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quinta-feira, 28 de junho de 2012

Dirigentes decidem fazer nova eleição para o comando da Associação

Por João Santoro

Na noite de quarta-feira, os dirigentes das escolas que participam da Associação das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Aescrj), que comanda os Grupos C, D e D, decidiram por 14 votos a 11, que no dia 17 de julho haverá uma nova eleição para a presidência da Associação. Zezinho Orelha, atual presidente, poderá concorrer. As chapas podem ser inscritas até segunda-feira.

O presidente da Liesa, Jorge Castanheira, esteve presente na reunião da Associação. Com a nova eleição, o sorteio da ordem de desfile para o Carnaval de 2013 foi adiado.

Castanheira sobre declarações de Paes: 'Prefeito tocou em um ponto chave'

Por Rodrigo Coutinho

Elogiado pelo prefeito Eduardo Paes durante a cerimônia de lançamento do projeto da nova casa da Sebastiana, o presidente da Liesa concordou com as palavras de Paes a respeito das administrações das agremiações cariocas. Castanheira afirmou que as escolas precisam sim evoluir nesse sentido, apesar de já ter percebido melhora.

- Acho que o prefeito tocou em um ponto chave. Nos esforçamos para fazer das escolas cada vez mais profissionais e temos ainda um caminho para percorrer, apesar de já termos trilhado um longo espaço. Esse é o grande objetivo da Liga -  disse ele, que tem 28 anos de experiência em administração no carnaval.


Na tarde desta terça-feira, Paes pediu que as escolas de samba se espelhem nos blocos de rua do carnaval carioca.


- Gostaria muita que acontecesse com as escolas de samba o que aconteceu com os blocos no Rio de Janeiro. Deveria haver uma Sebastiana para as escolas de samba. Venho fazendo um esforço tremendo para ajudar todas escolas e elas deveriam se espelhar no que acontece aqui (nos blocos). É uma pena que nossas escolas de samba tenham administrações como essas que existem hoje. Não gosto da figura do patrono. Não é um recado politicamente correto e não gosto de lidar com gente assim. O Jorge Castanheira (presidente da Liesa) é um sujeito sério e que busca o mesmo caminho que estou fazendo. O desafio é levar isso para dentro das escolas - frisou Eduardo Paes.


quarta-feira, 27 de junho de 2012

Marcelo Freixo lança movimento com ativistas da cultura em defesa do carnaval carioca

O deputado estadual Marcelo Freixo participa, nesta próxima sexta-feira (29/6), às 19h, na Câmara Municipal, na Cinelândia, do ato de lançamento de um movimento em defesa do carnaval carioca, com apresentação de propostas concebidas pelo parlamentar em parceria com um coletivo de artistas, jornalistas e intelectuais da cidade. O evento será aberto à imprensa e ao público.

No manifesto "Nossa Avenida vai além do carnaval", o movimento defende a criação de uma Subsecretaria Especial voltada exclusivamente à folia, à valorização das escolas menores, dos blocos de rua e dos aspectos culturais dos enredos levados à Sapucaí.

Além de Marcelo Freixo, assinam o documento nomes de peso do mundo do samba e do carnaval, como o cenógrafo e carnavalesco Fernando Pamplona, considerado o pai do carnaval contemporâneo, ao instituir as temáticas africanas nas escolas de samba nos anos de 1960. Durante o ato, as pessoas presentes também poderão aderir ao movimento e assinar o seguinte manifesto:


Nossa Avenida vai além do carnaval
A partir dos anos de 1960, quando as escolas de samba assumiram o protagonismo do carnaval do Rio de Janeiro e instauraram uma espécie de nova ordem momesca, o desfile das grandes agremiações ganhou o status de "Maior Espetáculo da Terra". Foi uma metamorfose natural e processual, reflexo de uma cidade que também jamais parou de se transformar. Acabaram sendo "descobertos" redutos e bambas no balanço do trem ou na carona do então recém-inaugurado túnel Rebouças, aproximando classes e bairros. De lá pra cá, o Rio de Janeiro assistiu à construção do Sambódromo (1984) e à criação da Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba), em 1985, que conferiram avanços significativos rumo à dita "profissionalização", entregando ao espetáculo o público multidiverso e as vultosas cifras atualmente movimentadas. Entretanto, a partir do afastamento quase completo do poder público da organização dos desfiles (movimento iniciado há cerca de 20 anos), os valores culturais do que se leva à Avenida - fundamentalmente, as bases e a razão para a existência do "show" atual -, foram deixados de lado.

