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quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Produtor do CD do Grupo Especial explica opções por mudanças na produção

Por Guilherme Ayupp


O presente de Natal predileto dos sambistas está nas lojas desde o início do mês. Executado à exaustão nas ceias e churrascos de confraternização, o CD das escolas de samba do Grupo Especial teve significativas mudanças na produção para o Carnaval 2018. A principal delas foi a primeira passada das obras com as baterias mais leves, com o peso entrando na segunda.

Em entrevista concedida ao CARNAVALESCO, o produtor do disco junto com Laíla, Mário Jorge Bruno ressaltou que a medida veio no sentido de deixar o produto mais gostoso de ouvir.

– Essa ideia surgiu por conta de estarmos fazendo a gravação ao vivo há uns anos na Cidade do Samba. Vínhamos notando que as baterias estão muito repetitivas. A gente tem observado uma carência de valorização de harmonias de cordas e um excesso de cacos. Buscamos através de reuniões mostrar para as escolas que uma gravação mais limpa deixa o CD mais bonito. O trabalho do disco é para mostrar cada obra – explica.

Mário Jorge ressalta que não houve nenhum problema para convencer os mestres de bateria que essa era a melhor forma de produzir as faixas, dando um caráter mais musical ao trabalho.

– Foi tranquilo. Tivemos uma reunião na Liga onde os mestres compreenderam que era necessário produzir algo mais musical e mais comercial, afinal, estamos falando de um produto. Fomos apoiados. Na primeira passada liberamos somente os desenhos de tamborins em determinados trechos pois eles não interferem na métrica do samba – disse.

Os cacos dos cantores também sofreram significativa redução. Mário Jorge explica que não é uma questão proibitiva, mas de evitar que as faixas fiquem poluídas. Ele também revela que os cantores ouvem e aplicam os conselhos da produção do CD.


– Estando dentro de uma coerência harmônica e melódica não tem problema nenhum, até valoriza o produto. Eu e Laíla fazemos observações pois são anos de produção. Os cantores nos escutam em sua totalidade e sabem que cada toque nosso é para valorizar o CD e por consequência isso os valoriza também – finaliza.

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