Embora a vaga de realeza principal dos ritmistas de mestre Nilo Sérgio esteja assegurada à Patrícia Nery (que dia desses declarou ao Sambarazzo que, se o posto valesse ponto, ajudaria a Portela a tirar nota 10),
Adriane, que ainda não tem função definida na maior campeã do
Carnaval, tem total propriedade pra falar sobre o tema, afinal de
contas, em seu vasto currículo na pista de desfiles, a loura conta com
reinados em três escolas diferentes: Unidos da Tijuca, Rocinha e
Portela, em 18 anos de Passarela do Samba. Veterana, Galisteu afirma
que, entre as características de uma boa rainha de bateria, saber
sambar não é fundamental.
– O samba no pé é o menos importante pra uma rainha
de bateria. O principal mesmo é contagiar o público da Avenida, chamar
a galera pra cantar, pra vibrar junto com a bateria, que é uma
atração das mais aguardadas pelo povão – opina Adriane, que estava
afastada do Carnaval carioca desde 2011, quando foi rainha de bateria
da Tijuca.
Para poder cuidar de seu primeiro herdeiro, Vittorio,
nascido em agosto de 2010 e hoje com 5 anos, Adriane decidiu dar um
tempo no Carnaval. Em seu retorno, a apresentadora, que ainda não sabe
se deseja voltar ao cobiçado posto de rainha, pontua as dificuldades
de conciliar a agenda concorrida de modelo e apresentadora com as
responsabilidades de um reinado à frente de uma bateria.
– As pessoas não imaginam como é difícil ser rainha
de bateria. O Carnaval começa em julho. São vários eventos que a
rainha precisa estar e participar junto da comunidade e da escola. É
duro. E decidi me afastar na época porque meu filho estava muito
pequeno, eu não podia estar dentro de uma escola de samba, ainda mais
que moro em São Paulo. Hoje, meu filho está com 5 anos, então já está
um pouco mais tranquilo pra mim, até por isso voltei – conclui.
Com Adriane Galisteu de volta, a Portela vai em busca de mais um título
para sua bem-sucedida história, que já conta com 21 canecos. A única
representante de Madureira no Grupo Especial será a quarta a desfilar,
na Segunda-feira de Carnaval, com o enredo “No voo da águia, uma
viagem sem fim…” desenvolvido pelo carnavalesco Paulo Barros.
Fonte: Sambarazzo
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