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segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Se você não for ensaiar o seu lugar é na Sapucaí no próximo dia 12 de fevereiro

Escolha o setor de sua preferência e vamos lotar a Sapucaí mostrando a força da torcida portelense.
 Porque amar é fundamental.

Departamento Cultural da Portela faz calendário de atividades para 2017

Por GRES Portela


Com foco na organização e para facilitar a busca de parcerias, escola lança todos os seus projetos e define datas para ocupar a quadra de março a novembro.

O Departamento Cultural da Portela acaba de definir as diretrizes para o calendário de atividades em 2017. Assim como nos anos anteriores desde o início da gestão Portela Verdade, o objetivo é dar sequência aos eventos e projetos que mantêm o público próximo à Portela mesmo depois que os surdos forem guardados conhecidos os resultados do carnaval.

"A Portela é uma instituição cultural, um centro de irradiação do samba que não vive só do desfile na Sapucaí, por isso estamos planejando as atividades do cultural para o ano todo, a fim de trazer as pessoas para a escola independente do calendário carnavalesco", afirma o diretor cultural do segmento da azul e branco, Rogério Rodrigues.

O mais bem sucedido projeto do Cultural é o Portela de Asas Abertas, uma roda de samba bimestral, acústica, que acolhe grupos e sambistas de todo o Brasil, para recordar obras de grandes compositores da Majestade do Samba. Cultores do formidável repertório construído pela escola na primeira metade do século anterior, possuem acervo incomparável divulgado pela Velha Guarda formada nos anos 1970, que ajudou a perpetuar pérolas musicais em rodas de samba de todo o país.

Todas as datas do Asas Abertas até novembro já foram definidas. A primeira edição na quadra da Portela vai ocorrer em 18 de março, em homenagem às mulheres, com a presença do grupo Moça Prosa. A última, em novembro, vai comemorar os 75 anos de Paulinho da Viola com presença dos Consulados da Portela, outro projeto bem sucedido da escola, que já tem adesões de São Paulo, ao Japão e do Rio Grande do Sul ao Distrito Federal.

Outra iniciativa que vai movimentar a Portela este ano será o projeto Molhando a Palavra, que reúne pesquisadores e grupos para debater e cantar compositores ligados à história da escola. A primeira edição será em 22 de abril, com homenagens a Romildo e Toninho Nascimento e se encerra em agosto, tendo como tema Candeia, Clara Nunes e Monarco.

O Cine Samba Candeia, com apresentação de obras audiovisuais que tenham a Portela ou personagens ligados a sua história, terá duas edições no Rio, além das que vierem a ser realizadas em outras cidades, por iniciativa dos Consulados.

Além destes projetos, o Cultural ainda planeja fazer uma cerimônia para entrega de suas medalhas Paulo da Portela e Natal, instituídas em 2016, em reconhecimento a pessoas que têm papel importante na divulgação do samba e sua cultura. E também está na agenda uma canja musical ligada a uma feirinha gastronômica, dobradinha tão cara às escolas de samba, que recebeu o nome de Batuque na Cozinha.

Segundo Rogério Rodrigues, a cultura do planejamento dentro do segmento está sendo implantada para permitir a qualidade de cada evento e também para facilitar a busca de parceiros. "Como a escola não tem como bancar tudo, estamos atrás de parceiros, amigos, doadores que estejam interessados em ajudar a Portela a divulgar sua cultura no Brasil e no exterior", conclui. 



Oxóssi une Rio a Tokyo em pagode do Consulado da Portela no Japão

Por GRES Portela

“Pagode para Oxóssi!” Este foi o nome do evento realizado no dia 21 de janeiro, no bar Zizi Anabelle, no bairro de Nagano, em Tokyo, para comemorar a passagem do dia de Sebastião do Rio de Janeiro, santo padroeiro do Rio e da Bateria da Portela.

Organizado pela diretoria do Consulado da Portela no Japão e pelo sambista japonês Hidenari Nakachi, o pagode contou com a presença de 25 japoneses que cantaram clássicos de compositores portelenses, dentre outros sambas. Apesar do clima quente que tomou conta do pagode, janeiro é inverno no Japão e os termômetros marcavam 1 grau negativo na capital nipônica.

Segundo o presidente do Consulado da Portela no Japão, Marcello Sudoh, este foi o primeiro evento consular portelense de 2017. “Além das atividades que estamos planejando e que incluem encontros, oficinas virtuais e presenciais, Feijoada da Família Portelense, Pagode da Família Portelense, Churrasco da Família Portelense, Cinema Portela, exposições e seminários, o Consulado trará uma novidade nunca antes realizada por escola de samba brasileira”, explica o carioca radicado naquele país. Conforme Marcello, “o projeto ainda está em fase de finalização, mas será um grande passo para a divulgação da Portela no mundo”.

O próximo evento a ser realizado pelo Consulado da Portela no Japão é a “Oficina Virtual de Dança do Samba”, com Nilce Fran, coordenadora da Ala de Passistas da Portela. A oficina já está com as inscrições esgotadas e ocorrerá no dia 31 de janeiro. 



quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Liesa repõe 14 mil ingressos de arquibancadas especiais à venda

Por Fábio Silva

Quem ainda não conseguiu comprar ingressos de arquibancadas especiais para os desfiles das Escolas de Samba do Grupo Especial para o Carnaval 2017 deve dirigir-se, a partir desta quinta-feira, ao estande Bradesco/Liesa montado atrás do Setor 11 do Sambódromo. Posteriormente, o atendimento será de segunda à sexta, das 10h às 16h, com pagamento somente em dinheiro.

