Por Luana Freitas
O SRZD recebeu
reclamações sobre a inscrição de pessoas com deficiência para assistir aos
desfiles no Sambódromo, e a secretaria responsável pelo serviço esclareceu o
ocorrido.
De
acordo com a denunciante, sua tia, que acompanha os desfiles há 20 anos e é
deficiente auditiva, foi realizar sua inscrição e não teve o direito de
escolher os dias que gostaria de ir. Segundo ela, os atendentes determinavam os
dias e alegavam que era ordem da prefeitura. Ela acabou conseguindo ingressos
apenas para o sábado e segunda-feira de Carnaval.
A Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência esclareceu ao SRZD que
os cadeirantes têm direito a acompanhar os quatro dias de desfile porque têm
uma área reservada especialmente para receber cadeiras de rodas, que fica à
frente da frisa, garantindo a mobilidade e melhor visão do espetáculo. Os
portadores de outras deficiências, que ficam em outro espaço, também no Setor
13, poderiam escolher apenas dois dias, entre sexta e sábado (desfiles da Série
A) e domingo, segunda (desfiles do Grupo Especial) ou Desfile das Campeãs.
Um
quadro de aviso com todas as regras foi colocado no local das inscrições, que
foram encerradas na última terça-feira, para que não surgissem dúvidas.
A
secertaria ainda esclareceu que o projeto foi ampliado para este ano.
Anteriormente, os portadores de deficiência poderiam assistir apenas aos
desfiles do Grupo Especial nestas condições.
Segundo
a secretaria, as incrições correram bem, de forma geral.
Entenda
o serviço
Este
ano, os desfiles vão contar com um sistema de audiodescrição para deficientes
visuais. Na frisa do Setor 13, serão disponibilizados 50 fones de ouvidos, e um
narrador profissional passará todos os detalhes, direto de uma cabine. Além
disso, um espaço mais à frente será reservado para os usuários de cadeiras de
rodas, bem como uma área para pessoas com outros tipos de deficiência.
Foram
distribuídos 300 ingressos gratuiros por dia de desfile para que pessoas com
deficiência pudessem se inscrever, de acordo com as regras estabelecidas.
A
secretária Georgette Vidor falou sobre os benefícios do projeto. "Os
deficientes visuais não costumam ir muito (aos desfiles), porque mesmo com uma
pessoa do lado falando e com a música não é o mesmo que uma um técnico
apresentando um roteiro para o entendimento do que a escola está apresentando.
Assim haverá mais interesse por parte desse público e é o mínimo que podemos
fazer para que os direitos das pessoas com deficiência sejam respeitados."
Georgette,
que ainda pretende conversar com vereadores para transformar a iniciativa em
lei, disse que as fantasias deixadas na Avenida após os desfiles serão levadas
até o Setor 13 para que os deficientes visuais possam sentir a textura dos materiais.
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