Muito além da característica comercial e turística, a folia carioca apresenta formação e função essencialmente culturais. Se existe o atual panorama de destaque econômico e midiático - o que engloba até mesmo a transmissão televisiva para outros países -, foi porque foram encontrados referenciais sólidos de crescimento: os rituais, símbolos, ícones, personagens, marcas identitárias e, até mesmo, culinária própria. O samba e suas escolas não têm apenas função recreativa, mas reforçam também nossa memória coletiva e, principalmente, afetiva. As feijoadas, os encontros nas quadras, nas ruas e a grande reunião anual na Avenida dos Desfiles, Marquês de Sapucaí, são espaços para a celebração e transmissão de saberes populares, algo de que a engrenagem comercial contemporânea - por mais que muitos não percebam -, também necessita para sobreviver.

Em qualquer cidade, a competência para a gestão do carnaval acontece na esfera municipal. No Rio de Janeiro, a história ganha novos personagens e as fontes de recursos financeiros ultrapassam os limites domésticos, alcançando dotações estaduais e federais. Esta característica é absolutamente compreensível, tendo em vista que a folia ultrapassou, inclusive, as fronteiras nacionais. Contudo, exige do poder um controle maior dos investimentos e recursos que, na esteira da festa, circulam por aqui. Além disso, há um controverso "anexo" à administração do "negócio" público: o comando é "compartilhado" com uma instituição privada, a Liesa. Alçada à condição de representante das escolas, a entidade foi ainda mais longe e também passou a dar todas as cartas do desfile, responsabilizando-se - entre outras funções -, até mesmo pela comercialização de ingressos (que podem ser adquiridos apenas em dinheiro vivo a partir de reservas feitas por telefone ou fax) e escolha dos julgadores. Ora, são estes vazios de influência pública que, aos poucos, têm minado aspectos importantes inerentes à folia. Vale ressaltar que desde 1935 o Estado cuida e incentiva financeiramente as escolas.

Assim como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos possuem órgãos próprios de planejamento, o carnaval carioca, por suas dimensões, necessita, também, de um tratamento nos mesmos moldes. Com algum exagero, para fins de exemplificação didática, é como se fizéssemos um Mundial de Futebol a cada mês de fevereiro ou março. Se, de maneira absoluta, o volume de recursos aplicado cresce a cada ano, por que a prestação de contas da subvenção ainda não é realizada de maneira satisfatória? Além disso, se o dinheiro público e a verba ligada aos direitos de transmissão (exclusiva) de televisão atingiram um patamar de cerca de R$ 5 milhões para cada escola (suficientes para a preparação de um carnaval competitivo), como explicar a corrida desenfreada por enredos patrocinados? Que legado deixaremos para a manutenção de uma festa cuja resistência está calçada em pilares que vêm sendo derrubados?

Para 2013, grande parte das agremiações do Grupo Especial já anunciou seus temas, quase todos patrocinados. O festival Rock In Rio, a Coréia do Sul, os criadores da raça de cavalos Mangalarga Marchador e os proprietários da Revista Caras são alguns dos novíssimos mecenas que irão expor suas marcas na Avenida, condicionando propostas temáticas única e exclusivamente à filigrana comercial. Eis o reflexo de um poder público que se limita a administrar os recursos como balcão de negócios, já que a prefeitura não garante o papel de influência sócio-cultural representado por uma de nossas maiores riquezas simbólicas. Ora, faz-se necessária a atuação de um órgão municipal (Subsecretaria) dedicado a pensar a folia carioca durante todo o ano, espelhando a importância alcançada por este evento com nuances tão particulares, e que influencia o conjunto da formação social carioca. Quando uma empresa ou pessoa física apresenta uma proposta para obter apoio financeiro - seja diretamente através de dinheiro governamental, ou obtendo autorização para captar em troca de isenção fiscal -, este projeto é analisado pelo ente público, e sua relevância é considerada para que os recursos ou isenção sejam concedidos. Basicamente, busca-se aqui processo semelhante para o carnaval.