Serão disponibilizados cerca de 14 mil ingressos de arquibancadas especiais para os desfiles de domingo de Carnaval (26 de fevereiro) e segunda-feira de Carnaval (27 de fevereiro), com valores entre R$ 220 e R$ 320.

"Estes ingressos são remanescentes da chamada anterior, feita através de atendimento por telefone para compradores sediados no Grande Rio (cidades atendidas pelo código telefônico de área 21). Eles foram reservados e não foram quitados nos prazos", explica Heron Schneider, responsável pela Central de Atendimento e Vendas da Liesa.

Não existe disponibilidade para arquibancadas especiais do setor 11 e cadeiras individuais nos setores 12 e 13.

MEIA ENTRADA - A compra do ingresso de meia entrada é pessoal e intransferível. Após a devida comprovação do respectivo direito, o ingresso será emitido individualmente e personalizado (com nome e CPF). Nos dias de desfile, os adquirentes de meia entrada terão seu acesso exclusivamente pelos setores (08), lado par, e (09), lado ímpar, onde os funcionários das roletas, especialmente designados, farão a conferência da identificação do ingresso de meia entrada com a documentação do portador.

Para compradores de fora do Rio de Janeiro (cidades não atendidas pelo código telefônico de área 21), o atendimento continuará idêntico ao até agora prestado, mantendo-se a disponibilidade da meia entrada conforme a legislação vigente. Para este serviço, prestado através do sistema de call center - telefone (21) 3032-0001, de segunda à sexta, das 9h às 17h, horário de Brasilia -, com cobrança de taxa de administração, a venda prosseguirá até o dia 15 de fevereiro - o pagamento deverá ser feito através de depósito identificado em qualquer agência Bradesco.

Atenção: quando do pagamento não será permitida a substituição do ingresso reservado com valor integral por ingresso de meia entrada.


Bem que essa premiação poderia voltar

Porque amar é fundamental.

Presidente da Portela afirma confiança no trabalho de Alex Marcelino e Danielle Nascimento

Por Guilherme Ayupp

A Portela vive um ano difícil e um pré-carnaval desafiador desde que a trágica morte de Marcos Falcon tirou o chão da comunidade. Comandante da Majestade do Samba desde a partida de Falcon o presidente Luis Carlos Magalhães fez questão de reiterar, em entrevista concedida ao site CARNAVALESCO, a confiança no trabalho de seu primeiro casal, Alex Marcelino e Danielle Nascimento, rechaçando os boatos de que eles não chegariam ao carnaval.

– Não há possibilidade de que o Alex e a Dani não defendam o nosso pavilhão na avenida. Eu tenho total confiança na capacidade deles e tenho visto o quanto eles tem ensaiado. A Portela conta muito com os dois para buscar esse título tão sonhado – reforça Magalhães.

A Portela será a quinta agremiação a desfilar na segunda de carnaval com o enredo “Quem nunca sentiu o corpo arrepiar ao ver esse rio passar” de autoria do carnavalesco Paulo Barros.


terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Venda de ingressos de arquibancadas para desfiles da Série A acontece em fevereiro

Por Fábio Silva

A Lierj, em parceria com a Central de Atendimento e Vendas da Liesa, inicia em fevereiro a venda de ingressos de arquibancadas para os desfiles do Carnaval de 2017 da Série A.

A partir do dia 13, os interessados devem ir até o estande montado atrás do setor 11 do Sambódromo, na Rua Salvador de Sá, entre 10h e 16h.

Vale ressaltar que os ingressos continuam com preços populares. Todos os setores custam R$ 15, com exceção do setor 9, que sai a R$ 50.

Outras informações podem ser obtidas através do telefone (21) 2233-8151.



segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Confira justificativa do enredo da Portela que estará no 'Abre-Alas' da Liesa

Por GRES Portela

A diretoria da Portela divulgou, nesta quarta-feira, o texto oficial da justificativa do enredo "Quem Nunca Sentiu o Corpo Arrepiar ao Ver Esse Rio Passar...", do carnavalesco Paulo Barros. O material é o mesmo que estará no 'Abre-Alas', livro preparado pela Liesa para ser entregue os jurados do Grupo Especial. A Portela será a quinta escola a desfilar na Segunda-feira de Carnaval, dia 27 de fevereiro, no Sambódromo.

JUSTIFICATIVA DO ENREDO DA PORTELA

A Portela, em 2017, entra na Avenida como um grande rio para receber águas doces que atravessam o mundo, irrigando de sabedoria e de encantamento a existência humana. Nasce na Fonte da Vida e, ao longo do percurso, a ele juntam-se outros cursos d’água, que chegam de todos os tempos e lugares e contribuem para mostrar a importância desse recurso natural insubstituível. A influência dos rios na história do homem e suas relações com as águas que alimentam o planeta é o enredo da Azul e Branco: é “água de benzer”, para pedir a proteção divina, desde o surgimento das primeiras civilizações, e que abençoa até hoje o culto aos deuses, santos e orixás; são lendas e mistérios que habitam as narrativas populares e têm origem nos rios que banham o dia a dia das populações ribeirinhas; é água para saciar a sede, e que também embevece a alma, inspirando a arte e a poesia. Do murmúrio das nascentes, que brotam no seio da terra, aos leitos caudalosos, que cruzam cidades e países, há manifestações que procuram conectar o sagrado e o profano, o divino e o humano, o mítico e o real, a natureza e o Carnaval.

