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sábado, 29 de dezembro de 2018

Leis de Incentivos Fiscais podem salvar questão financeira das escolas e até a realização dos ensaios

Por Redação


A Lei do ISS, da Prefeitura do Rio, e a Lei do ICMS, do Estado, são apostas dos dirigentes do carnaval para o apoio aos desfiles das escolas de samba do Grupo Especial. Na edição desta sexta-feira, do jornal O Globo, a coluna do jornalista Ancelmo Gois, citou que o prefeito Crivella e o governador Dornelles estão correndo em busca de empresas para entrarem com patrocínios e receberem os incentivos fiscais.

A tentativa com a Ambev não deu certo. A bola da vez é a Light, que recentemente quase fechou o apoio para os ensaios técnicos no Sambódromo. Ainda tem a Lei Rouanet, do governo federal, que as escolas já possuem seus projetos aprovados e seguem na captação de empresas.

Na última plenária do ano, o presidente da Liesa, Jorge Castanheira, revelou ao CARNAVALESCO que empresas estão sendo procuradas dentro das leis de incentivos fiscais.

“Buscamos via Lei Rouanet algum patrocínio para os ensaios técnicos. Temos um plano de executar os ensaios e precisamos do recurso financeiro. Estamos trabalhando em cima disso e a própria Riotur está tentando buscar soluções, via Lei Rouanet ou Lei estadual do ICMS. Estamos trabalhando há muito tempo em cima disso. Fomos bem recebidos na secretaria estadual de Cultural. Já fizemos com a Petrobras e vamos tentar alguma declaração de patrocínio nesse sentido ainda para 2019”, disse.


sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Neste sábado tem Feijoada da Rádio Arquibancada especial de Réveillon


Neste sábado, 29 de dezembro, a Feijoada da Rádio Arquibancada encerra o ano de 2018 com uma grande confraternização no Baródromo! Vá de branco ou com a camisa de sua escola! O Grupo Arquibancada animará a massa com o melhor do samba-enredo e vários intérpretes convidados darão suas canjas no palco do bar que é a cara do Carnaval carioca.

Aguardamos você a partir das 12h no Baródromo, que fica na Rua do Lavradio, 163, no coração da Lapa. A feijoada custa R$25 e o ingresso é R$ 10. Informações: 2504-5754.




Lierj critica novo corte de verba, rebate secretário de Crivella e nega ter pedido menos recursos

Por Romulo Tesi


A Lierj, liga que reúne as escolas de samba da Série A do Rio de Janeiro, reagiu com indignação às declarações do secretário municipal da Casa Civil, Paulo Messina, sobre a redução da subvenção para as escolas representadas pela entidade.


Em entrevista ao jornal O Dia, publicada nesta quarta-feira, 26, Messina afirma que a administração reservou R$ 7 milhões para as escolas da Série A e dos demais grupos de acesso, que desfilam na Estrada Intendente Magalhães, no bairro do Campinho, Zona Norte do Rio. Deste montante, cada escola da Lierj receberia cerca de R$ 250 mil – valor que corresponde à aproximadamente metade do repassado pela prefeitura no último Carnaval.

Em nota, a Lierj afirma que sequer foi avisada sobre a redução e ficou sabendo pela reportagem do jornal carioca.

“A situação provoca ainda mais repulsa pelo fato de a Liga não ter recebido qualquer informação direta e oficial por parte do órgão público, tendo tomado conhecimento apenas através da imprensa”, reclama a Lierj.

A entidade ainda negou ter pedido a redução no valor, como declarou Messina. De acordo com a reportagem, o secretário afirmou que o valor de R$ 250 mil por agremiação fora requisitado pela liga, que teria aceitado receber metade do destinado ao Grupo Especial, de R$ 500 mil por escola.

