Por 15
anos os ensaios técnicos da Sapucaí foram muito mais do que simples
treinamentos no campo de jogo. A atração juntava turistas, comunidades e povão
num só espaço e fazia uma baita divulgação do Carnaval que se aproximava. O
maior elo entre as escolas e os apaixonados por samba se perdeu, mas, pelo
menos, Mocidade e Portela vão tirar um pouco dessa amargura no dia 4 de
fevereiro, quando as duas vão ensaiar na Avenida no tradicional teste de som e
luz do Sambódromo.
Pro
mestre de bateria Nilo Sérgio, da Portela, esse privilégio das duas campeãs de
2017 é uma vantagem competitiva, pelo menos pras baterias.
–
É injusto não ter pra todas. Faz falta pras baterias com certeza. A escola vê o
canto dentro da quadra, a dança… a comissão e o casal vêm aqui na Sapucaí
ensaiar outros dias, mas a bateria tem que ser no campo de jogo, sentindo o
clima. E sobre o som da Avenida é bom saber como vai se comportar, com o ritmo
do cantor, e não vai ter isso, as baterias perderam essa chance – disse Nilo
Sérgio, que há 13 anos comanda a “Tabajara do Samba”.
Em
julho, após uma das últimas reuniões com o prefeito do Rio, o presidente da
Liesa, Jorge Castanheira, confirmou uma possibilidade que já se evidenciava nos
bastidores: a de não haver ensaios técnicos. Nada de novo e animador surgiu, e
os treinos da Avenida tiveram um triste fim decretado.
–
Não tenho como fazer ensaio técnico. Obviamente, a prefeitura não pode arcar
com tudo. São 15 anos fazendo ininterruptamente, com a liga custeando tudo
isso, infelizmente não temos orçamento – disse Castanheira no meio de 2017.
Mestre Nilo Sérgio vê vantagem pra Portela e Mocidade, que vão realizar ensaio técnico com a Sapucaí lotada no dia 4 de fevereiro – Foto: Michele Iassanori
Fonte: www.sambarazzo.com.br
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