Além de Ghislaine Cavalcanti, veterana na Passarela do Samba e que assinará seu terceiro trabalho na Portela, a escola de Madureira terá novidade na comissão de frente para o Carnaval 2016. O grupo que abrirá o desfile da agremiação, e que terá o carnavalesco Paulo Barros como diretor artístico, ganhou dois coreógrafos: Marcelo Sandryni e Roberta Nogueira, ambos bem conhecidos pelo carnavalesco.
Ator, dublador, cantor e coreógrafo, Sandryni conheceu Barros quando o artista, hoje consagrado, era desconhecido do grande público. Ele desfilou pela primeira vez com o carnavalesco em 1999, como componente da comissão de frente da Vizinha Faladeira. Ainda no Acesso, esteve nas comissões de outras escolas onde Barros também deu expediente antes de estrear no Grupo Especial. No Paraíso do Tuiuti, também no Acesso, Sandryni coreografou o carro que representava o “Espantalho”, numa referência à famosa tela de Cândido Portinari, homenageado no desfile de 2003. Foi a primeira “alegoria humana” a passar pela Avenida. Depois, Sandryni seguiu integrando a equipe de profissionais do carnavalesco, coreografando componentes de alas e de carros alegóricos.
Com praticamente a mesma formação artística de Sandryni, Roberta Nogueira estreou no time de Paulo Barros no desfile de 2004, quando ele assinou o primeiro trabalho no Especial, pela Unidos da Tijuca. Daí em diante, ela esteve com o amigo coreógrafo em todas as escolas onde o carnavalesco trabalhou, sempre responsáveis por alas e carros teatralizados e coreografados. Eles a também já tem experiência em comissões de frente. Tiveram esta responsabilidade nos desfiles de 2009 e 2010, na União do Parque Curicica, no Acesso. E foram bem-sucedidos, obtendo notas máximas nos dois carnavais.
Se para Roberta e Sandryni trabalhar em parceria é usual, para a experiente Ghislaine tudo é novidade. Com formação em balé clássico, ela estreou como coreógrafa de comissão de frente na Beija-Flor de Nilópolis em 1996. Em 14 anos consecutivos na azul e branco, ajudou a agremiação a conquistar seis campeonatos e quatro vices. Ela admite que está em processo de adaptação:
- Sempre fui acostumada a tomar decisões sozinha, criando os temas das comissões, inclusive. Na maioria das vezes, o trabalho da comissão foi praticamente todo de responsabilidade minha. Então, é um desafio pra mim, porque é uma novidade trabalhar em parceria. Estou me adaptando ao sistema de trabalho do Paulo Barros, que é responsável pela criação das comissões dele. Mas garanto que meu empenho será igual ou ainda maior, já que a minha meta é a mesma de todos os portelenses e profissionais que atuam na escola, conseguir notas máximas no quesito.
Para Sandryni, a chegada de Ghislaine à parceria que já desenvolvia com Roberta, será um grande ganho profissional.
- Eu encaro esse trabalho que a gente está começando a desenvolver com a Ghislaine como um grande aprendizado. Eu e Roberta somos dois profissionais que entendem perfeitamente o estilo do Paulo e já sabemos como dar vida às criações dele. Ao contrário da Ghislaine, nós não temos muita experiência em comissão de frente. Então, esse encontro com a Ghislaine será muito importante justamente por isso. Estamos de cabeça, peito e braços abertos para aprender e trocar informações.
Roberta destaca que, além do trabalho da comissão de frente, ela e Sandryni serão ainda responsáveis pela coreografia e teatralização de componentes de alas e alegorias da Portela. Ela considera que, apesar de características distintas, as funções têm o mesmo grau de exigência:
- Para o nosso trabalho fluir são fundamentais disciplina, técnica e organização. As alegorias e as alas que o Paulo cria, por exemplo, são extremamente complexas e essas três coisas são fundamentais. As alegorias têm um tempo de início, um comportamento de desfile. Temos que trabalhar para que quem esteja assistindo entenda o que está acontecendo. O público vai para a Sapucaí para se divertir e curtir o que acontece na pista – conclui a coreógrafa.
Fonte: www.carnavalesco.com.br
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