“Tal quantitativo, se confirmado, será o menor da história da Série A. Em documento entregue ao secretário em outubro, a Lierj reiterou que o dinheiro recebido para o Carnaval de 2018 já foi insuficiente para a produção dos desfiles, uma vez que a verba municipal corresponde a aproximadamente 80% da receita total de cada agremiação. Na ocasião, o valor, 50% menor do que no ano anterior, só foi repassado faltando aproximadamente 10 dias para as apresentações. Sendo assim, foi pedido, no mínimo, o restabelecimento do valor de R$ 8.623.460 recebido em 2015”, afirma a Lierj em comunicado.

“Babá”
Entre os sambistas, uma declaração de Messina causou especial irritação. Questionado sobre as verbas para o Grupo Especial, o secretário afirmou que a prefeitura não pode ser “babá de evento comercial”, e citou o Rock in Rio como exemplo. Para Messina, as escolas da elite devem procurar outras fontes de recursos que não sejam a prefeitura.
“As escolas do Grupo Especial têm que se profissionalizar como qualquer grande evento comercial que vende ingressos, a exemplo do Rock in Rio e outros. A prioridade da prefeitura é usar dinheiro público para saúde e educação”, disse ao O Dia.

Intendente
Procurada pela Setor 1, a Liesb, que agrega as escolas da Intendente Magalhães (grupos B, C e D), diferente da Lierj, recebeu com otimismo a notícia. Em breve contato com o blog, o presidente da liga, Gustavo Barros, comemorou o fato de que, de acordo com as declarações de Messina, o Carnaval promovido pela entidade não sofrerá cortes, recebendo cerca de R$ 3,75 milhões.


Emoção marca formatura dos alunos dos projetos sociais da Portela


Os alunos dos projetos sociais promovidos pela Portela participaram de uma grande confraternização no último domingo (23), na quadra da escola, em Madureira. Organizado pelo Departamento de Cidadania, o evento reuniu mais de 300 pessoas, entre crianças, adolescentes e adultos beneficiados pelos diversos cursos oferecidos gratuitamente pela maior campeã do carnaval do Rio.
A festa, que teve como mestres de cerimônia Hellen Mary (diretora do Departamento) e Ruan Lucena (integrante da equipe), começou com uma apresentação de dança cigana. Em seguida, os alunos de dança do ventre e de stiletto dance também puderam mostrar seu talento. Outro destaque foi a exibição da turma de balé infantil. As aulas de dança, que têm a coordenação da professora Marrie Marques (grupo Kali), vão retornar em fevereiro, com mais vagas e opções de horário para a comunidade.
O esporte também teve seu espaço na cerimônia. Liderados pelos irmãos Rafael e Rodrigo Noronha, os integrantes da turma de jiu-jítsu trocaram de faixa e foram bastante aplaudidos pelo público. Já a última apresentação ficou a cargo dos alunos do consagrado projeto Madureira Toca, Canta e Dança.
Durante a confraternização, a Portela também homenageou os profissionais que atuaram no curso de pré-vestibular social, bem como o representante do Colégio e Curso Ao Cubo, parceiro fundamental da iniciativa, que teve a coordenação dos professores Ruan Lucena e Ygor Lioli. Para 2019, o objetivo é ampliar a carga horária do curso, além do número de vagas.
Os mais de 300 convidados puderam, ainda, degustar frutas, salgadinhos e um delicioso almoço de Natal preparado pelo bufê Lagoa Azul, de Alexandre Ramos, também responsável pela decoração da festa. 
O encerramento foi com a chegada surpresa do Papai Noel, que ganhou a companhia da rainha de bateria Bianca Monteiro, fantasiada de Mamãe Noel. Ambos distribuíram presentes para todos os alunos dos projetos sociais da escola, protagonizando momentos de muita emoção.
Todos os participantes das atividades do Departamento de Cidadania da Portela também foram presenteados com panetones e chocotones oferecidos pela Bauducco.
A formatura contou com a presença do presidente da Portela, Luis Carlos Magalhães; da primeira-dama da escola, Cinthia Pitz; do presidente do Conselho Deliberativo, Fábio Pavão, do secretário-geral Marcelo Moura, além de diversos membros da diretoria. O empresário Maurício Mattos, benemérito da agremiação e fundador do Camarote Rio, Samba e Carnaval, também acompanhou a formatura.
"Foi um dia inesquecível para todos nós da equipe do Departamento e também para os alunos e seus pais. A festa serviu também para coroar um ano muito produtivo para os projetos sociais da Portela. Por isso, quero agradecer muito ao presidente Luis Carlos Magalhães, a Fábio Pavão, além de todos os membros da diretoria. Faço questão de exaltar também todas as pessoas que contribuíram de alguma forma para a realização do nosso evento, sejam elas anônimas ou famosas. A escola toda abraçou a ideia e ajudou bastante. Para 2019, queremos ampliar ainda mais nossas atividades culturais, esportivas e de educação, além do atendimento odontológico. Já estamos planejando nossa grade e vamos anunciar novidades em breve", comemorou a diretora do Departamento de Cidadania da Portela, a dentista Hellen Mary.

