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sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Carnaval 2018: o que esperar das baterias do Grupo Especial do Rio

Por Claudio Francioni


Por Bruno Moraes
Império Serrano
Com a árdua missão de abrir o desfile do grupo especial, a bateria da escola da Serrinha está trabalhando para manter os “40” do ano passado no Grupo de Acesso. O segmento está focado em manter o que está dando certo. Ao longo dos anos, os surdos de terceira estão ficando menos desenhados, os tamborins com desenho simples e funcional e bossas mais objetivas, mas sem perder a característica da bateria do Império Serrano. É esperada uma coreografia para os jurados e para o setor 1. No Grupo Especial a exigência é maior, principalmente com a escola que abre o carnaval, onde nos últimos oito anos, ocorreram apenas três notas dez em 32 possíveis.
 
São Clemente
Após dois anos com notas máximas, a bateria da escola da Zona Sul teve em 2017 uma apresentação razoável e foi penalizada sem nenhuma nota dez. Na ocasião a fantasia abafava o som dos instrumentos e era muito quente. Para este ano Mestre Caliquinho promete dar a volta por cima, com uma roupa bem mais leve. A bateria deve apresentar bossas com suas características próprias. Serão 250 componentes, dez a menos do que no ano passado.

Vila Isabel
A bateria da Vila foi a única que mudou seu Mestre para este ano. Chuvisco saiu da Estácio e assumiu o lugar de Wallan e, após muita polêmica, a bateria está formando corpo e características para o desfile de 2018. Foi inserida uma ala de agogôs e houve uma melhora considerável na ala de chocalhos , além da mudança nas características de bossas, porém de longe ainda se houve aquela pegada de Vila Isabel, porém com um andamento um pouco mais para frente. O destaque é a bossa do refrão do meio, que complementa a métrica do samba e valoriza o samba da escola. Há boatos sobre um sincronismo da bateria com a comissão de frente, coisa bem difícil de ser realizada, mas aguardaremos até o desfile.

Paraíso do Tuiuti
Mestre Ricardinho vem para seu segundo ano de grupo especial mais confiante e seguro, com um samba bem melhor do que sua estreia. A bateria da azul e amarela tem tudo para evoluir melhor do que em 2017. Bossas de impacto, desenho de tamborim bem encaixado na métrica do samba e segurança na diretoria são as apostas. Destaque para a bossa do primeiro refrão na primeira do samba.

Grande Rio
Após um ano para se esquecer, Mestre Thiago Diogo e a bateria Invocada estão trabalhando muito duro para conseguir as notas máximas em 2018. Com um andamento mais para trás, bossas firmes e dentro da métrica do samba e peças leves muito fortes, a bateria promete dar uma nova cara para o fraco samba da escola. Apesar da mudança de diretoria no tamborim, a ala continua com excelente nível. A ala das cuícas, como de costume, é bastante presente nas bossas e nas conversas entre chocalhos e tamborins, dando um molho especial.

Mangueira
A bateria da verde e rosa com seu Mestre Rodrigo Explosão apresentará na avenida bossas de impacto e dentro da letra do samba. Um exemplo é o trecho como que diz “bate na lata”, onde os tamborins tocam como se lata fossem. Destaque para o desenho do tamborim, que possui a cara da Mangueira e traz variações bem bacanas. A bateria tenta manter sua nota 30 de 2017.

Mocidade 
A bateria da Mocidade tenta consolidar a boa performance do desfile de 2017. Mestre Dudu aposta na continuidade do trabalho com a caixas e em bossas dentro da métrica. Em uma das bossas todos os instrumentos param e a bateria fará uma performance ajoelhada, finalizando com a tradicional paradinha sete. Houve redução no número de ritmistas em busca de qualidade e coesão para o ritmo. Destaque para os “dançantes” chocalhos.

Unidos da Tijuca 
A bateria do Mestre Casagrande promete mais um ano de show na Sapucaí, Tudo no lugar certo! Bossas, desenhos, andamento, afinação, swing, etc… Nada de exageros. Destaque para a firmeza e a manutenção do andamento na execução das bossas. Com diretoria reforçada para o ano, a bateria promete um desfile ainda melhor do que o desfile de superação de 2017.

Portela
Após os “40” de 2017, a bateria da águia de Madureira busca manter performance do ano passado. As bossas são do mesmo estilo dos anos anteriores, assim como os complexos desenhos de tamborim já característicos da escola. Veremos alguns triângulos e serão utilizados na bossa do forró. Serão executadas três bossas.

União da Ilha
A Bateria do Mestre Ciça manteve o mesmo time para o carnaval de 2018, já que no ano passado a bateria foi o ponto alto da escola. O “resgate” continua, com caída de terceira na cabeça e caixas ainda melhores definidas com a característica da escola. As bossas são os pontos fortes para o desfile, em especial uma com dez repiques solando na frente da bateria interagindo com a rainha de bateria e o intérprete.

Salgueiro
A bateria Furiosa do Mestre Marcão promete fazer um desfile com técnica elevadíssima em suas bossas e ritmo. Mais uma vez teremos bossas grandes com muita participação das terceiras, usando o recurso de duas macetas, tão firmes que parece um grupo de vinte ritmistas tocando. Destaques para as alas de tamborins, chocalhos e para a afinação das marcações, com a primeira bem grave, dando aquela cara de Salgueiro.

Imperatriz
Única bateria com oito notas máximas seguidas nos últimos dois anos, a bateria do jovem Mestre Lolo vem para 2018 com mais ousadia do que o ano anterior. Destaque para a levada de primeira e segunda na primeira do samba e bossas firmes. Diferente dos anos anteriores, a bateria utilizará uma bossa de repique com pergunta e resposta, lembrando os antigos carnavais. A ala de chocalhos apresentou uma significativa melhora para o ano.

Beija-Flor
A bateria do Mestre Rodney manterá seu estilo da para o ano de 2018, pois em time que se está ganhando não se mexe. O grande samba da escola será conduzido pela batucada swingada da Soberana, com bossas características da escola, usando a variação de surdos e peças leves e fazendo a manutenção do ritmo sem perder aquele bom andamento.


Fonte: www.srzd.com

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