A demolição da torre de TV da Avenida Marquês de Sapucaí, ainda repercute amplamente no mundo do samba e gera diversos comentários favoráveis e desfavoráveis nas redes sociais. Por conta do Sambódromo ser um patrimônio tombado, muitos questionamentos acerca da viabilidade da demolição surgiram e tomaram corpo, somando-se à suposição de se tratar de um projeto desenhado pelo arquiteto Oscar Niemeyer e que estaria sendo alterado através do pedido de demolição feito encaminhado pela Liesa à Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, em junho desse ano.
O site CARNAVALESCO apurou, através da Secretaria Municipal de Obras do Rio de Janeiro, que a demolição da torre de TV foi aprovada pelo Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH). O Instituto realizou uma análise acerca da viabilidade e necessidade da obra e não houve nada opor segundo o Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio. A Secretaria informou ainda que a torre de TV não fazia parte do tombamento do Sambódromo, uma vez que foi construída posteriomente à sua inauguração em 1984.
A Passarela do Samba Darcy Ribeiro, conforme informa a SMO, é, de fato, tombada de acordo com o projeto original desenhado por Niemeyer. Porém, a torre de TV foi construída em 1986 para permitir as fotos panorâmicas dos desfiles. Antes disso, uma estrutura metálica, localizada no fim da pista, já permitia com que as fotos fossem tiradas. Portanto, a demolição da torre não se caracteriza como uma obra irregular em um patrimônio tombado e nem como uma alteração no projeto original do maior arquiteto do país, uma vez que ela não fazia parte de seu projeto. Ainda que não seja o caso da torre, obras em espaços tombados são permitidas quando comprovada a sua necessidade e pertinência, como o caso da reforma realizada no Sambódromo entre 2011 e 2012, feita justamente para completar o projeto original proposto por Niemeyer.
Fonte: www.carnavalesco.com.br
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