O jornal EXTRA teve acesso
e divulgou na edição deste sábado, trechos do áudio do jurado Fabiano Rocha,
que julgaria Bateria no Grupo Especial em 2016. Segundo o jornal Extra, no
áudio Fabiano revela a uma mulher ainda não identificada, como agiria para retirar
décimos e prejudicar a pontuação do Salgueiro, Beija-Flor e Unidos da Tijuca. A
fraude foi denunciada por Laíla, diretor de carnaval da Beija-Flor, dias após a
apuração das notas.
A equipe do Extra
procurou Fabiano e Laíla, mas os mesmos se negaram a dar entrevista
afirmando que não poderiam se pronunciar, pois vão depor na segunda-feira na
Delegacia que investiga o caso.
Leia a transcrição do áudio
revelada pelo jornal Extra:
“Em off, até por uma
questão política e inteligente de me manter, é natural que as escolas que eu
tirei ponto ano passado, eu dê uma moralzinha a mais, algumas de repente até
com 10. E escolas que eu dei 10 ano passado... É um rodizio natural,
possivelmente eu vou beliscar alguma coisinha esse ano. A não ser que venha muito
foda, é muito possível que eu vá tirar da Beija-Flor, que eu vá tirar do
Salgueiro, que vá tirar da Tijuca. É muito possível. É uma questão de política,
de inteligência. Já sabendo que o esquema é assim, tem que ser inteligente. Eu
não posso perder a boquinha, perder o network, por ideologia. Ideologia não
paga conta, não”.
“O Salgueiro vai se f...
Que que acontece? Tem muito crente na parada, e crente sabe que é um bicho
radical, arbitrário, e o enredo não está favorecendo. Eles vão tomar pau numa porrada
de coisa. Aquele negócio da Viviane Araújo... legal, bonito, bacana, mas a
‘crentaiada’ não desce na cabeça deles. Crente é uma raça que vai na igreja e
quebra a imagem da Nossa Senhora e acha que está certo. Você acha que vai
convencer crente do contrário?”
“Se eu quiser tirar um
‘decimozinho’, dois, dá para tirar. Perfeito não fica, cara. Se fosse assim, os
discos de escola de samba, os CDs, seriam gravados com 200, 300 ritmistas. Como
que são gravados? É um repique, um surdo, um surdo de segunda, de terceira, uma
caixa de som. É assim que grava. Ali no meio da muvucada toda, tem sempre um
tamborim que sobra, um chocalho que sobra, uma caixa desencontrada. É que a
gente vê pelo todo. Lembra ano passado, que eu não ia dar 10 para o Salgueiro e
acabei dando? Teve umas sobrinhas, teve um leve desencontro. Mas falei: ‘tudo
bem, passou’. Ele chega com 10, mas nas primeiras passadas o 10 já vai indo
embora. A gente dá 10 às vezes porque... não tem perfeito, o 10 é o que vai
para o menos imperfeito, não tem muito o que inventar. Todas têm deficiência,
um probleminha aqui, ali, todas tem.”