Por Redação SRzd
O prefeito Marcelo Crivella deve publicar nos próximos dias um decreto proibindo que órgãos públicos prestem serviços gratuitos em eventos privados com venda de ingressos.
A medida vai afetar a organização dos desfiles das escolas de samba na Marquês de Sapucaí. Isso inclui os dois desfiles da Série A (sexta-feira e sábado de Carnaval), os dois dias do Grupo Especial (domingo e segunda-feira), a apuração dos resultados (na quarta-feira de cinzas) e o sábado das campeãs.
“Com as novas regras, os contribuintes cariocas não mais pagarão os custos de eventos que rendem milhões aos organizadores privados. O modelo já é usado em grandes eventos, como o RockInRio. Na edição de 2017, os organizadores do Festival contrataram a Comlurb para fazer a coleta de lixo na Cidade do Rock. A Prefeitura dá mais um passo rumo ao ajuste de gastos, economizando recursos que poderão ser usados em áreas como saúde, educação e conservação”, diz texto publicado pela prefeitura do Rio neste domingo (14) no Twitter.
Segundo a RioTur, em 2019 os desfiles do Grupo de Acesso, Especial, Campeãs e apuração custaram R$ 12 milhões aos cofres públicos. A prefeitura ressaltou que com este recurso daria para reformar 12 escolas púbicas municipais.
O desfile das escolas de samba mirins e o Carnaval dos grupos de Acesso na Avenida Intendente Magalhães continuam com o apoio da prefeitura, assim como o Reveillon.
O corte não atingirá atividades externas do sambódromo. A prefeitura, segundo a Riotur, continuará a prestar os serviços de controle de trânsito e de limpeza de ruas do lado de fora do espaço.
Em entrevista à Rede Bandeirantes na noite do último sábado (13), o prefeito Marcelo Crivella disse que o município continuará a dar apoio operacional a outros eventos da cidade em áreas públicas desde que não tenha venda de ingressos.
“O que queremos é que o Carnaval seja privatizado. Uma empresa de São Paulo ofereceu à Liesa R$ 100 milhões pelo Carnaval. Estou editando um decreto em que fica vedada a aplicação de recursos públicos em locais com cobrança de ingressos. Vamos preservar o réveillon e o Carnaval da Intendente Magalhães (onde desfilam as escolas dos grupos B, C e D). Se houver cobrança de ingressos, a prefeitura não vai poder colocar recursos. Seja por Comlurb, patrocínio, subsídios, pagando luz, botando guarda, colocando médicos e enfermeiros. Isso tem que ser por conta do organizador, como qualquer outro evento. É assim que vamos conseguir fazer a política com o bom senso para a realidade. E não viver essas crises malucas na nossa cidade”, disse o prefeito.
Tradicionalmente, durante o Carnaval, o município fica responsável pela limpeza (Comlurb), por parte da segurança (Guarda Municipal), pela iluminação (RioLuz), pelo atendimento médico (Secretaria de Saúde) e pelo pessoal que atua nas bilheterias do Sambódromo. Outro serviço afetado será a pintura da pista, feita pela secretaria de Conservação.
Números da prefeitura na Sapucaí durante o Carnaval 2019:
Conta de luz: R$ 2 milhões (durante o Carnaval)
Garis: 4.818
Resíduos: 304 toneladas
Saúde: 1.458 atendimentos médicos nos sete postos da Passarela do Samba – 71 deles foram pacientes transferidos para unidades hospitalares ou de pronto atendimento
Guarda Municipal: 3.480 guardas atuaram nos desfiles da Marquês de Sapucaí e na apuração das escolas de samba.
Cet-Rio: Apoio à Operação Lei Seca com teste do bafômetro no Sambódromo
Garis: 4.818
Resíduos: 304 toneladas
Saúde: 1.458 atendimentos médicos nos sete postos da Passarela do Samba – 71 deles foram pacientes transferidos para unidades hospitalares ou de pronto atendimento
Guarda Municipal: 3.480 guardas atuaram nos desfiles da Marquês de Sapucaí e na apuração das escolas de samba.
Cet-Rio: Apoio à Operação Lei Seca com teste do bafômetro no Sambódromo
* Fontes: Subsecretaria de Comunicação social e Riotur
Fonte: www.srzd.com
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