigente no vídeo abaixo:

“Portela dá trabalho” vai oferecer nesta terça 1.500 vagas, inclusive para deficientes

By Juninho Tititi


Será realizada nesta terça-feira, dia 14, a segunda edição do projeto “Portela dá trabalho”, que teve início na última terça, na quadra da escola, em Madureira, e que recebeu milhares de candidatos a vagas de emprego oferecidas por mais de 10 empresas. A partir de 9h, representantes das empresas contratantes estarão entrevistando quem busca recolocação ou colocação no mercado de trabalho para várias funções. Haverá 1.500 vagas disponíveis. Entre as novas empresas que aderiram ao projeto estão o Supermercados Guanabara, que vai oferecer vagas para pessoas com deficiência para funções de repositores, empacotadores e caixas. A maioria do total de vagas oferecidas é para empresas do segmento de serviços. O Grupo Redentor, empresa de ônibus que opera no município do Rio de Janeiro também deslocará funcionários para a quadra da azul e branco para receber currículos e entrevistar candidatos interessados em trabalhar como motorista.
A documentação necessária é: carteira de trabalho, currículo profissional, uma foto 3×4, comprovante de residência, título de eleitor, certificado de reservista e declaração de escolaridade.

A quadra da Portela fica na rua Clara Nunes, 81, em Madureira.


Fonte: www.manchetenafolia.com.br

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Portela tem nova comissão de harmonia

Por Simone Fernandes

A experiência em desfiles de portelenses de longa data e a vinda de novos profissionais com passagens por outras agremiações são as principais credenciais dos integrantes da nova comissão de harmonia da Portela, que será responsável pelo canto e pela evolução da escola no espetáculo de 2016.

Nilce Fran, que está na Portela desde que nasceu, e Valci Pelé, há 20 anos na azul e branco e que divide a coordenação da premiada ala de passistas com Nilce; e Jeronymo Portela, que já foi passista, coreógrafo de comissão de frente, mestre-sala e que nos últimos anos vem atuando como coordenador de ala, vão se juntar a Leonardo Brandão e Tavinho Novello para garantir notas máximas à agremiação no próximo Carnaval.

Nilce Fran diz que recebeu com alegria o convite do vice-presidente e coordenador de carnaval Marcos Falcon para exercer a nova função.

– Foi o reconhecimento do trabalho que vem sendo feito junto à ala de passistas. Sinal de credibilidade do que fazemos há 12 anos, sempre procurando agregar as pessoas, característica que eu sempre achei que deve ser fundamental para o bom desempenho de um departamento de harmonia.

Valci Pelé garante que a nova tarefa não vai interferir no bem-sucedido trabalho que vem desenvolvendo:

– Confesso que fui pego de surpresa. Mas eu costumo dizer que estou na Portela para aprender sempre, pra arregaçar as mangas e botar a mão na massa. E é exatamente assim que pretendo contribuir. Garanto que vou me entregar de corpo e alma, sem qualquer prejuízo para a ala de passistas.

O experiente Jeronymo também mostra entusiasmo com o trabalho da nova comissão a adianta alguma das ideias do grupo para aprimorar o canto e a evolução.

– Vamos pedir cada vez mais comprometimento dos componentes. Pretendemos começar o trabalho ensaiando os componentes primeiramente por grupos, para só depois unirmos todo o contingente. Acho que será um ganho para a escola. Vamos fazer um trabalho de equipe bastante harmonioso.

Com passagens pelos departamentos de harmonia do Império Serrano e da Unidos da Tijuca, Leonardo Brandão fez este ano o segundo desfile na escola de Oswaldo Cruz e Madureira, também auxiliando na harmonia.

– Com Jeronymo, Nilce e Valci eu já vinha convivendo nesses dois últimos anos. Fiquei satisfeito com a vinda do Tavinho. Sempre observei o trabalho dele, principalmente, a forma como ele trata com respeito os componentes – revela Leonardo, que é professor de educação física e que há anos atua como coordenador de pista a serviço da Liga Independente das Escolas de Samba durante os desfiles do Grupo Especial.

Com experiência adquirida dando expediente em escolas como Salgueiro, Vila Isabel e Acadêmicos do Grande Rio, na maioria delas como diretor de carnaval, Tavinho garante estar bem à vontade com a estreia na nova escola.

– Como diretor de carnaval, sempre participei ativamente do trabalho da harmonia, já que as duas coisas estão diretamente ligadas. Nos quatro ou cinco anos em que estive na Grande Rio, acumulei as duas funções. Estou bastante animado com esse trabalho, principalmente porque cada escola tem uma característica diferente e adoro desafios.

A primeira reunião do grupo, comandada pelo supervisor de carnaval, teve a presença de Tia Surica, que foi desejar sorte à nova equipe.


Fonte: www.tudodesamba.com.br

Inauguração da capela de dedicada a Tia Dodô marca festa de 92 anos da Portela

Redação Carnavalesco

O aniversário de 92 anos de fundação levou à quadra da Portela no sábado centenas de pessoas para programação que teve, além de bolo, celebração de missa e roda de samba com a participação de jovens talentos.

Um dos pontos altos da programação foi a inauguração da Capela Nossa Senhora da Conceição e São Sebastião, padroeiros da escola. A construção do espaço era uma antiga reivindicação de Tia Dodô, porta-bandeira do primeiro título da Portela morta em janeiro deste ano aos 95 anos. Segundo Marcos Falcon, o vice-presidente da Portela, Dodô chegou a ter ciência que a capela seria inaugurada ainda este ano.

- Gostaríamos de ter feito a obra antes, mas não foi possível. Visitei a Tia Dodô várias vezes no hospital e sempre conversávamos sobre o assunto. Ela queria muito um lugar especial na quadra para os santos padroeiros da escola. Ela chegou a saber que o engenheiro responsável pela obra estava esperando ela se recuperar para que fosse à quadra mostrar de que forma gostaria que a capela fosse feita. Pessoas como a Tia Dodô poderiam ficar mais tempo com a gente. Infelizmente, não deu tempo pra ela ver a obra concluída – lamenta o dirigente.

Ilustres portelenses como Monarco, Noca, Tia Surica e Tia Nenem prestigiaram a inauguração da capela, que ficará aberta diariamente para visitação durante o horário comercial. O local pode acomodar até 70 pessoas.

Depois da missa, Ciraninho, da ala de compositores da azul e branco, comandou a roda, montada no meio da quadra, que reuniu diversos compositores das novas gerações, que animaram o público com repertório de primeira. O ator Marcos Frotta também participou do evento.


Fonte: www.carnavalesco.com.br

Eleição na Liesa: Jorge Castanheira pode não concorrer

Por Guilherme Ayupp

A eleição para presidência da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) acontece no fim do mês de maio e pode ter uma surpresa, a ausência do atual presidente Jorge Castaneira. Para reportagem do CARNAVALESCO, ele não confirma e nem desmente sua real situação para o pleito eleitoral da Liesa. - Estive fora do Rio, retornei e nem pensei nisso. Não há nada de concreto a meu respeito ainda - disse ao ser indagado se teria entregado o cargo.

Jorge Castanheira é a pessoa com mais tempo no comando da Liga, fundada em 1985. Ele presidiu a instituição entre 1995 e 1997, em substituição a Paulo de Almeida. E desde a saída de Ailton Guimarães Jorge, o Capitão Guimarães, em 2007, está à frente da entidade, completando oito anos ininterruptos na presidência.

Os presidentes das 12 agremiações do Grupo Especial, e mais todas escolas fundadoras, entre elas, Estácio, Império Serrano e Caprichosos, definirão em plenária o nome do presidente. A reportagem do CARNAVALESCO apurou que há uma disputa dentro da instituição, principalmente, depois das bruscas mudanças no corpo de julgadores. Alguns presidentes estão insatisfeitos e até três grupos distintos podem apresentar candidatura. Além disso, surgiu a informação de um possível rompimento entre Anísio Abraão David e Capitão Guimarães, que não estariam se falando. O eleito para presidência da Liesa vai comandar a entidade nos próximos três anos. 


domingo, 12 de abril de 2015

Com a palavra, o presidente.





Entrevista concedida a Paulo César Oliveira, na sala da Presidência da Portela, de 14h às 15h30 do dia 06 de abril de 2015. A entrevista contou com o apoio técnico de Eduardo Zaqueu de Oliveira Moreno, responsável pelo vídeo, pela montagem do áudio e das imagens. A entrevista, em breve, estará disponível no site da Torcida Portelamor  - www.portelamor.com.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Portela comemora 92 anos neste sábado com festa e diversas atrações na quadra

Redação SRZD

A Portela comemora 92 anos de fundação neste sábado e o bairro de Madureira vai receber diversas atrações ao longo do dia.