A equipe do Departamento conta, ainda, com Irene Quinze, Marileide Maria, Daiane Jobert e Regina Helena, além de outros colaboradores.



É hoje o Reveillon da Portela


Venha viver momentos de alegria e nostalgia no mais animado Pré-Réveillon do samba. Nesta sexta (28), a partir das 22h, tem dobradinha com Portela e Bola Preta no Templo do Samba. Muito samba e marchinhas inesquecíveis para brindarmos a chegada de 2019. Ingressos em bit.ly/reveillonportela 



Camarote da Portela


Acesse www.camaroteportela.com.br, preencha seus dados corretamente e programe-se. Dia 07/01 daremos início a pré-venda com um lote EXCLUSIVO e valor especial para os cadastrados.

INGRESSOS PRÉ-VENDA
Sexta • R$500,00
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» Cada CPF poderá comprar apenas 2 ingressos.
» A pré-venda tem lote limitado de ingressos por dia e poderá ser encerrada sem aviso prévio.

Pela 1ª vez na história a Águia Azul e Branca vai levantar voo e pousar no camarote da Sapucaí. O Camarote Portela fará sua estreia em 2019 e promete encantar tanto portelenses, quanto simpatizantes, amantes do Carnaval e do Samba.



Parabéns David do Pandeiro


Parabéns!!

David do Pandeiro
(David de Araújo)

Carioca de Bento Ribeiro, nasceu em 28 de dezembro de 1934. O pai, Ataulpho Octavio de Araújo, nascido escravo em 1856, em Mar de Espanha (MG), era músico e tocava violão. Ouvindo-o tocar, David tomou gosto pela música. A mãe, Emília da Costa, nasceu na localidade de Marapicu, no município de Maxambomba, hoje Nova Iguaçu. Na época do casamento, seu pai tinha 60 anos e a mãe, 14. A mãe era de família de posses, sendo herdeira de terras que pertenceram a seu avô, situadas no subúrbio de Vieira Fazenda, no local denominado Terra Nova, próximo a Pilares.

Além de suas atividades artísticas, David do Pandeiro foi policial militar e trabalhou com Sérgio Cabral, secretária municipal de Esporte e Lazer. Casou-se com dona Nilza e teve três filhos.

Pertenceu à Escola de Samba Paz e Amor e depois a Acadêmicos de Bento Ribeiro, conhecida pelo apelido “Pega Dormindo”, porque lá o samba começava muito tarde. Tempos mais tarde, foi para a União de Jacarepaguá e depois para a Mangueira, onde ficou três anos. De 1961 a 1963, pertenceu ao Império Serrano, onde foi coautor dos sambas de enredo “Rio dos Vice-reis” (1961) e “Rio de ontem e de hoje” (1962), o primeiro em parceria com Adno Sá e Mano Décio e o segundo, com Adno Sá e Guaraciaba.