Ao longo de todo o desfile, surgem referências que associam a trajetória da Portela ao fluir de um imenso rio que recebe contribuições para perpetuar sua história. A metáfora, nascida do samba Foi um Rio que Passou em Minha Vida (1970), do compositor Paulinho da Viola, inspirou o enredo e é seu fio condutor. Para falar das águas que sustentam a vida, a Escola se torna o próprio rio, recebendo tantos outros que encontra no leito da Portela, o caminho para cruzar a Passarela.

Berço de grandes sambistas, a escola identifica-se com a metáfora que inspirou o poeta. Em sua nascente, a organização das rodas de partido-alto, jongo, caxambu, samba de terreiro, festas religiosas e profanas, dentre elas, o Carnaval, tornam os bairros de Oswaldo Cruz e Madureira espaços de integração da comunidade pobre do início do século XX. Escravos libertos e seus descendentes formam os primeiros subúrbios da cidade do Rio de Janeiro. Pioneira, a Portela é origem e fonte de inspiração que institui alguns dos principais atributos que caracterizam as Escolas de Samba e a organização de seus desfiles. O enredo Quem Nunca Sentiu o Corpo Arrepiar ao Ver Esse Rio Passar... faz uma homenagem à Escola, ao longo de seu percurso, enquanto toma conta da Avenida. Personagens e baluartes que contribuíram para o nascimento e a identidade da Portela são lembrados nessa travessia. Percorrem o leito desse grande rio aqueles que ensinaram a navegar. Paulo da Portela, primeiro presidente da agremiação, segundo Nei Lopes, no livro Guimbaustrilho e Outros Mistérios Suburbanos, “uma das maiores personalidades do mundo do samba em todos os tempos foi, em sua época, como compositor e dirigente e, a seu modo, um dos grandes defensores e propagadores da cultura dos negros. Movimentando-se entre as fronteiras que separavam as classes mais favorecidas da sua e, assim, levando políticos e artistas e intelectuais burgueses até o mundo do samba e conduzindo as escolas até as proximidades do poder, foi um dos maiores alavancadores do processo de aceitação do samba pela cultura dominante. (2001)”. Ao lado do presidente, estavam Antônio da Silva Caetano (secretário) e Antônio Rufino dos Reis (tesoureiro). Para sobreviver aos tempos de “perseguição à malandragem,” instituídos pela Lei da Vadiagem do governo GetúlioVargas, o Estado Novo da década de 1930, os dirigentes da Portela incentivaram o uso de terno e gravata para que os sambistas fossem tratados com respeito. A Portela introduziu diversas características dos desfiles das Escolas de Samba: a comissão de frente tradicional, as alas separadas e as cores da Escola nas fantasias e na decoração das alegorias são alguns exemplos.

Outros personagens e baluartes da Azul e Branco se tornaram ícones do Carnaval carioca: Candeia, que compôs seu primeiro samba-enredo para a Portela, Seis Datas Magnas, aos 17 anos, em 1953, foi um ferrenho defensor da cultura afro-brasileira e das tradições dos desfiles carnavalescos; a pastora Dodô, porta-bandeira no primeiro campeonato da Portela, em 1935, quando recebeu a bandeira das mãos de Paulo da Portela e seguiu na função até 1966; Clara Nunes, o sabiá da Portela, uma das maiores intérpretes da música popular brasileira. Esses portelenses guiam os corações nessa travessia através do rio azul e branco e surgem em barquinhos ao longo do percurso. É a barqueata da Portela que percorre o rio.

A Portela inicia seu desfile com a Comissão de Frente representando a Piracema, fenômeno em que os peixes nadam contra a correnteza em direção à foz, para se reproduzirem. A imagem, muito além de apresentar um dos aspectos mais importantes de reprodução da vida desse ecossistema, traduz a força capaz de ultrapassar qualquer obstáculo em busca de um objetivo. Resistindo a todas as adversidades, ao longo de quase um século de história, a emoção que emana da Portela é capaz de atravessar o tempo, superando preconceitos e vencendo desafios. É a ideia-síntese do sentimento de coragem e determinação que apresenta a Escola na avenida, mostrando que o final do percurso é também o lugar onde a vida recomeça.

Oxum, madrinha da Portela, e Oxóssi, padrinho da bateria, estão representados pelo Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira. Oxum, orixá da fecundidade e da riqueza, baila com Oxóssi, o rei de Álákètú e protetor das matas, grande amor de sua vida. O manto sagrado da Portela é conduzido pela Yalodê Oxum, rainha de todos os rios, senhora das águas doces, que, ao lado de Oxóssi, protege a fonte da vida.

A Águia, símbolo da Portela, é a sentinela da mina d’água que emerge do seio da terra e abençoa a passarela. O pássaro divino, que conhece a origem do mundo e detém o conhecimento milenar de uma experiência anterior à existência da humanidade, tem o poder da transformação. Em sua sabedoria, encontra o lugar de onde brotam as águas mais puras e espalha sua energia vital.