Para receber a subvenção, é fundamental que os enredos (inclusive os patrocinados) apresentem grande valor cultural. Caso, portanto, opte pela exaltação direta ou indireta a marcas comerciais, a escola não deverá receber verba pública. Esta proposta não se trata, de forma alguma, de uma tentativa de dirigismo temático, e, sim, de uma busca pela gestão criteriosa de recursos para que as agremiações não se tornem meros veículos de propaganda para empresas privadas. Além do que já ocorre com o turismo, a prestação de contas, negociação de cotas de patrocínio e os aspectos não comerciais (culturais) devem ser "cuidados" por quem foi escolhido nas urnas para comandar a cidade. Desde a sua criação, a Liesa teve fundamental participação no crescimento dos desfiles, mas sua autonomia - quase 30 anos depois -, merece questionamento.

Se a prefeitura, por exemplo, construiu 14 barracões na Cidade do Samba, por que a instituição fixou em 12 o número de participantes do Grupo Especial? Como justificar os gastos municipais com dois galpões não ocupados por alegorias e adereços? O novo órgão municipal irá cuidar de todas as relações que envolvem as escolas de samba, internas e externas. Por exemplo, como representantes de comunidades, as agremiações não devem ter "donos". Filho do povo e, portanto, da democracia, o samba prescinde de qualquer tipo de monopólio, inclusive do televisivo, este que tem prejudicado a qualidade das recentes transmissões. Nos dia a dia dos barracões, já que a formação de mão de obra especializada para o carnaval é usada para justificar verbas - muitas vezes públicas ou de estatais -, em projetos sociais, é fundamental a fiscalização das relações de trabalho. Afinal, é sabido que em muitos deles os direitos básicos do trabalhador não são respeitados.

Mas o carnaval carioca é muito além da Rua Marquês Sapucaí e seus grandiosos grêmios recreativos. Está nas marchinhas das ruas e salões, nos becos e vielas, no alto e no entorno dos coretos das praças, no mar, na Estrada Intendente Magalhães. É imperativo que o poder público olhe com bastante cuidado para os desfiles do grupo de acesso, garantindo, entre outras ações, a preservação de bandeiras históricas que perderam a força com o passar dos anos. Os grupos C, D e E desfilam sem os holofotes das grandes, mas significam a garantia de força para o festejo que não para de se transformar. Hoje, ainda faltam recursos e condições para a realização do espetáculo das escolas menores. Além disso, o Estado precisa entender de uma vez por todas que escolas de samba e blocos de rua possuem naturezas e propostas distintas. Um projeto da atual gestão da prefeitura em parceria com a Associação das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (AESCRJ), ano após ano, tem condenado à revelia seis escolas do Grupo E a virarem blocos, o que impossibilita a criação de novas agremiações. Nada mais equivocado do que uma transformação estrutural orquestrada de cima para baixo, já que as entidades nasceram a partir de processos comunitários próprios.

Os blocos, aliás - marcas históricas de uma cidade com vocação para festejar -, merecem grande atenção, sobretudo no atual momento de resgate dos antigos carnavais de rua e salão. Eles não apresentam tanta visibilidade midiática (não têm desfiles apresentados em rádio e tevê), mas possuem abrangência gigantesca. Em lugar de serem observados por milhares, são mais inclusivos em termos de participação, parte da mistura própria de um Rio que já foi dos clubes de frevo, dos ranchos, dos corsos, cordões, dos blocos afros, dentre outros, e que pode sim congraçar todas as manifestações espontâneas. A ocupação do espaço público precisa acontecer a partir do equilíbrio entre as regiões - sem privilegiar determinados bairros -, e calçada na estrutura e segurança para todos os brincantes. É preciso deixar explícito que as Ligas e Associações podem e devem seguir com a função de representação das entidades foliãs, mas urge que a prefeitura reassuma seu papel de responsabilidade no fomento e gestão do bem histórico intangível que é o nosso carnaval.

E já que a festa é, fundamentalmente, política cultural e social, que tal reaproximarmos as escolas de samba do público que as entregou liderança e devoção há mais de 50 anos? Na carona da reforma do Sambódromo - que, finalmente, tirou do papel a ideia completa do arquiteto Oscar Niemeyer (arquibancadas espelhadas) -, seria justiça histórica se o projeto original da Avenida fosse todo retomado. Ou seja, as frisas (ou, pelo menos, um lado delas) transformadas em uma autêntica "geral", com preços populares, para que todos pudessem embarcar na fantasia encerrada em Cinzas e na lágrima do pierrô.

Eis aqui a nossa proposta e Avenida. Uma Avenida que, cá pra nós, vai muito além do carnaval.


