Na noite da última sexta-feira (30), estudantes pesquisadores da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) promoveram um evento intulado
‘Mérito Acadêmico’ na Cidade do Samba. O grupo oriundo do Observatório de
Carnaval (Obcar), pertencente ao Laboratório de Estudos da Imagem e Som
(Labedis) do Museu Nacional, reuniu personalidades na entrega de considerações
acadêmicas sobre os sambas e enredos do Carnaval 2019.
Tiago Freitas, doutorando
em Linguística pela universidade e idealizador do projeto, explicou a
iniciativa: “O Observatório foi projetado em novembro de 2017 com a missão
primeira de promover a integração multidisciplinar de áreas da academia,
fomentando o espaço científico para as discussões carnavalescas no âmbito da
graduação e .pós-graduação”.
“A meta é fortalecer a observação do Carnaval em âmbito de
discurso (imagem, linguagens literárias, linguística, artes, movimento,
economia, historicidade, arquiteturas, territorialidades e comunicação e
afins)”, destacou o coordenador.
A festa reuniu
personalidades como: Rosa Magalhães, Renato Lage, Severo Luzardo, Alexandre
Louzada, Jorge Silveira e Hélcio Paim. Um dos apoiadores e responsáveis pela
execução do Mérito, Milton Cunha, atentou a importância da iniciativa pela
situação que a festa popular está passando: “É um órgão universitário
referendando a perspectiva cultural da escola de samba. Isso nos ajuda a dizer:
‘Vejam como somos importantes, até o Observatório do Carnaval nos dá um mérito
acadêmico'”.
“É uma forma de reunir todos, e depois usar a cerimônia para
passar uma mensagem à gestão pública: ‘Olha, até a universidade reconhece nossa
competência cultural'”, ressaltou o comentarista.
Um dos carnavalescos homenageados na noite, Jack Vasconcelos, também
formado pela UFRJ, falou sobre a necessidade de uma análise dos enredos: “Eu
acho urgente essa aproximação do Carnaval com a academia. Isso é tradição, a
gente não pode deixar que as adversidades e alguns problemas afrouxe esse laço
tão tradicional. E mais bacana ainda é perceber o interesse do jovem pelo que
as escolas estão fazendo. Pesquisar a festa é necessário. Eu enxergo os enredos
como o momento que o grande público tem acesso a sua própria história e
formação. Os enredos são uma forma do povo ‘se enxergar'”.
Fonte: www.srzd.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário