17 de agosto
de 1935. Iluminava-se o palco da vida com um dos ícones da Portela, talvez o
mais emblemático, polêmico e trágico de nossos baluartes. Negro militante, da
atividade de policial e de agente da repressão ele viu nascer em si o homem
social, que entendia negros e brancos como irmãos, igualados pela vida, irmanados
na dor e na procura pelo amor, pela verdade e pela amizade. Buscou esses ideais
na Portela e, mais tarde, no Grêmio Recreativo de Arte Negra e Escola de Samba
Quilombo, onde defendeu o “samba autêntico”, tentando reencontrar a “árvore que
perdeu a raiz”. A luz de Candeia se apagou para nós em 16 de novembro de 1978,
mas a outra luz, a mais forte e mais verdadeira, continua a brilhar no céu
portelense – e de todas as escolas. Candeia foi da Portela, porém, mais ainda, foi
um homem do samba.Salve nosso
baluarte!
Salve Antônio
Candeia Filho!
Incandeia,
Incandeia, nosso candiá!
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