De 1964 a 1966, David integrou o Conjunto Mensageiros do Samba. Na ocasião, a convite de Natal, foi para a Portela, onde desfilou até 1976. Após alguns anos na Imperatriz, lá formou o grupo TB Samba. Depois, tornou-se evangélico, agastou-se do meio musical. Em 1992 retornou à Portela, apresentado por Alberto Lonato que, vítima de um acidente cardiovascular, não pode mais tocar pandeiro.

Embora toque qualquer instrumento de percussão em uma bateria de escola de samba, David destacou-se no pandeiro. Em excursão ao Uruguai, em 1953, com os grupos Tião Copeba e suas Passistas e Jupira e suas Cabrochas, foi chamado de El demo de la pandereta, por causa das estripulias que fazia com o instrumento.

David do Pandeiro trabalhou com Carlos Machado e Walter Pinto. Também acompanhou Carmem Costa e Elisete Cardoso, no Meninão, casa noturna paulista.

Fonte: VARGENS, João Baptista M; MONTE, Carlos Monte. A Velha Guarda da Portela. 2. ed. Rio de Janeiro: Manati, 2004.



sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Camarote Portela vai estrear na Marquês de Sapucaí em 2019


Localizado no setor 3 da Avenida, espaço receberá shows de estrelas do samba e de integrantes da Azul e Branco

Já pensou ver os desfiles da Marquês de Sapucaí num camarote com posição privilegiada, shows exclusivos de estrelas do samba e do elenco da Portela, alta gastronomia, além de open bar premium e muito conforto? Pois esses serão só alguns dos atrativos do Camarote Portela, que vai estrear no Sambódromo, no próximo carnaval.

Idealizado pela diretoria da maior campeã do carnaval carioca em parceria com um grupo de investidores, o Camarote Portela surge com o objetivo de proporcionar uma experiência única para os foliões, levando um pouco da história, da tradição e das personalidades da Azul e Branco para a Passarela do Samba.

>>> VEJA VÍDEO DE DIVULGAÇÃO DO CAMAROTE PORTELA!

Localizado no setor 3 da Avenida, área nobre do Sambódromo, o Camarote Portela terá, ainda, um grande lounge que vai reunir amantes de carnaval de todas as idades, além de turistas nacionais e internacionais que queiram conhecer os desfiles das escolas de samba, no maior espetáculo da Terra.

A iniciativa também surge como uma fonte alternativa de receita para o desfile da Majestade do Samba, já que a escola vai ganhar com a utilização de sua marca no espaço, que será viabilizado exclusivamente com recursos de empresários. A ação ajudará, ainda, a rentabilizar a nova marca da agremiação, lançada recentemente após ousado e pioneiro projeto de branding.

"A Portela está sempre buscando novas formas de gerar recursos e fortalecer sua marca. O Camarote Portela é um empreendimento com o qual se espera um bom retorno para a escola. Podemos garantir que será uma experiência inesquecível para todos os foliões", destaca o presidente da Portela, Luis Carlos Magalhães. "Temos a certeza que o Camarote Portela será um sucesso. Além de todo o conforto para ver os desfiles, vamos oferecer serviço de alta qualidade nas bebidas e no bufê. É um novo conceito sendo criado na Sapucaí, com a marca, o charme, a tradição e os sambas da Portela", completa Victor Rocha, representante das empresas Gabarito e Forma e Privilège, parceiras no projeto.




Carnaval do Rio movimentou R$ 3 bilhões em 2018, revela Minc/FGV

Por Romulo Tese


Carnaval do Rio de Janeiro foi responsável sozinho pela movimentação de R$ 3 bilhões em 2018, revela estudo do Ministério da Cultura (Minc), em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgado nesta quinta-feira, 20.

