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quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Presidente da Riotur revela criação de Comitê Gestor para dar mais qualidade ao carnaval

Por Daniela Lima Safadi

O presidente da Riotur, Marcelo Alves, iniciou na manhã desta quarta-feira, o primeiro ato da ação Carnaval/Verão, recepcionando os turistas que vêm passar férias no Rio, no Porto Maravilha. Ele fará o mesmo no Galeão. Marcelo Alves se comprometeu a repetir o feito toda semana, quando não puder estar pessoalmente, irá direcionar pessoas de sua equipe.

Em conversa com a imprensa ele afirmou que pretende rever a logística de desfiles dos grandes blocos que costumam reunir mais de 200 mil pessoas. A ideia é concentrá-los na Avenida Presidente Vargas. A lista oficial de blocos está prevista para ser divulgada nesta quinta-feira. Marcelo Alves pediu ainda que todos os cariocas se unam para ‘dar carinho ao turista que visita o Rio’. Ele crê que o turismo é a única forma de fugir da crise econômica.

A partir de agora, a prefeitura do Rio conta com um Comitê Gestor para o carnaval dividido por áreas: blocos, escolas de samba, Intendente Magalhães e todas as áreas que o carnaval abraça. O objetivo, segundo o presidente da Riotur, é dar mais qualidade para festa.

– Vamos melhorar o carnaval de rua, toda a logística será revista para que possamos proporcionar conforto e segurança porque é isso que o turista quer. Chegou um momento que se a gente não organizar um local único para esses mega blocos, a gente perde o controle. Vou receber esta semana um plano de logística para atender blocos acima de 200 mil pessoas. A ideia é centralizá-los na Avenida Presidente Vargas – afirmou o presidente que frisou que o processo de autorização de blocos não irá mudar.

O presidente explicou ainda que eventos estratégicos para turismo serão comandados pela Riotur e a programação de eventos para a cidade será de responsabilidade da Rio Eventos. A Riotur tem foco no turismo, consequentemente no turista e a Rio Eventos vai fomentar eventos como um todo para a cidade.

Desfile das escolas de samba na Sapucaí

Para o Carnaval de 2017, a Prefeitura do Rio terá apenas um camarote na Marquês de Sapucaí para cortar gastos.

– Ontem (terça-feira) tive uma reunião com o presidente da Liesa, Jorge Castanheira, e acordei com ele que não faremos o camarote 9A, voltando pra Liesa, até por questão de custos. Fazer um camarote não é barato, tem decoração, buffet… Mas o camaorte do setor 11 a gente vai usar e dividir. Uma parte será o camarote oficial da prefeitura, para o prefeito receber autoridades e outro voltado para a Riotur, para que possamos receber empreendedores do entretenimento, do turismo. A ideia é recebê-los para fazer negócio para a cidade. Claro que eles irão assistir ao espetáculo com todo o conforto, mas ali é para relacionarmos e fazermos negócio. Essa é a nossa finalidade com o camarote – explicou.

Questionado pela imprensa, Marcelo afirmou que a prefeitura não fará novos investimentos no carnaval de rua, mas frisou que seguirá investindo no fornecimento de estrutura para o desfile dos blocos.

– O investimento vem através da empresa que foi licitada, a Dream Factory, ela tem seus parceiros comerciais. O nosso investimento não é direto, mas há muito investimento porque todos os órgãos da prefeitura apoiam o evento, não só da prefeitura, como do governo do Estado; temos Guarda Municipal, Polícia Militar, CET-Rio, Comlurb. O carnaval exige um quantitativo grande de pessoas trabalhando e isso é um investimento da cidade – disse.

Carnaval fora de época

Ricardo Amaral, do Conselho de Turismo, divulgou uma proposta de realização de um torneio de carnaval em julho envolvendo as três primeiras colocadas do Rio e de São Paulo. Marcelo Alves diz que gosta da ideia, mas como produzir carnaval envolve grande logística prefere que o Conselho tome essas decisões.

– É uma ideia que o conselho está avaliando. Trata-se de uma logística muito grande. O carnaval é o maior espetáculo da Terra, carnaval fora de época é super bem-vindo, mas fazer essa festa exige uma logística gigantesca porque tem foliões, pessoas que trabalham nas escolas, precisa de ensaio técnico na Sapucaí… Isso precisa ser muito bem conversado com a Liesa para sabermos tecnicamente a viabilidade disso. Claro que eu gosto muito, por mim teria todo mês, sou amante do carnaval, curto, vibro, trabalhei por 15 anos fazendo camarotes, mas esse projeto envolve muita logística e muito investimento, mas está sendo olhado com muito carinho – afirmou.

Ações para espantar a crise

O presidente da Riotur disse que o prefeito Marcelo Crivella está olhando com muito carinho e atenção para o Carnaval do Rio de Janeiro e o Reveillon. Ele deixou claro que não é custo, mas que o turismo é investimento para a cidade.

– A gente não entende isso como custo, qualquer real investido ele volta três, quatro vezes mais e volta para a Educação, volta para ser reinvestido para trazer novos turistas, e volta para a saúde. Se nós não entendermos que o turismo é nossa solução de fato, nada adianta esse trabalho, essa mobilização que estamos fazendo – disse o presidente que emendou.

– O turismo é a solução para sair da crise e isso é imediato. É uma indústria que gera resultado imediato, emprego, receita. A cadeia produtiva é toda movimentada. Para melhorarmos o turismo temos duas etapas, primeiro organizar a base de serviço ao turista, nosso objetivo é fazer uma conscientização ampla da importância do turista na cidade. Nós somos anfitriões, é como se os turistas fossem nossos hóspedes na nossa casa, não podemos tratar mal um hóspede. Precisamos ter um melhor atendimento na parte de serviços. Posteriormente vamos iniciar um trabalho de comunicação para que o destino Rio de Janeiro seja prioritário. A cidade do Rio hoje está na 92ª posição das 100 cidades visitadas no mundo e isso é vergonhoso, a gente precisa no mínimo estar entre os 10 – frisou.

Taxa de turismo

A prefeitura quer implantar a taxa de turismo no Rio, assim como é praticada em diversas cidades do mundo. A ideia é que cada turista pague o valor de R$ 5 por dia/por quarto durante o período que permanecer no Rio. O projeto ainda terá que passar pela Câmara, há um processo burocrático que precisa ser cumprido para passar a valer, mas o objetivo de Marcelo Alves é que seja implementada o quanto antes para gerar receita extra para o Rio.

– O valor está sendo estipulado em R$ 5. É isso que o Conselho de Turismo sugeriu. Essa é uma taxa que vai reverter automaticamente para o turismo. É uma receita que vem para a gente reinvestir na qualidade dos profissionais, na qualidade dos serviços, nos pontos turísticos. O mundo inteiro trabalha assim, precisamos agora que isso vire regra para termos essa receita extra para investir. As pesquisas feitas pelo conselho com base no quantitativo de turistas apontam uma receita entre R$ 35 a 50 milhões por ano – calcula.


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