Às 10h, haverá missa, com inauguração de capela na quadra, pedido antigo de Tia Dodô, que morreu em janeiro deste ano, aos 95 anos. Às 14h, terá início a parte musical com Monarco, presidente de honra da agremiação e líder da Velha Guarda Show da escola, comandando uma roda de samba que vai reunir novos talentos. Entre os convidados do bamba portelense, está Ciraninho, 34 anos, integrante da ala de compositores da azul e branco desde 2006, autor dos sambas que a Portela cantou na Avenida nos desfiles de 2007, 2008, 2009 e 2010. A convite de Ciraninho, idealizador do encontro, que também tem músicas gravadas por Beth Carvalho e Diogo Nogueira, outros jovens talentos já confirmaram presença.

João Martins, Renato da Rocinha, Leandro Fregonese, Alex Ribeiro e Juninho Thybau também estão confirmados. Além do show da bateria da Portela, intérpretes e passistas, que vão encerrar a festa.

O almoço na quadra será macarrão com galinha, que será vendido por R$ 15. A entrada para o evento é gratuita.


Com homenagem Elza Soares, Prêmio Plumas e Paetês será entregue sábado com festa na Cidade do Samba

Por Fábio Silva


A Cidade do Samba vai sediar o maior desfile de talentos do Carnaval brasileiro. Aderecistas, artesãos, costureiras, carnavalescos, coreógrafos, iluminadores, figurinistas e destaques de luxo, entre outros artistas dos bastidores do "maior espetáculo da terra", serão as grandes estrelas do 11º Prêmio Plumas & Paetês Cultural, que acontece no próximo sábado, dia 11, a partir de 20h, na avenida Rivadávia Corrêa nº 60, na Gamboa.

A premiação terá Elza Soares como grande homenageada do ano. Os 60 premiados da noite, escolhidos em 28 categorias, levarão para casa um troféu com a imagem da cantora. Na abertura do evento, uma produção teatral, sob direção de Ruiglan Barros, contará a trajetória da "voz do milêno". No encerramento, a própria Elza Soares interpretará alguns de seus maiores sucessos, acompanhada da bateria da Mocidade Independente de Padre Miguel.

"A escolha da estrela Elza Soares não foi por acaso. Além de ter muitas afinidades com o universo do carnaval, nada melhor que exaltar, em vida, uma grande personalidade carioca, que elevou o nome do artista brasileiro ao mais alto grau de valorização da arte pelo mundo, como em 2000, quando foi escolhida pela BBC de Londres como a Voz do Milênio", explica José Antônio Rodrigues, gestor do Plumas & Paetês Cultural. Rodrigues lembra ainda que, em outras edições, o prêmio já foi dedicado a personalidades como Cartola, Noel Rosa, Chiquinha Gonzaga e as Rainhas do Rádio.

Prêmio é referência entre profissionais dos bastidores - Criado há 10 anos, o Plumas & Paetês Cultural se destaca por ser um prêmio dado aos profissionais dos bastidores do carnaval e não às escolas de samba. Outra característica que o diferencia é que o prêmio avalia o trabalho realizado nas agremiações do Grupo Especial ao Grupo D do Rio de Janeiro, que desfilam na Marquês de Sapucaí e na Intendente Magalhães. Este ano, a premiação contempla ainda os desfiles de Brasília (na "Passarela da Alegria", sob a direção da UNIESB) e Vitória/ES (no Complexo Walmor Mirada, conhecido como "Sambão do Povo", sob a direção LIESES).

Em sua maioria anônimos, os trabalhadores são avaliados em funções praticamente "invisíveis" aos olhos do grande público, entre elas as de aderecista, pintor, carpinteiro, coreógrafo, costureira, desenhista, escultor, ferreiro, iluminador, pesquisador e gestor de ateliê. Carnavalescos, compositores, coreógrafos e destaques de luxo também são agraciados, além de categorias especiais como jornalista, fotógrafo, radialista, produtor cultural de bloco carnavalesco e revelação do carnaval.

