A cidade do Rio de Janeiro se acostumou com prefeitos entusiastas do Carnaval carioca. César Maia – pai da Cidade do Samba – e Eduardo Paes – dono de investimentos nas quadras e responsável por dobrar a subvenção da prefeitura – eram figuras cativas nos desfiles. Com Crivella até 2020, as escolas de samba terão que se adaptar à nova realidade, mais distante e menos fraterna.
No último dia 1°, durante a festa de Réveillon da cidade do Rio, o chefe do executivo municipal foi sincero, pelo menos, admitindo pouca simpatia pela festa mais popular do Brasil. Em entrevista ao jornalista Bruno Astuto, da Revista Época, Crivella deixou claro o distanciamento, tão sentido na pele pelos sambistas cariocas.
– Não sou como o Eduardo Paes, que era um carnavalesco. Sou evangélico, nunca fui de carnaval. Não tem a ver com o meu meio. Eu não vou desfilar, soaria falso. Não obrigo ninguém a ser como eu. Assim como não quero que me obriguem a ser como não sou – declarou o prefeito na festa de Réveillon do Belmond Copacabana Palace.
Crivella – eleito em outubro de 2016 com apoio institucional de escolas de samba e de ligas – resolveu cortar a subvenção em 50% do Grupo Especial, da Série A e das escolas mirins. A questão gerou desdobramentos, como um parcial cancelamento dos desfiles, depois desfeito, e o dos ensaios técnicos, que não rolarão nesta temporada. Até hoje, o contrato com a Lierj – que comanda a Série A – não foi assinado, o que coloca em dificuldades as agremiações que desfilam na principal divisão de acesso do Carnaval carioca.
Fonte: www.sambarazzo.com.br
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