Por Angélica Fernandes
Secretaria Municipal de Turismo cria comissão para avaliar pertinência do desfile de grupos sem ligação com o Carnaval de rua do Rio ou com o bairro em que saem
Rio - Com objetivo de cassar os blocos de rua que fogem da tradição do Carnaval carioca, a Prefeitura do Rio terá, já para o ano que vem, uma comissão especial de avaliação composta por nove secretarias.
O grupo vai julgar sete quesitos, que vão desde a relação da agremiação com o bairro até a estimativa de público. O objetivo é reduzir o número de blocos na cidade, que este ano registrou aumento de 15% em relação a 2012.
“Vai reduzir e organizar para ficar de maneira autêntica. Observamos que alguns blocos estão aproveitando o sucesso do Carnaval do Rio para desfilar sem nenhuma ligação com a folia de rua. Eles colocam um carro de som com DJ ou grupo de samba e pagode e dizem que é bloco”, explica o secretário municipal de Turismo, Antônio Pedro Figueira de Mello, que nos próximos dias decretará outras duas exigências no Carnaval de rua carioca: o horário para os ambulantes atuarem nos desfiles e a exclusividade de ações promocionais às empresas ganhadoras de concorrência pública.
Blocos tradicionais, como o Cordão da Bola Preta (na foto, o desfile deste ano), avaliaram bem a proposta da prefeitura e prometem apoiá-la
Foto: Paulo Alvadia / Agência O Dia
Foto: Paulo Alvadia / Agência O Dia
Para o presidente do Cordão da Bola Preta, Pedro Ernesto Marinho, a comissão vai acabar de vez com blocos comerciais. “Tem muitos desfiles que são movidos a interesse financeiro que não combinam com o Carnaval. Isso tira a vaga dos blocos que realmente são a cara do Rio”, opina Pedro Marinho.
De acordo com o secretário, blocos como o do AfroReggae, que leva em média 150 mil foliões para orla de Ipanema, serão o foco das análises da comissão.
“É um exemplo que deve ser examinado sobre a ligação do bloco com a localidade e o impacto no bairro”, conta Antônio Pedro, que acredita na mudança de local como a melhor saída para fluidez na cidade. “O Bloco da Preta, que fechava a orla por horas, foi para Avenida Rio Branco e ficou muito melhor”, completa.
Neste ano, a prefeitura barrou 91 blocos. Em 2012, 425 blocos desfilaram, enquanto em 2013 o total chegou a 492.
Tradição e relação com o bairro são quesitos básicos
A Comissão Especial da prefeitura terá o acompanhamento de duas associações de carnaval no julgamento dos blocos. A partir do recebimento das inscrições, o grupo terá dois meses para aprovar o desfile.
Os quesitos a serem analisados são: a tradição do bloco; as características dele em relação ao carnaval de rua e ao bairro; a relação que tem com a localidade; o local do desfile; a estimativa de público e os impactos que possam interferir no dia a dia da cidade.
Quanto aos ambulantes credenciados, a Guarda Municipal ficalizará o horário. Sob pena de suspensão da licença, todos deverão dispersar junto com o bloco.
“Não conseguimos liberar a rua quando termina o desfile porque os foliões ficam consumindo dos ambulantes”, diz o secretário.
De acordo com o secretário, blocos como o do AfroReggae, que leva em média 150 mil foliões para orla de Ipanema, serão o foco das análises da comissão.
“É um exemplo que deve ser examinado sobre a ligação do bloco com a localidade e o impacto no bairro”, conta Antônio Pedro, que acredita na mudança de local como a melhor saída para fluidez na cidade. “O Bloco da Preta, que fechava a orla por horas, foi para Avenida Rio Branco e ficou muito melhor”, completa.
Neste ano, a prefeitura barrou 91 blocos. Em 2012, 425 blocos desfilaram, enquanto em 2013 o total chegou a 492.
Tradição e relação com o bairro são quesitos básicos
A Comissão Especial da prefeitura terá o acompanhamento de duas associações de carnaval no julgamento dos blocos. A partir do recebimento das inscrições, o grupo terá dois meses para aprovar o desfile.
Os quesitos a serem analisados são: a tradição do bloco; as características dele em relação ao carnaval de rua e ao bairro; a relação que tem com a localidade; o local do desfile; a estimativa de público e os impactos que possam interferir no dia a dia da cidade.
Quanto aos ambulantes credenciados, a Guarda Municipal ficalizará o horário. Sob pena de suspensão da licença, todos deverão dispersar junto com o bloco.
“Não conseguimos liberar a rua quando termina o desfile porque os foliões ficam consumindo dos ambulantes”, diz o secretário.
Fonte: O Dia na Folia
Nenhum comentário:
Postar um comentário