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quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Maria Rita é apresentada como musa do camarote Rio Samba e Carnaval e enaltece amor pela Portela

Por Daniela Lima Safadi

Cada vez mais envolvida com a folia carioca, Maria Rita assumirá mais um compromisso especial esse ano, será musa do camarote Rio, Samba e Carnaval, conhecido como primeira classe da Avenida, pelo tratamento vip dado aos convidados. O anúncio foi feito nesta terça-feira, durante um coquetel no Sofitel Ipanema, na Zona Sul do Rio.

– É uma honra muito grande! É uma homenagem. Ser musa de um camarote tão tradicional tem um valor muito maior do que só se vestir de gata, de linda no carnaval – frisou a cantora.

Milton Cunha apresentou o evento elogiou a coroa especial feita para Maria Rita. A cantora estava radiante com o momento. Durante o evento, a artista confessou que levou um tempo para assimilar o convite de Maurício Mattos para ser musa do camarote, apesar de já ser madrinha do bloco Cordão da Bola Preta, e de desfilar na Portela.

– Eu estava em um evento na UBC (União Brasileira de Compositores) fazendo um show pro Gil… Foi difícil. Estava emocionada, tensa… Também cantei uma música difícil… E aí eles chegaram para falar comigo. Acho que por causa da adrenalina ainda do show eu não entendi muito bem. E pô, musa de camarote? Eles repetiram e falaram com uma espontaneidade… E eu estava emocionada. É sério isso? Aí “tico e teco” entraram numa disputa ali (risos). Levei um tempo pra assimilar… Não na hora, mas assimilei e aceitei, claro. Afinal de contas é uma honra e aí com o passar dos dias a minha ficha foi caindo… É uma honra, carnaval é um negócio muito sério – pontuou Maria Rita.

O empresário Maurício Mattos explicou a opção pela cantora.

– A Maria Rita é portelense. Ela foi escolhida por isso e porque tem uma história de ser bamba do samba. É a nossa musa do camarote Rio Samba e Carnaval. Será um enorme sucesso – disse o empresário Mauricio Mattos.

Apesar do momento de crise econômica no carnaval, Maurício Mattos ressaltou o poder de superação da folia e o espetáculo.

– Vamos abrir o camarote todos os dias. O momento do carnaval é difícil, mas o presidente da Riotur tem feito uma brilhante administração. Será um amplo sucesso e resultado. O ano de 2017 já lavou minha alma com o título da Portela – afirmou.

Apaixonada por carnaval, Maria Rita contou que encarou o convite para ser musa como uma homenagem, um reconhecimento pela trajetória traçada no samba.

– Uma das coisas que mais me emociona no carnaval é ver a mobilização das comunidades em prol daqueles 75 minutos e tudo o que envolve o carnaval, desde os foliões bagunceiros, felizes… Essa coisa sem pretensão… E não tem razão de ser, só é. E ser envolvida nesse aspecto quanto musa de um camarote tão tradicional… Eu recebi como um reconhecimento. De toda essa minha trajetória de ser sambista. Cada vez que acontece algum tipo desse reconhecimento é um alívio que me dá. Penso: as pessoas estão entendendo o que eu estou fazendo.

Relação de amor com a Portela

Ainda falando de amor ao carnaval, Maria Rita contou que não escolheu ser Portela, foi se encantando pela escola e quando se deu conta já estava mais que envolvida.
– O Monarco é um rei! Eu sempre achei que a gente escolhia escola de samba, mas eu tava enganada. Fui me encantando, me encantando e um dia já estava apaixonada. Tem uma música do Ivan Lins que ele fala isso, que ele escreveu pra mulher dele, acho que era mangueirense, não sei. Mas ele torcia por uma escola e quando ele se casou com a Valéria que é portelense ele começou a se encantar pela Portela, através dos olhos dela, e se apaixonou pela Portela… E é mais ou menos isso. É um encantamento que a Portela trouxe e eu me entreguei.

Esse ano, Maria Rita vai desfilar pelas ruas do Centro do Rio, mais um ano como Madrinha do Cordão do Bola Preta. Apesar de amar a posição que ocupa, acredita que poderia ajudar mais a instituição. Mas adiantou que tem projetos para o Bola, que só precisam ser colocados em prática.

– Sou madrinha há dez anos. Eu amo o carnaval de rua, amo o Bola (Preta). Quando acaba o desfile já fico pensando, meu Deus e ano que vem, o que vou fazer? O que vou vestir? Me envolvo de verdade. Tenho um monte de projetos para o Bola Preta na minha cabeça… Eu enquanto madrinha, sinto que não estou cumprindo meu papel 100%. É uma batalha árdua porque carnaval de rua tem uma realidade… Se tudo que está na minha cabeça der certo… nos aguarde – disse Maria que comentou ainda sobre a situação do carnaaval carioca.


– O carnaval não vai acabar, não vai morrer. É muito forte. A nossa cultura é muito calcada nisso… Não vai morrer não!

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