Cada vez mais envolvida com a folia
carioca, Maria Rita assumirá mais um compromisso especial esse ano, será musa
do camarote Rio, Samba e Carnaval, conhecido como primeira classe da Avenida,
pelo tratamento vip dado aos convidados. O anúncio foi feito nesta terça-feira,
durante um coquetel no Sofitel Ipanema, na Zona Sul do Rio.
– É uma honra muito grande! É uma homenagem. Ser musa de um
camarote tão tradicional tem um valor muito maior do que só se vestir de gata,
de linda no carnaval – frisou a cantora.
Milton Cunha apresentou o evento elogiou a coroa
especial feita para Maria Rita. A cantora estava radiante com o momento.
Durante o evento, a artista confessou que levou um tempo para assimilar o
convite de Maurício Mattos para ser musa do camarote, apesar de já ser madrinha
do bloco Cordão da Bola Preta, e de desfilar na Portela.
– Eu estava em um evento na UBC (União Brasileira de Compositores)
fazendo um show pro Gil… Foi difícil. Estava emocionada, tensa… Também cantei
uma música difícil… E aí eles chegaram para falar comigo. Acho que por causa da
adrenalina ainda do show eu não entendi muito bem. E pô, musa de camarote? Eles
repetiram e falaram com uma espontaneidade… E eu estava emocionada. É sério
isso? Aí “tico e teco” entraram numa disputa ali (risos). Levei um tempo pra
assimilar… Não na hora, mas assimilei e aceitei, claro. Afinal de contas é uma
honra e aí com o passar dos dias a minha ficha foi caindo… É uma honra,
carnaval é um negócio muito sério – pontuou Maria Rita.
O empresário Maurício Mattos explicou a opção pela
cantora.
– A Maria Rita é portelense. Ela foi escolhida por isso e porque
tem uma história de ser bamba do samba. É a nossa musa do camarote Rio Samba e
Carnaval. Será um enorme sucesso – disse o empresário Mauricio Mattos.
Apesar do momento de crise econômica no carnaval,
Maurício Mattos ressaltou o poder de superação da folia e o espetáculo.
– Vamos abrir o camarote todos os dias. O momento do
carnaval é difícil, mas o presidente da Riotur tem feito uma brilhante
administração. Será um amplo sucesso e resultado. O ano de 2017 já lavou minha
alma com o título da Portela – afirmou.
Apaixonada por carnaval, Maria Rita contou que encarou
o convite para ser musa como uma homenagem, um reconhecimento pela trajetória
traçada no samba.
– Uma das coisas que mais me emociona no carnaval é
ver a mobilização das comunidades em prol daqueles 75 minutos e tudo o que
envolve o carnaval, desde os foliões bagunceiros, felizes… Essa coisa sem
pretensão… E não tem razão de ser, só é. E ser envolvida nesse aspecto quanto
musa de um camarote tão tradicional… Eu recebi como um reconhecimento. De toda
essa minha trajetória de ser sambista. Cada vez que acontece algum tipo desse
reconhecimento é um alívio que me dá. Penso: as pessoas estão entendendo o que
eu estou fazendo.
Relação de amor com a Portela
Ainda falando de amor ao carnaval, Maria Rita contou
que não escolheu ser Portela, foi se encantando pela escola e quando se deu
conta já estava mais que envolvida.
– O Monarco é um rei! Eu sempre achei
que a gente escolhia escola de samba, mas eu tava enganada. Fui me encantando,
me encantando e um dia já estava apaixonada. Tem uma música do Ivan Lins que
ele fala isso, que ele escreveu pra mulher dele, acho que era mangueirense, não
sei. Mas ele torcia por uma escola e quando ele se casou com a Valéria que é
portelense ele começou a se encantar pela Portela, através dos olhos dela, e se
apaixonou pela Portela… E é mais ou menos isso. É um encantamento que a Portela
trouxe e eu me entreguei.
Esse ano, Maria Rita vai desfilar pelas ruas do Centro do Rio,
mais um ano como Madrinha do Cordão do Bola Preta. Apesar de amar a posição que
ocupa, acredita que poderia ajudar mais a instituição. Mas adiantou que tem
projetos para o Bola, que só precisam ser colocados em prática.
– Sou madrinha há dez anos. Eu amo o carnaval de rua,
amo o Bola (Preta). Quando acaba o desfile já fico pensando, meu Deus e ano que
vem, o que vou fazer? O que vou vestir? Me envolvo de verdade. Tenho um monte
de projetos para o Bola Preta na minha cabeça… Eu enquanto madrinha, sinto que
não estou cumprindo meu papel 100%. É uma batalha árdua porque carnaval de rua
tem uma realidade… Se tudo que está na minha cabeça der certo… nos aguarde –
disse Maria que comentou ainda sobre a situação do carnaaval carioca.
– O carnaval não vai acabar, não vai morrer. É muito
forte. A nossa cultura é muito calcada nisso… Não vai morrer não!
Fonte: www.carnavalesco.com.br
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