Propostas:


Criação da Subsecretaria de Cultura Especial do Carnaval - A Subsecretaria vai assumir a organização do Desfile das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, considerado o grande espetáculo do planeta. Serão privilegiados os valores culturais, o julgamento coerente e a correta gestão dos recursos públicos destinados às agremiações.


Subvenção condicionada à relevância cultural dos enredos - Caso uma agremiação opte por retratar uma marca, não deverá receber verba pública. Esta proposta não se trata, de forma alguma, de uma tentativa de dirigismo temático. É apenas a busca pela gestão criteriosa de recursos para que as escolas não se tornem canais de propaganda.


Apoio às agremiações dos grupos de acesso - Mais recursos e estrutura para a realização dos desfiles dos grupos de acesso, que acontecem na Estrada Intendente Magalhães, no bairro do Campinho.


Apoio a todas as instituições carnavalescas - Política que vise ao fomento e à distribuição geográfica de blocos, cordões e quaisquer instituições carnavalescas por toda a cidade, possibilitando a ocupação democrática do espaço público. Importante salientar: escolas de samba não podem ser rebaixadas à condição de blocos, e estes não podem se tornar escolas de samba, por ação de órgãos controladores. Suas naturezas são distintas e possíveis mudanças estruturais devem ser frutos de decisões internas ou comunitárias.


Preservação das entidades foliãs e seus espaços comunitários - O poder público precisa garantir a preservação de grandes agremiações, responsáveis por históricos desfiles e sambas, mas que perderam a força com o passar dos anos. Também é necessário pesquisar, identificar e preservar os perímetros culturais no entorno dos berços das escolas, a fim de que seja a face material, geográfica e sentimental do samba como Patrimônio Imaterial do Rio do Janeiro.


Retorno do projeto original do sambódromo - O fim das frisas (ou, pelo menos, de um lado delas), transformando-as, como no projeto original, em uma grande "geral", com preços populares. A ideia é combater a frieza dos desfiles e reaproximar o carioca do espetáculo.


Concorrência da transmissão televisiva - O fim da exclusividade na transmissão televisiva condicionaria diferentes formas de narração, aumentando as possibilidades de apresentação do espetáculo para o público de casa. Como resultado, o aumento do conteúdo jornalístico disponível aos espectadores e uma saudável disputa pelo melhor "olhar" sobre a festa.


TV Educativa e carnaval - Em caso de quebra do monopólio televisivo, em um novo contrato discutido pelo poder público, que haja uma cláusula que permita às Tevês Educativas a transmissão sem a necessidade de pagar pelos direitos.

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Adílson Bispo, Alberto Mussa, Alexandre Medeiros, Anderson Baltar, André Albuquerque, Carlos Linhares, Dudu Botelho, Edgar Filho, Eduardo Gonçalves, Eduardo Silva, Emiliano Tolivia, Evandro Vargas, Fábio Fabato, Fábio Pavão, Fábio Silva, Felipe Damico, Fernando Pamplona, Fernando Peixoto, Freddy Ferreira, Gustavo Melo, João Máximo, Lilian Rabello, Luis Carlos Magalhães, Luise Campos, Luiz Antonio Simas, Luiz Carlos Máximo, Luiz Fernando Reis, Marcelo Moutinho, Marco BTU, Mariana Cesário, Marianna Tavares, Maurício Castro, Paulo Renato Vaz, Pedro Simões, Rachel Valença, Rafael Marçal, Renato Raposo, Ricardo Delezcluze, Ricardo Dias, Roberto Vilaronga, Rogério Rodrigues, Thiago Carvalho, Thiago Gomes, Thiago Lepletier, Tiago Prata, Tiãozinho da Mocidade, Vagner Fernandes, Vera de Sá Braz, Vicente Almeida, Vicente Magno, Vinicius Ferreira, Wanderlei Monteiro, Toninho Nascimento. 

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terça-feira, 26 de junho de 2012

Eduardo Paes critica administração das escolas de samba

Por Rodrigo Coutinho

O Carnaval 2012 passou, mas o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, não esqueceu de alfinetar o comando das agremiações do carnaval carioca. Durante o lançamento do projeto da nova casa da Sebastiana, que organiza os blocos da cidade, ele defendeu o trabalho de Jorge Castanheira, mas criticou a forma de direção das escolas de samba. O site CARNAVALESCO esteve presente e conta os detalhes.
- Gostaria muita que acontecesse com as escolas de samba o que aconteceu com os blocos no Rio de Janeiro. Deveria haver uma Sebastiana para as escolas de samba. Venho fazendo um esforço tremendo para ajudar todas escolas e elas deveriam se espelhar no que acontece aqui (nos blocos). É uma pena que nossas escolas de samba tenham administrações como essas que existem hoje. Não gosto da figura do patrono. Não é um recado politicamente correto e não gosto de lidar com gente assim. O Jorge Castanheira (presidente da Liesa) é um sujeito sério e que busca o mesmo caminho que estou fazendo. O desafio é levar isso para dentro das escolas - frisou Eduardo Paes.