O Abre-Alas é a fonte de onde nasce o rio azul e branco. As diferentes culturas, em cada um de seus modos de ser, reservam uma dimensão simbólica para a água como origem e veículo de toda vida. Grande parte das cosmogonias a considera como o mais antigo dos elementos, a manifestação de Deus, a fonte primordial de onde surgem todas as coisas. Na mitologia, na literatura, na música, na arquitetura e na religião, a água deixa de ser apenas parte fundamental da natureza externa e da vida biológica para se tornar dimensão essencial da existência humana. A mãe natureza, que faz brotar do chão a água límpida, espalha a fertilidade e a abundância por todo o planeta. A nascente do rio tem a cor do ouro porque guarda o bem mais precioso da humanidade. A água doce dos rios, que encharca o solo e produz prosperidade, vem se tornando cada vez mais cobiçada, pois está desaparecendo, em virtude do desmatamento de encostas e matas ciliares e do uso inadequado dos solos. Da mesma forma, o desperdício é outro fator que ameaça a reserva de água do planeta, e seu esgotamento é uma ameaça iminente. A água vale ouro, em um mundo que caminha para a escassez da fonte vital da vida. A preservação das matas em torno das nascentes e o consumo consciente são as maiores contribuições para que seja conservado esse bem natural insubstituível à existência terrena e espiritual.

Os rios são essenciais para a produção de alimentos. Por essa razão, os homens procuram se estabelecer nas terras férteis banhadas por eles. São determinantes no processo civilizatório, sendo a razão para a fixação dos povos nos territórios de seus entornos. Nas águas do passado, encontra-se a origem das diferentes civilizações, que, ao se relacionarem com os rios, deixam o legado de conquistas sociais e políticas, a base da sociedade como a conhecemos hoje. Metaforicamente, também é possível imaginar que a história se faz a partir do próprio curso de um rio, em que as ideias vêm escoando de seus mananciais, de suas fontes primais, repleta também de símbolos, mitos e crenças, pelas quais os povos desenvolvem seus sistemas organizativos em um mundo sacralizado.

Os habitantes das primeiras aldeias, vilas e cidades pediam provimentos, para o espírito e o corpo, às divindades dos rios. Regidos pela espiritualidade e pela devoção, suplicavam pelo poder que acreditavam ser capaz de controlar forças naturais e o próprio destino. As divindades evocadas pela Portela representam os rios dos primórdios das grandes civilizações. Expressam seus poderes através das energias que emanam da natureza e controlam o fluir da existência de todos os seres. O deus Sol que habita o Vale Sagrado dos Incas, onde nasce o rio Vilcanota, ilumina a fonte da vida; a deusa hindu Ganga da purificação, cultuada nas águas do rio Ganges, liberta os espíritos de todo sofrimento, para que atinjam o nirvana; o imperador chinês Yu, do rio Amarelo, domina tormentas e inundações. Navegar em meio a águas sagradas requer experiência e sabedoria. O barco que leva Paulo Benjamin de Oliveira – o Paulo da Portela –, Antônio Rufino e Antônio da Silva Caetano, senhores da criação do rio azul e branco, é o guia do povo do Carnaval nesse trecho do rio. O poderoso Marduk, deus supremo da Babilônia e dos quatro cantos da Terra, garante luz e justiça, vencendo o caos e a obscuridade; o deus Osíris, que ensina a agricultura aos antigos egípcios, e a deusa Ísis, mãe afetuosa e complacente, são conhecidos em todo o mundo por serem os deuses provedores da prosperidade, capazes de reger a vida e a morte. Seus mitos são inspirados nas cheias anuais do rio Nilo, que, ao recuar, deixa um vasto território fértil para as plantações.

O rio cresce enquanto se afasta da nascente, recebendo as águas e os seres de seus afluentes. Flutuam os aguapés que vêm do rio Paraguai, plantas aquáticas que filtram as impurezas e oferecem uma paisagem de beleza singular que deve ser observada com todo cuidado. Essa espécie se prolifera em lugares de grande poluição, servindo de indicador para o controle da qualidade dos ambientes em que vive. O rei dos rios é o crocodilo, animal de grande porte e força, que mergulha na Portela trazido pelas águas jamaicanas da Terra dos Mananciais. Muitas são as espécies da fauna e da flora que vivem nos rios, mas nenhuma delas exerce tanto fascínio e temor quanto os encantados seres sobrenaturais, que não pedem licença para suas aparições. Do rio Takahashi, chega o dragão mitológico japonês Mizuchi, “o espírito das águas” provocando turbulência. É preciso ter coragem e determinação para atravessar em segurança esse trecho do rio. Surge, em destaque, mestre Candeia, compositor de sambas inesquecíveis, iluminando o caminho com a luz de sua sabedoria, inspiração e sensibilidade. As águas se acalmam, mas o perigo persiste. O canto doce e inebriante que pode ser ouvido por quem mergulha no rio Solimões envolve os guerreiros nas artimanhas da Iara, sereia sedutora que lança seu feitiço para arrastar os homens para o fundo das águas. A canoa vai chegar à aldeia e, para isso, é preciso resistir aos encantos da Mãe d´Água. E atenção redobrada com as moças, porque o rio Negro deságua na Avenida e, com ele, chega o boto cor-de-rosa para seduzi-las e engravidá-las nas noites de festa. São as lendas e os mistérios dos rios, que não poderiam ser melhores representados do que pelo rio Amazonas! Os limites da Passarela não comportam a imensidão de um dos maiores rios do mundo. É preciso mudar o ângulo de observação para compreender a grandiosidade desse ecossistema e a singularidade de seus habitantes. Entre as muitas histórias contadas por diferentes povos e que mencionam uma Cobra-Grande e ameaçadora, capaz de engolir embarcações, o rio da Portela revela a lenda indígena da Boiuna, que vive nas águas encantadas do rio-mar.