O dado é parte do levantamento feito junto aos eventos realizados sob a chancela do Programa Rio de Janeiro a Janeiro, no âmbito do estado.

Para se ter uma ideia da importância dos dias de momo, todo o programa teve um impacto de R$ 8,8 bilhões na economia fluminense – ou seja, o Carnaval sozinho é responsável por mais de um terço do montante movimentado, incluindo eventos culturais, desportivos e corporativos.

Depois do Carnaval, o Réveillon aparece com R$ 1,94 bilhão de giro.
Na divisão por mês, fevereiro foi responsável por R$ 3,7 bilhões – de longe o período com o maior giro econômico. Em segundo vem janeiro, com R$ 2,3 bilhões.

Ainda segundo o levantamento, cada real gasto nos projetos do programa movimentou R$ 17,61 na economia, no que os técnicos chamam de alavancagem econômica. O cálculo é feito com base nas despesas na produção do evento e também nos gastos do público, incluindo turistas e moradores do Rio.

Números para debate
Os recursos bilionários que o Carnaval movimenta no Rio de Janeiro têm servido de combustível para acalorados debates sobre o investimento da prefeitura no evento – precisamente nos desfiles das escolas, alvo de seguidos cortes de verba por parte da administração de Marcelo Crivella.

O prefeito alega falta de recursos para realizar a redução do montante investido. Em 2017, a subvenção caiu de R$ 2 milhões para R$ 1 milhão. Este ano, a expectativa é que o valor sofra nova diminuição: no momento, as escolas só têm garantidos R$ 500 mil, já publicados no Diário Oficial, no total de R$ 7 milhões para o Grupo Especial.

As agremiações dizem que é pouco e, além disso, reclamam que o valor não foi o combinado. Alguns dirigentes citam números como esses divulgados nesta quinta pelo Minc para defender mais investimentos pela prefeitura, que por sua vez já afirmou em outra ocasião que o volume movimentado não corresponde ao total arrecadado com impostos, que ficaria em torno de R$ 90 milhões.

Veja tabela por mês do programa Rio de Janeiro a Janeiro (fonte: Minc/FGV):




Então é Natal! Glória Pires e Orlando Morais ajudam Portela a fazer ceia coletiva

Por Redação


Portelenses de carteirinha, a atriz Glória Pires e o músico Orlando Morais, casados há 31 anos, estão sempre atentos ao que rola nos bastidores da azul e branco de Oswaldo Cruz e Madureira, na Zona Norte do Rio. O carinho pela escola fez, inclusive, com que os dois ajudassem o Departamento de Cidadania da Portela a viabilizar uma festa de fim de ano dedicada a 300 pessoas de todo o município do Rio, grande parte delas atendidas por projetos sociais. A ação, que acontecerá graças à doação do casal e de outros apoiadores, está marcada para este domingo, 23.

— A gente realmente acredita no amor ao próximo, que uma mão lava a outra, e que com todo mundo junto a festa é maior. Desejamos um feliz Natal para a nossa linda família portelense — disse Glória à dentista Hellen Mary Costa, que é diretora do departamento e responsável pelo atendimento odontológico das pessoas que frequentam as atividades da “Majestade do Samba”.

Orlando seguiu o discurso da mulher e também fez votos de que a comemoração esteja à altura das crianças e dos jovens (e também dos adultos) que são atendidos na quadra da rua Clara Nunes, em aulas de pré-vestibular, danças cigana, do ventre, styletto, balé, além de jiu-jitsu e assistência odontológica:

— Estamos muito felizes com essa festinha! Aproveitem bastante, curtam muito e incendeiem essa criançada de alegria.

Falta de recursos preocupou coordenadora
Ao Sambarazzo, Hellen disse que ficou feliz quando soube da doação feita pelo casal de artistas porque estava preocupada com a dificuldade de realizar a ceia coletiva, prometida antecipadamente aos participantes. Ela acredita que o espírito do Natal tenha contagiado os corações dos ilustres portelenses.

