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terça-feira, 18 de setembro de 2018

Artigo: sobre encontros e reencontros


Membro do Departamento Cultural da Portela comenta edição histórica e emocionante do projeto Portela de Asas Abertas, com tributo a Clara Nunes e a presença dos grupos Cartola de Noel, Moça Prosa e Tambores de Olokun 

Era um dia muito aguardado por todos. Mais um momento de homenagear a principal estrela do nosso enredo. Um reencontro aguardado pelos amantes da cultura brasileira e
principalmente da cultura do samba. Foi um dia de primeiros encontros. Foi um dia de muitos reecontros.

Reencontro com as diversas linguagens e identidades que tecem o tecido maravilhoso da cultura popular. O reencontro de sentimentos puros e nobres em nosso chão, nosso terreiro, que através da arte, da música, da dança, da poesia, provocam abraços, sorrisos, lágrimas e sensação de sublimação. 

Momentos de êxtase e reverência vividos ali, sob as asas da Águia das águias. A majestade. Curvados, todos nós estávamos a pedir que nossos caminhos se reencontrem. Que nossas vidas seja mais possíveis através da beleza, da celebração, do fazer o bem e da arte do encontro.

Nossa missão é fazer história. Nosso papel é também contar essa história no aqui e agora, que vem de lá de outro tempo-lugar, de nossa ancestralidade e que nos mostra o caminho a percorrer. O caminho do encontro. 

Viva os poetas e poetisas do Asas Abertas! Viva o Samba do Voluntário! Viva para sempre Wilson Moreira! Viva Cartola de Noel, Viva Moça Prosa! Viva Tambores de Olokun! Viva Clara Nunes! Viva o encontro de todas as raças! Viva a Portela!



Texto de Tarsilo Delphim Coutinho, professor de inglês e membro do Departamento Cultural da Portela

 
Foto: Elizabeth Rabelo 
Legenda: Integrantes do Tambores de Olokun reverenciam águia da Portela 


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