Superados os sustos que animam a travessia desse ponto do rio, chega-se às margens onde o burburinho do trabalho enche o ar. Vêm de Angola as águas misturadas ao sabão do trabalho das lavadeiras. Pequenos barcos provenientes do rio Barito da Indonésia navegam repletos de mercadorias, para abastecer de alimentos os que moram na beira do rio. E a água de beber vem do Rio de Janeiro! As passistas representando o Chafariz da Carioca ajudam a alimentar a cidade nos séculos XVIII e XIX, com a água límpida do rio Carioca, fonte potável mais antiga da cidade. Aguadeiros, escravos e trabalhadores iam e vinham carregando o precioso líquido. Eram como uma extensão do próprio rio a saciar a sede e abastecer a população.

De anzol ou de tarrafa, os que vivem do ofício que acompanha o homem desde o início dos tempos retiram seu sustento de dentro do rio. O pescador conhece o movimento das águas, observa o nível e a vazão, as cheias e as estiagens, podendo ser encontrado em qualquer ponto do rio durante a pesca.Sua vida pertence ao rio e, sem ele, não encontra sustento. Na Avenida, segue marcando o ritmo e acompanhando o percurso do rio azul e branco. As águas do São Francisco trazem a fartura dos vinhedos. Não há seca, se o Velho Chico estiver por perto, irrigando as plantações. O santo que dá nome ao rio carrega os frutos da boa colheita e espalha sua mensagem de amor e esperança. A embarcação que navega nessas águas é a da pastora Dodô, Maria das Dores Rodrigues, porta-bandeira pioneira, que ajudou a Portela a conquistar seu primeiro título e seguiu trabalhando pela escola enquanto viveu. A vida que pulsa em torno do rio é de trabalho e, para muitos, de moradia. Ao construir palafitas, as populações ribeirinhas erguem suas casas sobre estacas, para evitar os danos provocados pelas cheias. O rio Mekong, do sudeste da Ásia, exibe o colorido das casinhas plantadas ao seu redor. As águas do rio da Portela mudam de cor, repentinamente. Sangram, trazendo o lamento de quem perdeu a vida que pulsava em suas margens. O contraponto da morte do rio nesse setor é intencional e serve como alerta para a luta pela preservação do ambiente. Quem deságua em pranto de tristeza e sofrimento é o rio Doce. Os danos causados pelos rejeitos da barragem de mineração que arrastou casas, vidas e sonhos, provocando o maior desastre ambiental do Brasil, são irreversíveis. O rio morreu e o pescador deixa escorrer, entre os dedos, o que dele restou, em um lamento de quem perdeu o rio e o rumo.

A tristeza de quem possui a alma ligada ao fluir de um rio deixa registros emocionantes, quando se expressa através da arte. Na literatura, o Wounded Knee é cenário da verdadeira história de luta e resistência dos índios norte-americanos contra a ocupação de seu território durante o processo de colonização dos Estados Unidos. Ainda em águas da América do Norte, a poesia se expressa no lamento dos escravos durante o trabalho nas plantações de algodão, ao longo das margens do rio Mississipi. Nas cordas da guitarra ou na potência das vozes que cantam o sonho de liberdade, nasce o blues, gênero musical que conquista o mundo. O rio da Portela é um amor capaz de apagar desenganos e receber todos que por ela se apaixonam. A alegria do movimento das águas do rio Danúbio baila no leito azul, ao compasso da valsa que aproxima os casais e as diferentes culturas, para inebriar quem é capaz de fluir ao som da diversidade. Os templos erigidos como obras monumentais à beira dos rios são heranças culturais edificadas para resistir ao tempo e carregam a poesia escrita nas linhas da arquitetura. Na capital Paris, que tem as margens do rio Sena reconhecidas como Patrimônio da Humanidade, está a Catedral de Notre-Dame, também eternizada pelo imaginário da literatura. Do continente europeu, chega mais um exemplar da beleza arquitetônica plantada em um dos canais do rio Neva, a Igreja do Sangue Derramado, importante ícone do império russo. O rio azul e branco toca o céu e a alma, ao entoar a canção que vem do rio Uruguai, palavra guarani que significa “rio dos pássaros” e que batiza o país de mesmo nome. A alma dos rios é a inspiração, um voo em liberdade capaz de nos conduzir pelas curvas da saudade.

