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sábado, 25 de março de 2017

Portela de Asas Abertas dedicado às mulheres recebe grande público e tem tarde com muito samba e cultura

Por GRES Portela

Uma tarde de celebração, cultura, consciência social, orgulho, diversão e muita música boa. Este foi o resumo do Portela de Asas Abertas em homenagem às mulheres realizado no sábado (18) na quadra da escola e que começou com uma grande salva de palmas à comunidade portelense pela conquista da 22ª estrela.

Conforme pontuou o diretor cultural da escola, Rogério Rodrigues, esta edição do Asas Abertas inaugurou um novo modelo, oferecendo um cardápio cultural mais amplo à comunidade e ao público em geral, com palestra, feira de empreendedoras, ação social inclusiva, gastronomia e homenagens a personalidades de relevância à cultura portelense. Vale ressaltar que a responsabilidade pela organização do evento foi das mulheres do Departamento Cultural da escola, entre elas Laís Vianna, Dandara Luanda, Maria Lúcia Silva, Marta Pinheiro e Rita Teles, do Consulado da Portela em São Paulo. Dandara e Rita compartilharam a alegria e os desafios envolvidos na organização desta empreitada.

A abertura musical ficou por conta da jovem cantora Marina Íris, que cantou sucessos de grandes sambistas como dona Ivone Lara, Jovelina Pérola Negra, Leci Brandão e Clara Nunes.
A professora e historiadora Helena Theodoro falou em tom entusiasmado a respeito da importância da mulher para a escola de samba e vice-versa. "Mulher é objeto de transformação na sociedade, especialmente na escola de samba e, em especial, onde estamos hoje, na Portela", disse. Helena celebrou a vocação da escola de samba como espaço de diferenças, em que a mulher pode exercer papel de destaque. Também estiveram presentes a diretora do Museu do Carnaval, Nilcea Freire, a primeira divulgadora das escolas de samba, Vera Lúcia Correia, da Portela, e a vereadora Marielle Franco.

O Cultural prestou homenagem à primeira pastora da escola, ainda do tempo de Paulo Benjamim de Oliveira, dona Lourdes, hoje com 92 anos, mas ainda lúcida. Ela foi representada pela filha Solange, baiana portelense, e que agradeceu o carinho e gratidão, sobretudo pelo fato de a honraria ser concedida em vida.

O grupo Moça Prosa incendiou o público com seu repertório, que encheu a quadra de vibração e força, coroando uma grande tarde-noite de samba, respeito e diversidade.
Ao longo do evento, a feira de empreendedoras com livros, roupas, turbantes, e outros acessórios ligados à temática afrobrasileira recebeu bom movimento, assim como a oficina de bonecas Abayomi, feitas de retalhos e sempre com o corpo negro, oferecido pelo Coletivo Filhas de Dandara. Foi arrecadada grande quantidade de absorventes femininos qa serem encaminhados ao sistema penitenciário do Rio de Janeiro, pelo Coletivo Elas Existem – Mulheres Encarceradas.

Como resumiu o presidente, Luis Carlos Magalhães, "é importante uma escola como a Portela ser campeã não só na avenida como durante o ano todo por meio de uma agenda cultural atuante". 


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