— Estávamos desanimados e preocupados. Faltam poucos dias e não sabíamos como fechar. Tem a expectativa das crianças, adolescentes e adultos envolvidos no nosso projeto. Muitos nunca tiveram uma ceia, não têm o que comer. Quando a gente viu que faltava muita coisa, fiquei preocupada — relembra, agora aliviada ao saber da doação.
Glória e Orlando são apaixonados pela Portela e vira e mexe desfilam junto com a azul e branco na Sapucaí  Foto: AgNews
Fonte: www.sambarazzo.com.br

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Se Tia Doca fosse viva, completaria amanhã 86 anos.


Doca
(Jilçária Cruz Costa)

Nasceu em 20 de dezembro de 1932. Sua família era da Serrinha, reduto do Império Serrano. É prima da cantora e compositora Ivone Lara. O pai, Aragão, foi jogador do Vasco da Gama, do Sírio e Libanês e do Andaraí, onde foi companheiro de Dondon, imortalizado em um samba de Nei Lopes, gravado por Zeca Pagodinho. Um dos tios de Doca, o famoso Arubinha, foi grande jogador do Andaraí e do Sírio Libanês. A mãe, dona Albertina, foi a primeira porta-bandeira da Prazer da Serrinha e só parou de desfilar quando a escola acabou. Seguindo os passos da mãe, Doca já era, aos 14 anos, porta-bandeira da Unidos da Congonha, em Vaz Lobo. Seu mestre-sala era Binício que, mais tarde, formaria na Portela com a extraordinária Wilma o casal mais famoso do carnaval carioca.

Tia Doca, como foi conhecida, atravessou a linha auxiliar da Central e chegou a Oswaldo Cruz pelas mãos do marido, Altair, filho do compositor Alvarenga da Portela, com quem teve 11 filhos.

O primeiro carnaval de Doca na Portela coincidiu com a estreia de Candeia como compositor de samba-enredo em parceria com Altarir Prego. O tema da escola era “Seis datas magnas”. Foi pastora da escola, destaque e presidente de ala por três anos. Desfilou também na Ala de Compositores e entre os diretores. Entrou para a Velha Guarda por sugestão de Alberto Lonato. Tendo como “examinadores” Alvaiade e Armando Santos, passou no teste e entrou em substituição a Vicentina.

Era muito ligada a Clara Nunes, que não dispensava sua companhia nos dias de carnaval. Permaneciam juntas desde a concentração até a tarde do dia seguinte.

Durante alguns anos, a Velha Guarda reuniu-se, aos domingos, no quintal de Doca. Na Rua João Vicente, entre Oswaldo Cruz e Madureira, Doca manteve um pagode muito concorrido, que festejou jubileu de prata. Vangloriava-se de sua viagem a Roma com a Velha Guarda e manifestava grande satisfação por ter cantado em um país estrangeiro, ao lado de outros 36 artistas brasileiros.

Segundo Paulinho da Viola, Doca tem as características determinantes de uma boa pastora de escola de samba: afinação e ginga. É compositora do partido-alto “Temporal”, por ela gravado em disco de Monarco, e do samba “Orgulho negro”, em parceria com seu filho Jadilson Costa, e gravado por Jovelina Pérola Negra.

Tia Doca faleceu em25 de janeiro de 2009.
Fonte: VARGENS, João Baptista M; MONTE, Carlos Monte. A Velha Guarda da Portela. 2. ed. Rio de Janeiro: Manati, 2004.



segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Portela fará confraternização e arrecadação de alimentos no último ensaio de comunidade do ano


Componentes estão convocados a comparecer usando roupas brancas nesta quarta-feira

O último ensaio de comunidade da Portela em 2018, nesta quarta-feira (19), será mais do que especial. Além de uma grande confraternização com a presença de todos os segmentos e alas, a escola promoverá uma campanha de arrecadação de alimentos não perecíveis para uma instituição beneficente.