A Majestade do Samba rege o grande rio e arrebata corações que a ela se entregam por toda a vida. Essas são as águas da Portela que serão lembradas como mais um exemplo da importância dos rios na existência daqueles que deles dependem para viver. O rio vem passando e “o povo na rua cantando é como uma reza, um ritual”. Lá vem ela, “a procissão do samba abençoando a festa do divino Carnaval!”. À frente do cortejo das águas, está a Velha-Guarda, “formosa e faceira”, celeiro de grandes compositores, que preserva suas raízes e continua produzindo novos e inesquecíveis sambas. Sob a benção do Espírito Santo, a Azul e Branco derrama suas águas na Sapucaí, para mostrar que “na Portela o samba é religião”. O rio se enche de lembranças e revela algumas das “páginas mais belas” da história da agremiação de Madureira e Oswaldo Cruz. O último barco da barqueata traz Clara Nunes, o ser de luz que volta ao seu lugar para, com a força de seu canto, traduzir o sentimento de fé, amor e devoção que deságua no rio da Portela. “É água de benzer, água pra clarear, onde canta um sabiá!”. Paulo Benjamin de Oliveira, o Oranian, que fez a Portela crescer, e Clara Nunes, a guerreira, filha de Iansã, são algumas das almas portelenses que se unem ao cortejo da saudade. É a Portela na Avenida trazendo seus pastores e pastoras. Eles “chegam da cidade, da favela para defender as tuas cores, como fiéis na Santa Missa da Capela” e celebrar a herança cultural do samba, formando o coro que entoa um hino de louvação: “Portela é canto no ar!”. O manto sagrado, inspirado nas cores das vestes de Nossa Senhora da Conceição, padroeira da Escola, é conduzido por casais de mestre-sala e porta-bandeira. “Na ginga do estandarte, Portela derrama a arte. (...) Faz da vida, poesia e canta a sua alegria em tempos de Carnaval!”.

Mamãe Oxum, madrinha da Escola e rainha das águas doces, controla e protege as águas do rio. Traz o ouro da vitória e, em um tributo à vaidade, reflete, no espelho das águas, a verdade: entre todas as escolas, “a mais linda, a mais bela é ela”, a Portela! O imenso rio que tomou conta da Avenida está aos pés do Altar do Carnaval, lugar de devoção em que se prestam todas as reverências. Nele, acontece o culto a Oxum, senhora dos rios e da riqueza, agradecendo o poder da criação, capaz de reunir e mover as águas do mundo para encantar a Passarela. “Ora yeye ô, vem me banhar de axé, Ora yeye ô...”. Presidentes, baluartes e personalidades do mundo do samba que escreveram as páginas mais belas da Portela são homenageados: Paulo da Portela, Natal, Clara Nunes, pastora Dodô e Maria Lata D’Água, esta última, que, apesar de estar distante da Passarela do Samba, ainda vive e segue encantando a todos com sua história que deixa marcas no Carnaval. Monarco, Presidente de Honra da Escola, no samba Passado de Glória, expressa a emoção provocada pela lembrança de todos que fazem parte dessa impressionante trajetória: “No livro da nossa história tem conquistas a valer / Juro que nem posso me lembrar / Se for falar da Portela, hoje não vou terminar”. No altar da missa do templo do samba, está a padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, cuja imagem milagrosa foi encontrada no rio Paraíba do Sul há 300 anos. Seus bispos são eminências do samba da Portela, que garantem a celebração da diversidade e a devoção à cultura popular. Os cânticos de amor, fé e resistência, as orações e oferendas, as lembranças e homenagens, os pedidos e agradecimentos são bem-vindos. E, por mais que se procure agradecer ou lembrar, a verdade é que a saudade da Portela sempre começa no dia seguinte de cada desfile. A ela, se juntam novos corações arrastados pelo rio que segue sem parar, em direção ao seu destino! Cada nova lembrança pode se transformar em um rio de lágrimas provocado pela emoção. “O perfume da flor é seu / O olhar marejou sou eu / Quem nunca sentiu o corpo arrepiar ao ver esse rio passar...”.

“Salve o samba, salve a santa, salve ela
Salve o manto azul e branco da Portela
Desfilando triunfal sobre o altar do Carnaval!”

Salve o rio, salve a santa, salve ela!


Consulado da Portela - SP esquenta os tamborins com a tradicional roda de samba "Portela de Asas Abertas"

Por GRES Portela




A menos de um mês do carnaval, o samba pede passagem na capital paulista. Para colocar todo mundo no clima, o Consulado da Portela em São Paulo realiza no sábado, dia 28 de janeiro, a segunda edição na cidade do projeto Portela de Asas Abertas. 
Uma das mais bem-sucedidas realizações do Departamento Cultural da Águia, a roda de samba Portela de Asas Abertas foi criada para divulgar o vasto repertório de grandes compositores da história da azul e branco. 

Esta será a primeira edição do Portela de Asas Abertas no ano de 2017. No repertório, executado pelo Agrupamento Musical do Consulado, estão canções de grandes compositores da escola como Monarco, Casquinha, Argemiro e Candeia. E como está chegando o dia do desfile oficial na Sapucaí, sambas-enredo célebres da azul e branco também entrarão na roda.
 O primeiro encontro da família portelense de São Paulo está marcado no Boteco Dom José, no Centro, próximo à Biblioteca Mário de Andrade. 

O Agrupamento do Consulado segue os moldes das antigas rodas de terreiro, toca sem amplificação de som, como nos tempos de Paulo da Portela e Heitor dos Prazeres. "O Portela de Asas Abertas é um evento musical e cultural pelo grande valor artístico e de preservação da história do samba. O Agrupamento participou de uma edição do Asas Abertas na quadra da Portela e queremos compartilhar essa alegria com nossos afiliados e simpatizantes que não puderam comparecer", conta o presidente do Consulado de SP, Paulo Toledo.
   
