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sábado, 12 de março de 2016

Paulo Barros curte churrasco com funcionários da Portela: ‘Sou igual a eles’

Por Luiz Felippe Reis

É bem verdade que o carnavalesco Paulo Barros é daqueles que adoram pegar um avião e curtir vários lugares do Rio, do Brasil e do mundo, e isso o Sambarazzo já mostrou faz tempo – como nas idas para Minas Gerais, Miami, Búzios, Europa… As viagens viraram até enredo nas mãos e mente do artista em 2016 pela Portela. Mas nem sempre ele precisa ir muito longe para viver bons – e alguns dos melhores – momentos.

A tarde e a noite desta quinta-feira, 10, foram exemplos fieis disso. É que Paulo passou o dia de folga num churrasco promovido especialmente para os funcionários da Portela, que rolou na porta do barracão da azul e branco, na Cidade do Samba, Centro do Rio. A festança serviu para reunir toda a turma que fez a diferença na execução de um carnaval inesquecível pelas bandas de Madureira e nas memórias mais ressonantes do carnavalesco.

Tricampeão do Carnaval, artista mais bem pago e conhecido da festa Brasil afora, capaz de impressionar o público com surpresas de tirar o fôlego na Avenida… esse é Paulo Barros. Os meios para esses fins parecem se apegar, além do reconhecido talento, na gratidão a quem, mesmo que de maneira singela, ajudou no sucesso.

– Esse reencontro é pra festejar e celebrar um trabalho que foi de sucesso. E foi de sucesso por contar com essas pessoas que não aparecem pro público. Reuni algumas pessoas aqui, todos importantes… é o motoboy, o cara dos serviços gerais, o ajudante… são pessoas que não aparecem. São pessoas que ficaram 24 horas aqui (no barracão) trabalhando. A gente tinha ensaios de madrugada, e essas pessoas estavam aqui. A gente tem que dar o valor a elas. Eu brinquei com aquela história da alma gêmea do Moisés (diretor de barracão da Portela), mas é exatamente isso. Eu encontro uma equipe de algumas almas gêmeas. Esse momento serve pra isso, pra gente mostrar que é um grupo só – disse Paulo Barros, que está renovadíssimo com a Portela para o Carnaval 2017.

Junto e misturado aos operários de barracão da Portela, Paulo Barros não se esqueceu dos esforços dos funcionários portelenses para que cada detalhe não fugisse do controle, e a Águia fizesse o desfile dos sonhos, como fez. Se o campeonato não foi possível desta vez, a certeza da missão cumprida ficou de legado.

– Quero dizer que todos são importantes nesse processo, independentemente do cargo que exerçam. Muitas pessoas me colocam numa posição de um patamar maior. Eu não estou em patamar maior em nada, estou no mesmo patamar deles. Eu preciso de todos eles pra que isso aconteça, então essas pessoas foram fundamentais na construção, na confecção e na execução do carnaval. Sem elas, a gente não teria tido o sucesso que a gente teve. Quando eu chego num barracão, e isso acontece em toda a escola, as pessoas me tratam como se eu estivesse num patamar maior, que eu tenho que ser visto de maneira diferente, e não é nada disso. É uma equipe que se entende, que trabalha, e essa confraternização hoje é para que a gente se sinta no mesmo espaço, no mesmo nível. Tô aqui pra mostrar que eu sou igual a eles. Cada um na sua função, com seu comprometimento, cada um com sua responsabilidade – finalizou o carnavalesco, que deixou o carro em casa e foi de táxi para poder beber com os companheiros de trabalho.

A Portela ficou em 3° lugar no Grupo Especial de 2016 e voltou pela terceira vez seguida ao Sábado das Campeãs, que envolve as seis melhores da festa, de onde Paulo Barros só ficou de fora em duas oportunidades (Viradouro 2008 e Mocidade 2015) nos 13 carnavais assinados por ele na elite.

Junto e misturado! Paulo Barros se acabou num churrasco com os operário de barracão da Portela: “Sou igual a eles” – Foto: Irapuã Jeferson

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