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Os dois últimos mandatários da Associação são suspeitos de, em suas gestões, terem cometido irregularidades administrativas, incluindo, segundo presidentes das escolas, manipulação de resultados e desvio de verbas, fatos que estão sendo apurados pela Delegacia de Defraudações, com inquérito instaurado.
A disputa judicial teve início no começo de 2014, o que inviabilizou que as escolas recebessem, via Associação, a verba repassada pela Prefeitura do Rio, através da Riotur, para a o desfile de 2015. Para terem direito à subvenção do último Carnaval, as agremiações tiveram que se filiar, à Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Lierj), entidade responsável pelos desfiles da Série A.
Caso cesse a disputa judicial pelo comando da entidade entre Avelar e Fernandes, as escolas pensam retornar à AESCRJ, e promover eleição para uma nova diretoria da instituição, fundada em 1934.
"NOSSA POSIÇÃO ACERCA DA CRISE POLÍTICA INTERNA E DA PERDA DE CREDIBILIDADE DA AESCRJ JUNTO AO PODER PÚBLICO
Nós, os abaixo assinados, Presidentes de Escolas de Samba dos Grupos de Acesso B, C e D, vimos, pelo presente MANIFESTAR nossa profunda preocupação com os rumos que vem tomando o Carnaval das Escolas que desfilam na Passarela Popular da Intendente Magalhães.
Como é público e notório, existe uma crise de credibilidade entre o Poder Público e nossa quase centenária ASSOCIAÇÃO DAS ESCOLAS DE SAMBA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO (AESCRJ), fruto de uma disputa pessoal entre dois dirigentes que se qualificam Presidentes desta Instituição e que, lamentavelmente, vem dando a este embate uma importância e uma dedicação maiores do que deveria ser o real – e único - objetivo da instituição e do coletivo de agremiações – e comunidades - que suas filiadas representam, qual seja, lutar pela melhoria de condições financeiras das Escolas, da logística dos Barracões e do Desfile, enfim, lutar pela sobrevivência e pela dignidade dessas agremiações.
Acreditamos que, diante dos sérios danos causados à imagem da Instituição, o que menos interessa nesse momento seja apontarmos culpados, vencido ou vitorioso ou mesmo julgarmos validades de atas ou os argumentos jurídicos acerca da questão envolvendo os dois personagens.
O mais relevante, nesse momento, é colocarmos um ponto final nessa demanda que apenas prejudica e em nada soma ou contribui.
Prova disso, foi o sério e real perigo a que o Carnaval da Intendente Magalhães foi submetido, uma vez que o Poder Público, temeroso de conceder a subvenção a um dos dois envolvidos no imbróglio jurídico, o fizesse em mãos erradas, o que poderia causar, aí sim, um novo problema com consequências ainda mais graves e sugeriu que nos desligássemos de nossa Casa (a AESCRJ) e nos filiássemos à LIERJ, de forma a acelerar a entrega da subvenção, o que acabou sendo feito, ainda a tempo de salvar a realização de nosso Carnaval.
Somos gratos à LIERJ pela acolhida, assim como ao Poder Público pela parceria e, principalmente, por nos oferecer uma solução rápida e viável, mas nosso desejo é o de retornarmos à nossa tradicional e histórica Casa, a AESCRJ.
Infelizmente, com a crise – política e jurídica - lá instaurada, com ambas as partes figurando em processos judiciais intermináveis, nos encontramos impossibilitados de retornar e, sendo assim, teremos de buscar novos caminhos, ainda que provisórios. Só nos restam duas alternativas: montarmos uma nova Liga, onde tenhamos voz e voto, ou nossa volta à AESCRJ.
Desta forma, servimo-nos do presente MANIFESTO para convocar nossos companheiros SANDRO AVELAR e MOISÉS FERNANDES, diante da gravidade e da atipicidade da situação, a refletirem acerca das consequências dos litígios judiciais, a concederem uma chance a si mesmos, dando uma prova inequívoca de que, em verdade, se preocupam mais com a coletividade do que com seus próprios interesses, entrando, assim, para a História do Samba de nossa Cidade, desistindo dos processos judiciais e renunciando, ambos, a qualquer cargo na Associação das Escolas de Samba da Cidade do Rio de Janeiro, possibilitando, assim, a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária com o objetivo de marcar novas eleições, uma vez que, os signatários do presente Manifesto desejam lançar a candidatura de um nome de forte apelo e de consenso, inclusive com significativa representação junto ao Poder Público:
É HORA DE PENSAL ALTO E ALÇAR VOO!
SÓ QUEM OUSA, VENCE!
NÃO DEIXEM O SAMBA MORRER, NÃO DEIXEM O SAMBA ACABAR!"
Fonte: www.carnavalesco.com.br
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