A Portela, que neste Carnaval ficou em terceiro lugar, passou na Marquês de Sapucaí neste sábado de campeãs (13) comemorando o desfile elogiado pela crítica. A azul e branca, que está acostumada com o luxo de Alexandre Louzada, Paulo Menezes, entre tantos outros carnavalescos que se preocupam com a minúcia de detalhes, apostou em Paulo Barros, que trouxe sua estética baseada nos efeitos especiais e no movimento: o público gostou.
A agremiação, porém, perdeu preciosos décimos em mestre-sala e porta-bandeira e comissão de frente. Nos quesitos enredo e bateria, foram um total de três décimos. O SRZD-Carnaval conversou com Danielle Nascimento, que junto com Alex Marcelino, defende a bandeira da escola de Madureira. Ela afirmou que prefere ver a justificativa dos jurados antes de analisar previamente o motivo de perder dois décimos. A polêmica gira em torno da comissão de frente, que jorrava água e molhava a pista: atrapalhou a evolução do casal ou não? Danielle preferiu não responder.
Entrevistada pelo SRZD, Gislaine Cavalcante, coreógrada da comissão de frente que pela primeira vez teve a oportunidade de trabalhar com Paulo Barros, afirmou que tudo correu bem e que não houve prejuízo à evolução do casal. "O que nós fizemos foi ousado. Teve uma visibilidade muito bonita. Houve um planejamento e orientação de pessoas tanto no carro quanto no chão", declarou.
No quesito fantasias, a Portela só ganhou dez. Pouca gente sabe, mas um dos responsáveis pelo desenho dos figurinos é o jovem João Vitor Araújo, ex-carnavalesco da Viradouro, que foi aluno de Max Lopes e tem um estilo totalmente tradicional. Aprendeu com o "Mago das Cores" a arte de fazer Carnaval. O samba da azul e branca também ganhou dez, merecidamente, assim como harmonia e evolução. Alegorias e adereços, também só teve dez, talvez mais pelos efeitos especiais do que pelo acabamento. A bateria, de mestre Nilo Sérgio, a "Tabajara do Samba", perdeu apenas um décimo no último módulo de jurados.
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