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quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Mais ‘quente’ e limpo, CD da Série A tem bateria nas duas passadas, ritmo cadenciado e poucos cacos

Por João Carlos Martins


“Já teve uma época em que o disco era disputa de paradinhas”, disse o produtor do CD de sambas-enredos da Série A para o Carnaval 2019, Leonardo Bessa. Desde 1998 à frente do projeto, com exceção de alguns anos em que não fez parte da produção, Bessa e a equipe da Lierj prepararam um disco mais ‘quente’ e limpo. O SRzd esteve na audição técnica, nesta quarta-feira (3) no estúdio Cia dos Técnicos, e pôde constatar que o novo CD tem a presença da bateria nas duas passadas, em ritmo cadenciado, e menos cacos e paradinhas em comparação aos anos anteriores.

Marca do CD da Série A, os arranjos e efeitos musicais permanecem. Já os alusivos ficaram de fora. Somente algumas escolas utilizaram pequenas introduções com voz e bateria antes do grito de guerra do cantor. “O samba-enredo não é um gênero a parte. Ele deve ser tratado como uma música qualquer. É um disco que fazemos para um público específico, mas queremos atingir gente de todo o Brasil”, explicou Bessa ao justificar as mudanças na produção.

O produtor ainda contou que sua referência em termos de CD de sambas-enredo são os discos da década de 80. Ele procurou se inspirar nesse estilo para alcançar um bom nível de qualidade para as obras da Série A. “Os sambas de 80 são cantados até hoje pelo público. Além do andamento cadenciado, a gravação era mais limpa, sem obrigação de cacos, não tinha alusivo e em algumas escolas não tinha nem grito de guerra”, lembrou Bessa.

A ideia é que as chamadas e ‘alôs’ dos intérpretes, além da bateria mais acelerada e com bossas, fiquem para a Marquês de Sapucaí, onde o samba-enredo toma uma roupagem diferente. “O CD tem uma função diferente do que a gente imagina. Ele deve apresentar o samba”, disse o produtor.

No último ano, o CD da Série A ganhou o disco de ouro, que representa mais de 40 mil cópias vendidas. A expectativa de sucesso permanece para 2019. Com previsão de lançamento para primeira quinzena de novembro, o disco também estará disponível nas plataformas digitais. “Vamos masterizar e entregar na Som Livre até 15 de outubro. Daí em diante temos que esperar para saber a data certa de quando poderemos lançar”, explicou Rodrigo Soares, integrantes da equipe de produção da Lierj.


Fonte: www.srzd.com

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