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quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Quatro blocos de Carnaval deixam de desfilar em 2015 por falta de verba

Redação SRZD

Quatro blocos de rua do Rio de Janeiro vão deixar de desfilar no Carnaval 2015. O Azeitona Sem Caroço, Vem Ni Mim Que Sou Facinha, Exalta Rei! e o Bloco Cru decidiram encerrar as atividades por falta de incentivo econômico e excesso de burocrafia para organizar a folia.

O bloco Exalta Rei!, que toca músicas do Roberto Carlos, emitiu uma nota no site oficial em que se desculpa pela decisão e esclarece os motivos que o levaram a não participar da folia deste ano.



"Decidimos não fazer um bloco meia-boca, com poucos recursos. No carnaval de 2014, ficamos em uma saia justa, pois as contas não fecharam e tivemos que recorrer ao cachê de três shows para custear o bloco de carnaval. Por pouco, os músicos não tiveram de tirar do próprio bolso para bancar o pagamento de toda a infraestrutura disponibilizada", diz o comunicado de um dos organizadores do Exalta Rei!

O Cru encarou as mesmas dificultades, como falta de patrocínio, e também vai deixar de tocar em 2015 os arranjos de samba misturados com rock, característica tradicional do bloco. O tamanho do grupo precisou de um incentivo maior para custear despesas como equipamentos, músicos e infraestrutura.


"Não alcançamos um valor de patrocínio suficiente para garantir a estrutura da festa. Seria importante a prefeitura e os patrocinadores perceberem que não basta colocar banheiro químico, é preciso um apoio para o conteúdo do Carnaval de rua, para o entretenimento e a parte cultural", disse Lu Baratz, uma das criadoras do Cru.

O Azeitona Sem Caroço também vai deixar de participar da folia por causa do excesso de burocracia, o bloco reuniu 30 mil foliões na Rua Dias Ferreira, no Leblon, e foi alvo de reclamações dos moradores do bairro, que queriam sossego e silêncio, mesmo em época de Carnaval. Com 17 anos em atividades, esta é a primeira vez que o Azeitona não se apresenta para o público.

O Vem Ni Mim Que Sou Facinha não vai se apresentar em falta de verba, mas o crescimento do grupo também dificultou no processo de organização dos foliões em um espaço pequeno como o Arpoador, na Zona Sul do Rio de Janeiro.





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