Uma lei aprovada esta semana mexeu com os ânimos dos sambistas cariocas. A Lei Municipal n° 5.763/2014, de autoria do vereador Marcelo Arar (PT), cria a "Semana Carna Rio", um carnaval fora de época que acontecerá no último fim de semana do mês de julho. Já em vigor, o projeto agora precisa ser regulamentado pelo prefeito Eduardo Paes para que o evento aconteça.
O SRZD-Carnaval conversou com o vereador Marcelo Arar (PT), que explicou a intenção de promover o evento no meio do ano. Segundo Marcelo, a realização do Carna Rio vai impulsionar ainda mais o turismo na cidade a um custo praticamente zero para a prefeitura.
"A maior vocação da nossa cidade é o turismo. No Rio de Janeiro temos a maior festa a céu aberto do mundo sendo realizada todos os anos e com a participação cada vez maior da população no Carnaval de rua. A proposta do evento é, justamente, fomentar essa festa nas ruas, alavancar o turismo durante o último fim de semana de julho. Lógico que agora, a prefeitura precisa regulamentar como e onde os eventos aconteceriam", diz Marcelo.
A ideia é que diversas áreas da cidade coloquem seus blocos na rua, o que já é feito durante os festejos de Momo.
"Existem centenas de blocos que têm seus pedidos indeferidos junto à prefeitura durante o Carnaval porque não há espaço para que desfilem. O projeto atende a essa demanda de colocar os blocos nas ruas, dando preferência a quem não desfilou.
O investimento para os cofres públicos é mínimo, pois a Comlurb e a Guarda Municipal já estão na folha de pagamento. A infraestrutura necessária é de um custo ínfimo para os cofres", declaraFonte o vereador.
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Quanto ao investimento de cada bloco na participação do evento, Marcelo, que já atuou como produtor de eventos antes de entrar para a política, vê como algo positivo para a imagem de cada um.
"Sei que o investimento para colocar um bloco como o da Preta, ou o Monobloco na rua não são baixos, mas o retorno para eles e para a cidade é fantástico. Há que se pensar em parcerias para que o evento aconteça pois, se colocarmos na balança, há muito mais a ganhar com mais um evento que alcance grandes proporções do que a perder. Somos uma cidade alegre, turística, e um evento como este atrai gente de todo o país, já que acontecerá em período de férias", comenta.
Em um primeiro momento, Marcelo Arar acredita que não será possível contar com as escolas de samba no evento, mas não descarta a possibilidade de ter as baterias e componentes desfilando em seus bairros.
"Seria ótimo contar com a presença das escolas de samba. O que seria feito é o que elas já realizam próximo ao Carnaval com seus ensaios de rua. Não sei como as entidades que organizam o espetáculo maior, que é o desfile, veriam essa iniciativa, mas acredito que a Lei vai pegar", finaliza o vereador que tem mais de 13 projetos aprovados na Câmara, entre eles o que promoveu a Lapa a bairro da cidade e a meia entrada aprovada para alunos de cursos técnicos e profissionalizantes.
O próximo passo é reunir-se com a Sebastiana, entidade responsável pelos blocos do Rio de Janeiro, Liesa e Lierj, além da prefeitura, para que o evento já aconteça em 2015, ano em que a cidade completa 450 anos.
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