Serviço
Consulado de São Paulo apresenta Portela de Asas Abertas
Dia 28/1 – Em São Paulo
Boteco Dom José, Pça D. José Gaspar, 122, Vale do Anhangabaú

Sobre o Consulado da Portela
O Consulado da Portela em São Paulo, fundado em novembro de 2015, é uma representação oficial do Departamento Cultural do GRES Portela na capital paulista, cidade onde há grande contingente de torcedores e admiradores apaixonados pela escola. O Consulado tem como missão promover encontros, seminários e debates sobre a história da Portela e seus personagens, preservar a memória da escola e de sua Velha Guarda, aproximando os torcedores e admiradores paulistanos da Águia Altaneira. Também realiza eventos na região e participa ou incentiva campanhas sociais representando a comunidade portelense. 

Mais Informações

Marcelo Hargreaves – marceloh@consuladodaportelasp.com.br 
Chris Bianco – chris.bianco@consuladodaportelasp.com.br



Dia 04 de fevereiro tem a feijoada mais famosa do Rio

Porque amar é fundamental.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

É segredo! Júri do Carnaval será definido horas antes do desfile

Por Redação

Difícil achar num passado recente um Carnaval tão marcado por mudanças de regulamento. Depois de várias alterações com relação a número de alegorias, diminuição do tempo do desfile e cabine de júri unificada… agora a Liesa – a Liga Independente das Escolas de Samba – apresenta novas sacadas também no anúncio dos jurados em 2017.

A entidade definiu que serão 54 julgadores selecionados (36 titulares e 18 reservas), que serão posicionados em quatro cabines espalhadas pela pista. Os nomes dos responsáveis por avaliar as escolas do Grupo Especial vão ser desvendados apenas no Domingo de Carnaval, dia 26 de fevereiro, na noite de abertura dos desfiles, a partir das 19h no Centro de Convenções Sul-América, no Centro do Rio, quando haverá um encontro entre as instituições envolvidas.

São seis jurados por quesito. No evento que antecederá o início dos desfiles, quatro serão sorteados como titulares e dois vão esquentar o “banco” de reservas. Os julgadores do corpo titular ficarão sabendo, no mesmo dia, o posicionamento de cada um na Avenida. Entre os reservas, será definido um primeiro reserva e um segundo reserva. Em caso de ausência de um avaliador, o primeiro reserva daquele mesmo quesito assume a vaga e terá a nota computada entre as quatro válidas no processo.

Jurados reservas também avaliam

Para comportar os reservas, foram construídos andares acima dos módulos 1 e 4. O item do descarte, que exclui a pior nota de cada escola num determinado quesito, continua valendo na apuração.

A título de competição, valem as notas dos 36 titulares. Os reservas, embora não participem da apuração da Quarta-feira de Cinzas, também avaliam, mas as considerações deles não serão divulgadas, tampouco válidas para o resultado do Carnaval, sendo apreciadas apenas pela Liesa, que fará uma análise individual de cada um deles para a manutenção ou não no colegiado julgador no futuro.

A ideia dos jurados reservas foi ventilada pela primeira vez por Casagrande, mestre de bateria da Unidos da Tijuca, que ao Sambarazzo sugeriu a proposta, que acabou também sendo pensada pela liga.

Com titulares e reservas, júri da Liesa será conhecido apenas horas antes dos desfiles na Sapucaí – Foto: Michele Iassanori/Sambarazzo

Campeão mundial de canoagem, Fernando Fernandes vai desfilar na Portela

Por Redação

Tetracampeão mundial de paracanoagem, Fernando Fernandes terá papel de destaque no desfile da Portela este ano. O atleta e ex-participante do “Big Brother Brasil” (TV Globo) foi convidado pelo carnavalesco Paulo Barros para atravessar a Marquês de Sapucaí “remando” dentro de uma canoa, na terceira alegoria do espetáculo da azul e branco de Madureira.

No enredo “Quem nunca sentiu o corpo arrepiar ao ver esse rio passar”, o carro intitulado Boiuna representa a Cobra Grande, um dos seres mais presentes no imaginário de diversas culturas dos povos que vivem à beira do Rio Amazonas.

– Pensei em convidar o Fernando porque ele é um dos símbolos do esporte brasileiro e acho que vai representar muito bem os canoístas que atravessam os rios da Região Amazônica. A presença dele no desfile tem tudo a ver com o enredo e fiquei bem feliz quando ele aceitou o convite, logo no primeiro contato que tivemos, por WhatsApp, no início de dezembro – comemora Paulo Barros.

Fernando também reagiu com alegria ao convite do carnavalesco que, este ano, assinará o segundo desfile consecutivo na Portela.

– Fiquei muito feliz. A Portela é uma escola que sempre está inovando. Lembro, por exemplo, dos paraquedistas saltando na Avenida. Estar dentro de uma canoa, que é algo que me traz liberdade, vai ser muito bom. Admiro o estilo ousado e inovador do Paulo Barros. Obviamente que desfilar pela primeira vez no maior e mais lindo carnaval do mundo, que é o do Rio, é outro grande motivo de felicidade – afirma o atleta, que desfilou anos atrás na X9, em São Paulo, e que já assistiu de camarote, no início dos anos 2000, ao espetáculo do Sambódromo carioca.


Fernando Fernandes se encontrará com Paulo Barros no início de fevereiro, no barracão portelense, na Cidade do Samba, para conhecer o projeto da escola para tentar o título de 2017.

A Portela será a penúltima a se apresentar na Segunda-Feira de Carnaval.