"A equipe de julgadores é formada pelos coordenadores do Plumas & Paetês e gestores culturais, além de jornalistas, personalidades, pesquisadores e estudiosos nas artes carnavalescas. Todos assistem aos desfiles em diferentes setores estrategicamente distribuídos pelas avenidas dos desfiles", conta José Antônio Rodrigues. O prêmio tem o apoio institucional da OEI (Organização dos Estados Ibero-americanos), da RIOTUR, LIESA e LIERJ.

CONFIRA A RELAÇÃO COMPLETA DOS VENCEDORES DO 11º PRÊMIO PLUMAS & PAETÊS CULTURAL

Grupo Especial - LIESA

1- Aderecista: Thiago Vinicius Medeiros, Cristiano Bara, Rodrigo Pacheco, Rogério Madruga, Túlio Neves, Márcia Medeiros e Dionísio Babu - (Beija Flor)

2- Artesão: Cleison - (Portela)

3- Escultor de movimentos especiais: Rossy Amoedo e equipe - (Portela)

4- Artista Plástica: Andreia Vieira - (Mocidade Independente)

5- Carnavalesco: Rosa Magalhães - (São Clemente)

6- Marceneiro: Juraci Alves (Mocidade Independente)

7- Compositor : Noca da Portela, Celso Lopes, Charlles André, Vinicius Ferreira e Xandy Azevedo - (Portela)

8- Coreógrafo: Priscila Motta e Rodrigo Negri - (Acadêmicos do Grande Rio)

9- Costureira: Juciara Basílio da Silva - (Unidos da Tijuca)

10- Desenhista: Gabriel Hadad e Monclair Filho - (Portela)

11- Destaque de Luxo Masculino: Zezito Ávila - (Beija Flor)

12- Destaque de Luxo Feminino: Fabiola Abraão - ( Beija Flor)

13- Ferreiro: Alan Duque da Silva (Mocidade)

14- Figurinista: Annik Salmon e Mauro Quintaes - (Unidos da Tijuca)

15- Gestor de Ateliê - Edmilson Lima (Fantasia do 1º Casal de M. Sala e P. Bandeira da Beija Flor)

16- Iluminador: Mário Sérgio - (Mocidade Independente)

17- Maquiador Artístico: Jorge Abreu (União da Ilha)

18- Pesquisador. Rosa Magalhaes (São Clemente)

19- Pintor Artístico: Kennedy Prata - (Beija Flor)

Série A - LIERJ

1- Aderecista: Ronny Moraes - (Unidos de Padre Miguel)

2- Carnavalesco: Edson Pereira - (Unidos de Padre Miguel)

3- Compositor: Márcio André, Bola, Dudu, Marcão Meu Rei, Alexandre Alegria e Gallo. (Império da Tijuca)

4- Coreógrafo: Junior Scapin - (Paraiso do Tuiuti)

5- Costureira: Meire Ely - (Unidos de Padre Miguel)

6- Desenhista: Jack Vasconcelos - (Paraiso do Tuiuti)

7- Destaque de Luxo: Sandro Farias - Império da Tijuca)

8- Figurinista: Leandro Vieira - (Caprichosos de Pilares)

9- Gestor de Ateliê - Ateliê Aquarela Carioca - (Paraiso do Tuiuti)

10- Iluminador: Paulinho da Luz - (Paraiso do Tuiuti)

11- Maquiadora Artística: Ivete Dibó - (Unidos de Padre Miguel)

12- Pesquisador: Jack Vasconcelos - (Paraiso doTuiuti)

13- Pintor Artístico: Eduardo Alves (Paraiso do Tuiuti)

Grupo de Acesso B

Carnavalesco: Alex de Oliveira - (Rocinha)

Coreografo: André Lucio (Acadêmicos do Sossego)

Compositor: Mag do Cavaco, Júnior Miranda e Sérgio Pegador (Jacarezinho)

Pesquisador: Gabriel Haddad e Leonardo Bora (A. do Sossego)

Grupo de Acesso C

Carnavalesco: Luiz di Paulanis (Lins Inperial)

Coreografo: Laura Agnada (Lins Imperial)

Compositor: André Junior, Manga, Diego Nascimento, Serginho Castro e George Wagner (Leão de Nova Iguaçu)

Pesquisador: Oberdan Rodrigues da Silva (Leão de N. Iguaçu)