Para tornar o evento ainda mais inesquecível, a comissão de Harmonia da agremiação pede que todos os componentes compareçam com roupas brancas, simbolizando paz, união e uma corrente de energia positiva para o próximo ano.  

A diretoria solicita, ainda, que cada desfilante (que puder) leve um quilo de alimento não perecível. Parte dos mantimentos será doada para a campanha Natal Sem Fome, promovida pela ONG Ação da Cidadania em parceria com o Madureira Shopping. Outra parte será encaminhada para a Casa de Apoio à Criança com Câncer São Vicente de Paulo, em Colégio, na Zona Norte. Os alimentos também podem ser entregues diariamente na quadra da Portela, de segunda a sexta-feira, de 9h às 17h. Outro ponto de coleta para a campanha Natal Sem Fome fica na loja de Natal do Madureira Shopping (Estrada do Portela, 222, primeiro piso).

Formada por Chopp, Leonardo Brandão, Nilce Fran, Marcio Emerson, Sérvolo Alves, Jorge Barbosa e Valter Moura, a comissão de Harmonia da Portela também vai aproveitar o ensaio para homenagear Clara Nunes, tema do enredo para 2019. Vale ressaltar que não haverá ensaio de canto nos dias 26 de dezembro e 2 de janeiro. 

A quadra da Portela fica na Rua Clara Nunes 81, em Madureira. A entrada é franca e a classificação, livre.


 
Foto: Leo Cordeiro
Legenda: Marlon Lamar e Lucinha Nobre formam o primeiro casal de MS/PB da Portela

domingo, 16 de dezembro de 2018

Alcides Dias Lopes


Se Alcides fosse vivo, completaria amanhã 109 anos.

Alcides Dias Lopes, também chamado de Malandro Histórico da Portela, foi um dos mais lendários nomes da Portela, responsável pela resposta de improviso na segunda parte das composições (era um mestre de canto) durante osdesfiles e as rodas de samba.

Excelente partideiro, sua prodigiosa memória fez fama. Alcides era capaz de impressionar até mesmo os mais experientes versadores. Foi ainda o grande responsável pelo registro oral das obras de Paulo da Portela e de seus companheiros mais antigos, fundadores da Escola. Era capaz de contar com detalhes toda a história da Portela.

Nasceu em 17 de dezembro de 1909 e morreu no dia 09 de novembro de 1987, no Rio de Janeiro, cidade que amava. Na juventude, levou vida de malandro, vagando sem destino e sem ocupação fixa pelas ruas do Rio. Seu primeiro emprego só veio depois do casamento com Guiomar, com quem teve quatro filhos.

Foi manobrista e sinalizador de trens da Rede Ferroviária Federal, trabalhando perto do subúrbio de Benfica. Tornou-se então um “chefe de família”, aposentando-se em 1947. Porém, mesmo trabalhando, Alcides nunca faltava aos ensaios da Escola. Estava sempre presente, com sua fisionomia fechada, seu tronco avantajado e seu modo simples de se vestir.

Em 1947, compôs seu samba mais conhecido, a autobiográfica “Vivo isolado do mundo” (‘Eu vivia/ isolado do mundo/ quando eu era vagabundo/ sem ter um amor/ hoje em dia/ eu me regenerei/ sou um chefe de família/ da mulher que amei’).

A primeira gravação desta música foi feita por Candeia e Manaceia, que incorporaram alguns versos, cantados até hoje nas rodas de samba. Monarco parece ter feito a gravação definitiva e Zeca Pagodinho regravou o samba, dando-lhe nova roupagem. Seu primeiro samba gravado foi “Olinda” – também chamado de “Vem, ó linda’”, parceria com Jair do Cavaquinho. A gravação se deu em 1965, com o próprio Jair e o conjunto A Voz do Morro.