O atleta estará no Rio no início do mês para conhecer a alegoria onde estará no desfile – Foto: Leonardo Bosco -Reprodução Facebook

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Portela terá feijoada e shows de Xande de Pilares e Leci Brandão no feriado

Mais informações: www.gresportela.com.br

Renato Vieira não é mais coreógrafo da comissão de frente da Portela

Por GRES Portela


Após reunião entre a presidência da Portela, o carnavalesco Paulo Barros e membros da comissão de carnaval, nesta segunda-feira, no barracão, ficou decidido que o coreógrafo Renato Vieira não será mais o responsável pela comissão de frente da escola. A decisão foi tomada em razão de divergências entre Renato e Paulo Barros na concepção do projeto artístico que será levado para o desfile de 2017. Renato Vieira, que também participou do encontro, reconheceu a divergência e admitiu ter sido essa a melhor atitude.

O presidente Luis Carlos Magalhães comentou a mudança: "Quero agradecer todo o esforço do Renato Vieira, que é um profissional renomado e bastante respeitado. Divergências de ideias são normais dentro de qualquer espetáculo. O mais importante é o sucesso do nosso Carnaval."

Após a saída de Renato, a comissão da Portela será comandada por uma dupla de coreógrafos: Leo Senna e Kelly Siqueira. Os dois, que têm larga experiência no mundo da dança, trabalharam na agremiação no último Carnaval, coreografando a alegoria “Perigos ao Mar” (carro do barco).

Segundo o carnavalesco Paulo Barros, a troca não vai prejudicar em nada o desfile da Portela. "Os escolhidos para comandar a comissão são pessoas gabaritadas e que têm um amplo currículo nas artes. Todos os portelenses podem ficar tranquilos, pois eu assumo a responsabilidade e garanto que isso não vai atrapalhar o andamento do projeto. Já está tudo pronto! O Renato (Vieira) não se adequou ao conceito e ao projeto da comissão que eu criei", afirmou o artista.

Perfil dos novos coreógrafos da comissão da Portela

Leo Senna

Leo Senna é ator, dançarino, acrobata e coreógrafo. Começou no Carnaval em 2001 como integrante da comissão de frente da Grande Rio, tendo Joãosinho Trinta como carnavalesco. Desde então vem trabalhando com a Grande Rio, além de ter passagens por Mangueira, Salgueiro, Imperatriz e União da Ilha. No último desfile, foi coreógrafo na Portela da alegoria “Perigos ao Mar” (carro do barco), que encantou o público.

Integrou a renomada Intrépida Trupe por 13 anos. Na companhia, atuou como criador e coreógrafo nos principais trabalhos do grupo, além de ter se apresentado em diversos teatros do Brasil e ainda em festivais na Bélgica e em Portugal. A experiência internacional de Senna também inclui passagens por companhias na Finlândia e por workshops em Dubai, nos Emirados Árabes.

Professor de acrobacia aérea, ele ensina técnicas de trapézio, tecidos e liras. Nos últimos quatro anos, Leo Senna vem trabalhando como ator, cantor e bailarino em grandes espetáculos, como "Elis, a Musical" e "Chacrinha, o Musical". Atualmente, está no elenco de "Vamp, o Musical", com direção de Jorge Fernando. A peça tem estreia prevista para março.

Kelly Siqueira

Kelly Siqueira é professora, diretora, coreógrafa, atriz, bailarina e aerialista, tendo mais de 25 anos de carreira. Com formação em balé clássico, educação física e teatro, foi professora responsável pelo Centro de Treinamento e Artes de São Paulo por 11 anos. Atuou profissionalmente também com dança do ventre e circo.

Foi responsável, ainda, pela direção de diversos shows, workshops e festivais pelo Brasil e pelo mundo (Inglaterra, França e Emirados Árabes, onde morou por quase cinco anos, em Dubai).

Atualmente vive entre o Rio e São Paulo, acumulando as funções de coreógrafa em escolas de samba e diretora da Casa de Arte de Cultura Estação Brasil, em São Caetano do Sul.


segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Presidente da Lierj diz que 2017 será um ano desafiador

Por Redação SRzd

Foi dada a largada para o Carnaval. Apesar de ainda faltar pouco mais de um mês para o início oficial da Festa de Momo, a Marquês de Sapucaí recebeu na noite deste domingo (15),os primeiros ensaios técnicos de 2017.

Para saber um pouco mais sobre os desafios que cercam a temporada que se inicia, o SRzd Carnaval conversou com o presidente da Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, Déo Pessoa, que responde pela organização dos desfiles da Série A. Em seu quinto ano à frente da Lierj, Déo considera que terá pela frente um carnaval desafiador.

“É um ano atípico porque, além da crise que o país atravessa, estamos lidando com um governo municipal novo, que acabou de assumir. Temos muitas dificuldades, mas tudo se ajeita”, afirmou Déo, que se reunirá durante a semana com o novo presidente da Riotur, Marcelo Alves.

O mandatário também acredita que a criatividade das agremiações pode compensar as limitações impostas por um orçamento reduzido:

“Eu nunca me desanimo. Há muitos profissionais competentes trabalhando por um Carnaval ainda melhor do que o último ano. Procuro levar a risca o nosso lema, que diz que ‘o ritmo é nosso, a emoção é sua’”.


sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Exposição: "raízes do Terreiro Azul e Branco"


Reúna a galera e corre p/ conhecer a loja da Portela, no Madureira Shopping (1° piso)! Lá você vai conferir a Exposição "Raízes do Terreiro Azul e Branco" e um stand com venda de produtos oficiais da Escola!


Fonte: GRES Portela