Se havia alguma dúvida sobre o funcionamento do
samba-enredo da Portela para o Carnaval 2019, ela foi sanada na tarde desta
sexta-feira (19), na Cidade do Samba. A azul e branca de Madureira emocionou ao
entoar a obra que homenageia a cantora Clara Nunes, que também não ficou de
fora da gravação. A porta-bandeira Lucinha Nobre encarnou a “mestiça, morena de
Angola” e dançou com o pavilhão da águia altaneira.
“A gente não podia querer nada melhor. Tudo
está dando certo e isso é fruto de muito trabalho. Ainda tem muita coisa pela
frente, mas essa gravação de hoje foi tão boa. Nós vemos as pessoas felizes.
Foi uma grande tarde”, disse o presidente Luis Carlos Magalhães ao SRzd após o
término dos trabalhos na Cidade do Samba.
A comunidade portelense
compareceu em peso para o coro e levou cerca de 30 minutos para acertar todas
as partes. O chefe da azul e branca brincou com a produção do CD, comandada por
Laíla e Mário Jorge: “Eles são muito rigorosos, não é? Para mim sempre estava
bom, mas o Laíla parava para corrigir cada detalhe. Fazer o quê? Eles é que
sabem”, riu o presidente.
O samba foi modificado em alguns versos e subiram o tom da
melodia em determinadas partes. O “ôôôôô”, que fazia alusão à música “O canto
das três raças”, saiu para evitar problemas de direitos autorais. O grande
destaque da gravação ficou por conta do final da obra: “Voltei à Avenida
saudosista/Pro azul e branco modernista eternizar/Voltei, fiz um pedido à
Padroeira/Nas cinzas desta quarta-feira, comemorar”, quando o canto da comunidade
chegou ao ápice.
Em relação a bateria, os ritmistas de mestre Nilo Sérgio
começaram os ensaios por volta das 14h. A escola optou pela primeira passada
com pagode, valorizando o pandeiro, atabaque e tantã. O alusivo será com o
refrão do meio “Eparrei Oyá, Eparrei…/Sopra o vento, me faz sonhar/Deixa o povo
se emocionar/Sua filha voltou, minha mãe”, em um bate-bola entre Gilsinho e o
coro da comunidade.
Fonte: www.srzd.com
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