Por Redação SRzd
Jornalista com 40 anos de
Sapucaí e 30 anos de cobertura dos desfiles, Robson Aldir foi um dos convidados
da Resenha SRzd sobre
o cancelamento dos desfiles de julho. Segundo o jornalista, 2021
será um ano perdido assim como 2020, o que pode complicar a realização do
Carnaval em 2022.
“Eu tive meu
salário cortado em 50%. Estou falando como um afetado pela pandemia. Eu perdi
familiares. Perdi meu médico para a Covid-19. Não quero ser ave de mau agouro,
mas no cenário que o Ministro da Saúde – essa figura lamentável – traçou, a
gente corre o risco de ver sob ameaça o Carnaval 2022”, afirmou.
Robson, que participou da Resenha SRzd após a plenária da Liesa de setembro, já havia dito, na
ocasião, que não via possibilidade da festa ser realizada em 2021.
“Estava evidente que não havia condições para um Carnaval em 2021. Eu
participava de um grupo de zap, com inúmeras personalidades do samba, e lá surgiu o debate
sobre a realização dos desfiles de julho. Eu entrei no debate e falei: ‘Gente,
calma, porque podemos colher frustrações. Não há cenário para a realização’. Eu
sou apenas um observador, mas, como jornalista, eu acompanho profissionalmente
as notícia do dia-a-dia”, pontuou.
Para o jornalista, as escolas se anteciparam, pela ansiedade, em iniciar
disputas de samba. Ele entende a situação dos profissionais do Carnaval e
contou que conhece gente do meio que precisou entregar o apartamento na
pandemia, mas acha que, no momento, não dá para olhar somente para o povo do
Carnaval.
“A Liesa em nenhum momento apoiou os desfiles de julho. O Jorginho
(Castanheira, presidente da liga) pediu demissão ao se ver contra a parede
quando o Gabriel David (conselheiro da Beija-Flor) pressionou para anunciar o
Carnaval de julho. Tanto que ele (Castanheira) disse que sairia em dezembro ou
janeiro. O Capitão Guimarães (da Vila Isabel) e o Eduardo Paes (prefeito do
Rio) que não querem deixar ele sair”, contou Robson.
Fonte: www.srzd.com
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