Participou do primeiro disco da Velha Guarda da Portela, em 1970, com o belíssimo samba “Ando Penando”. Um de seus parceiros mais constantes foi Monarco. Da dupla, se destacam: “Amor de Malandro”, “Enganadora” (gravadas por João Nogueira), “Você pensa que eu me Apaixonei” (gravada por Beth Carvalho), “Se eu soubesse vem depois” (gravada por Roberto Ribeiro), “Abra as vistas, rapaz” (gravada por Zeca Pagodinho) e “Deixa meu nome em Paz” (gravada por Monarco e Velha Guarda da Portela).

Outro parceiro importante foi Chico Santana, com quem compôs “Eu vou embora”, “Minha orelha” e “Quanto mais eu rezo” (todas gravadas por Jorge Aragão). Um dos maiores divulgadores póstumos da obra de Alcides foi Zeca Pagodinho, que gravou “Dona do meu coração” (com participação de Argemiro), “Já sei de tudo, mulher”, “Meu tamborim” e “Vivo muito bem”, dentre outros.

Alcides compôs ainda com sambistas, como Nelson Cavaquinho, parceria que permanece inédita até hoje. Apesar de ter sido excelente intérprete e compositor, Alcides Lopes jamais gravou um disco individual. Os únicos registros disponíveis são duas participações ao lado de Dona Ivone Lara, nas canções “Quando a maré” (de Antônio Caetano) e “Já chegou quem faltava” (de Nilson Gonçalves), presentes no disco Samba: Minha verdade, minha raiz (Odeon, 1978). Como reconhecimento por sua contribuição à Portela, seu retrato foi incluído na galeria do Pavilhão de Canto do Portelão.




sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Portela vai selecionar mulheres para carro abre-alas


Inscrições serão recebidas na quadra, no dia 18 de dezembro; interessadas precisam ter entre 18 e 30 anos e altura mínima de 1,70 m, além de experiência em dança
  
A Portela vai selecionar, na próxima terça-feira (18), das 18h às 20h, em sua quadra, mulheres que queiram desfilar no carro Abre-Alas. As candidatas precisam ter idade entre 18 e 30 anos, altura mínima de 1,70 m e alguma experiência em dança. Para fazer a inscrição e tentar uma das vagas, é necessário levar uma foto 3x4, além de uma xerox da identidade e do CPF.

Sob a coordenação do diretor teatral João Batista e da coreógrafa Dani Cavanellas, as escolhidas serão convocadas posteriormente para o primeiro ensaio, que será realizado na Cidade do Samba, em data a ser definida. Por isso, é importante que todas as interessadas tenham disponibilidade de horário. Vale ressaltar também que as vagas são limitadas.

Parceiros de longa data da carnavalesca Rosa Magalhães, João Batista e Dani Cavanellas já fizeram trabalhos com alas e carros teatralizados na própria Portela, além de Imperatriz, União da Ilha, Vila Isabel, Mangueira e São Clemente.

Terceira agremiação a entrar na Avenida, na Segunda-feira de Carnaval, a Portela lutará pelo 23º título de sua história com o enredo "Na Madureira Moderníssima, Hei Sempre de Ouvir Cantar uma Sabiá", da carnavalesca Rosa Magalhães. O tema vai exaltar a eterna cantora Clara Nunes (1942-1983).
  
Serviço:
Inscrição e seleção de mulheres para o Abre-alas da Portela - Carnaval 2019
Data: Terça-feira, dia 18 de dezembro
Horário: Das 18h às 20h
Local: Quadra da Portela
Endereço: Rua Clara Nunes 81, Madureira (sala do Departamento de Comunidade)

Requisitos
- Ter entre 18 e 30 anos
- Altura mínima de 1,70 m
- Alguma experiência em dança

Observação importante: Vagas limitadas!



  

Crédito da foto: Raphael Perucci
Legenda: Dani Cavanellas e João Batista serão os responsáveis pela seleção