Grupo de Acesso D

Carnavalesco: Wellington Silva (Coroado de Jacarepaguá)

Coreografo: Carla Gonçalves -(Coroado de Jacarepaguá)

Compositor: Claudinho Raiz, China, Niquinho, Paulo Velho e Luiz Sapatinho (Vizinha Faladeira)

Pesquisador: Jean Rodrigues (Vizinha Faladeira)

AESM RIO

1- Carnavalesco - Clebson Prates - (Mangueira do Amanhã)

2- Coreógrafo - Carlinhos do Salgueiro - (Aprendizes do Salgueiro)

3- Pesquisador - Arcindo José - Mangueira do Amanhã

4- M. Sala e P. Bandeira - Taciana Couto e Lincon Rodrigues (Pimpolhos da Grande Rio)

Prêmios Especiais

01- Repórter e locutor - Eugênio Leal - (Rádio Tupi)

02- Radialista e Apresentador - Jorge Luiz - "Programa Manchete na Folia" - (Rádio Manchete AM 760). -

03- Colunista e Jornalista - Marcelo Faria - (Portal de Noticias Sambrasil).

04- Fotógrafo - Diego Mendes

05- Gestor de Mídia - Sidney Rezende - (Site SRZD)

06- Pesquisador do grupo A: Marcos Roza - (GRES Independente da Boa Vista) - Vitória/ES

07- Carnavalesco do grupo A: Cid Carvalho - (MUG - Mocidade Unida da Glória) - Vitória/ES

08- Carnavalesco do grupo B: Paulo Balbino - (GRES Pega no Samba)- Vitória/ES

09- Pesquisador do grupo B: Paulo Balbino - (GRES Pega no Samba)- Vitória/ES

10- INOVAÇÃO - Coluna "Meu Jeitinho" - Daniel Targueta e Paulo Sampaio (TV Globo)

11- Melhor Bloco de Carnaval - Cata Latas do Grajáu - (Produtor Ransey Ribeiro)


terça-feira, 7 de abril de 2015

Novo diretor de harmonia, Jeronymo destaca determinação da Portela pelo título

Por Rafael Arantes

A Portela continua acertando as arestas rumo ao Carnaval 2016 e a mais nova aposta foi na escolha de Jeronymo da Portela para o posto de diretor de harmonia da escola. São quase 60 anos de história com a Azul e Branca e, agora, o desafio é ainda maior. Feliz e emocionado com o convite feito pelo vice-presidente Marcos Falcon, o dirigente admite que não vê a hora de começar os trabalhos, mas mantém a calma para preparar todo um planejamento rumo ao próximo desfile.

- Fiquei muito contente com essa escolha, com a grande oportunidade que o querido Marcos Falcon depositou em mim. Sei a importância e a responsabilidade de um trabalho como esse e já estamos começamos a nos adequar a um novo sistema. Tenho muita convicção daquele pensamento de um por todos e todos por um. Já tenho uma equipe forte e bastante unida, onde o objetivo é fazer tudo em prol da nossa escola. Estamos conversando para firmar algumas coisas e ainda vamos marcar um encontro oficial com toda a imprensa para expor todas essas ideias.

Com uma relação intensa com a Azul e Branca, Jeronymo acredita na força e na paixão da comunidade como um dos diferenciais da escola de Madureira. O diretor de harmonia ressalta que acredita numa dobradinha de sucesso com os portelenses na tão especial temporada que viverá até o desfile do ano que vem. - A comunidade da Portela me conhece há muito tempo. Sempre tive o carinho de todos os integrantes da escola e sei que agora não será diferente. Será um trabalho muito bem feito, bem planejado e que não deixará ninguém esquentar a cabeça.

No início dos trabalhos para o Carnaval 2016, Jeronymo destaca a determinação de toda a escola na busca pelo título como o ponto forte da Azul e Branca. O diretor de harmonia ressalta a vontade do portelense em dar fim ao amargo jejum de títulos da Águia.

A escola está engasgada, mordida. Vamos fazer de tudo para conquistar esse título. Já desenvolvemos grandes carnavais nesses últimos dois anos e em 2016 será ainda mais especial. Temos a certeza que a hora da Portela está cada vez mais perto. Temos uma equipe grandiosa e preparada para alcançar este desejo.


Fonte: www.carnavalesco.com.br