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sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

De olho no futuro, Portela quer ir além da Sapucaí: Dá pra administrar sem ser patrono

Por Luiz Felippe Reis
Campeã depois de 33 anos e dona de uma fanática torcida espalhada pelo mundo, a Portela tem buscado – e tem todos os atributos pra conseguir – a necessária autossuficiência financeira. A escola quer ‘cair’ no mercado e atrair parceiros, através da valorização da pesada marca, uma das mais fortes do Carnaval. Entre os pilares dessa busca, ainda incipiente no universo da festa, o marketing se impõe.
A Portela investe no setor e tem tentando melhorar as relações comerciais. Em 2015, a diretoria portelense implementou o programa de sócio-torcedor “Águia no Coração”, voltado para a imensa legião de torcedores. O método de geração de receitas é um sucesso no futebol, e a águia foi buscar empresas experientes na área visando também ser bem sucedida. Há dois meses, a azul e branco fechou um contrato com a Saravah Branding, Comunicação e Design, que terá a responsa de cuidar da marca da agremiação e traçar novas estratégias, num plano inédito em terras carnavalescas. Com mais de 316 mil pessoas conectadas, a página oficial da azul e branco no Facebook também é um retrato da atenção especial dada à valorização da marca. Parcerias, intercâmbios, palestras… ajudam a fortalecer o trabalho nessa direção.
A águia quer voar mais alto: ‘A ideia é jogar a Portela além dos muros da Clara Nunes, da Sapucaí’ – Foto: Michele Iassanori
Presidente da Portela, Luís Carlos Magalhães sabe que é fundamental pras escolas diminuir as dependências das canetas municipais, nem sempre tão generosas.
– Fiz essa aposta: no título e na marca. O título eu acreditava pelo trabalho que estava sendo feito, e a marca é gigantesca. A ideia é jogar a Portela além dos muros da Clara Nunes, da Sapucaí, e os resultados só vêm a médio prazo. Não é questão de ser pessimista, mas nunca mais seremos os mesmos. Tem que ter recursos públicos, mas as escolas precisam ter recursos alternativos. Queremos ‘cair’ no mercado – comentou o dirigente, que foi palestrante na 69ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), o maior congresso de cientistas e inovadores brasileiros, há cinco meses.

A marca do programa de sócio-torcedor portelense – Foto: Divulgação
Presidente da Portela, Luís Carlos Magalhães sabe que é fundamental pras escolas diminuir as dependências das canetas municipais, nem sempre tão generosas.
– Fiz essa aposta: no título e na marca. O título eu acreditava pelo trabalho que estava sendo feito, e a marca é gigantesca. A ideia é jogar a Portela além dos muros da Clara Nunes, da Sapucaí, e os resultados só vêm a médio prazo. Não é questão de ser pessimista, mas nunca mais seremos os mesmos. Tem que ter recursos públicos, mas as escolas precisam ter recursos alternativos. Queremos ‘cair’ no mercado – comentou o dirigente, que foi palestrante na 69ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), o maior congresso de cientistas e inovadores brasileiros, há cinco meses.
‘Tem que chegar mais gente, tem espaço’, comentou o presidente portelense, Luís Carlos Magalhães – Foto: Irapuã Jeferson
Comentarista de Carnaval antes de assumir a presidência – após a trágica morte de Marcos Falcon -, Magalhães acredita que a chegada de novos perfis de dirigentes podem contribuir com o samba.
– Tem que chegar mais gente, tem espaço. Dá pra administrar sem ser patrono. Eu tô animado por tudo, mas, olha, cansa pra caramba, e tem a cobrança em casa também – concluiu, aos risos.
De olho no bicampeonato que não rola desde os anos 1960, a Portela será a segunda a desfilar, na Segunda-feira de Carnaval, pelo Grupo Especial, com o enredo “De repente de lá pra cá e “dirrepente” daqui pra lá”, assinado pela professora Rosa Magalhães.

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