O prefeito ressaltou o programa de obras nas quadras da Portela, União da Ilha, Império Serrano e Mocidade. - Estou fazendo novas quadras para todas escolas. Quero gestão profissional e que essas escolas consigam se sustentar economicamente. Essas quadras são verdadeiras casas de shows e bem administradas vão gerar lucro. Imagina o quanto uma escola pode lucrar com a venda de seus produtos na quadra - contou o prefeito.


Eduardo Paes não deixou o coração de lado e comentou seu grande sonho pessoal no carnaval. - Meu sonho de consumo depois de ser prefeito é ser presidente da Portela. Mas quero frequentar um ambiente mais republicano. Não quero frequentar esse ambiente de hoje - afirmou o prefeito do Rio de Janeiro.

domingo, 24 de junho de 2012

Exclusivo: site CARNAVALESCO conta como vai ser a Série Ouro no Carnaval 2013

Por Rodrigo Coutinho



Ainda não é oficial, mas o site CARNAVALESCO sai na frente e conta como será o desenvolvimento da Série Ouro no Carnaval 2013, que vai juntar os Grupos de Acesso A e B da folia do Rio. O anúncio oficial deve acontecer nos próximos dias e pode ser feito pessoalmente pelo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. Todas alterações e novidades já foram costuradas nos bastidores do carnaval. Com total exclusividade, nós contamos algumas mudanças.

A primeira é sobre os dias de desfiles. Eles vão acontecer na sexta e sábado de carnaval e a TV Globo pode transmitir. A Série Ouro vai contar com 19 escolas de samba, que estavam nos Grupos A e B. O sorteio da ordem de desfile deve acontecer na Cidade do Samba, data ainda indefinida, mas não será junto com o Grupo Especial. Ainda não foi decidido em qual dia (sexta ou sábado) vão desfilar dez agremiações e no outro vão se apresentar nove escolas. Porém, os pares para o sorteio da ordem de apresentação já estão feitos.


Para evitar que o problema financeiro crie uma diferença nos desfiles, as 19 escolas vão receber R$ 400 mil de subvenção. Ninguém terá uma verba da prefeitura maior que a outra. Assim, as agremiações podem competir em igualdade. Ficou acertado também que o limite é de quatro alegorias por escola, sendo que um carro alegórico pode estar acoplado e vão ser permitidos, no máximo, três tripés. A questão do rebaixamento ainda está fechada, mas até o momento, o acertado é que quatro agremiações vão descer para o Grupo C, que desfila na Intendente Magalhães. O tempo de desfile pode cair de 60 minutos para 55 minutos.

sábado, 23 de junho de 2012

A 1ª FEIJOADA DA COMUNIDADE PORTELENSE 
ENTRADA FRANCA! FEIJUCA LIBERADA! SÓ A BEBIDA QUE É PAGA.
PARCERIA DA PORTELAMOR, PORTELAWEB, GUERREIROS E AMIGOS DA ÁGUIA!
ALÉM DE TODOS VOCÊS QUE CONTAMOS COM A PRESENÇA!!!

ATRAÇÕES:
GRUPO PIRRAÇA;
BRUNO MAIA;
GILSINHO E O
COMPOSITOR DA MAJESTADE, EROS;

PORTELAMOR, PORTELAWEB, GUERREIROS DA ÁGUIA, AMIGOS DA ÁGUIA.
UNIÃO E DEDICAÇÃO À MAJESTADE!
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sexta-feira, 22 de junho de 2012

'No Carnaval muita coisa se recicla', diz Paulo Menezes


Por Diogo Silva

A sustentabilidade e o Carnaval podem caminhar em perfeita harmonia e essa é uma das tônicas do trabalho do carnavalesco Paulo Menezes, da Portela.

Em conversa com
SRZD-Carnaval, o carnavalesco comentou que a reciclagem é um trunfo utilizado há muitos anos.

"No Carnaval muita coisa se recicla e nós já trabalhamos com isso há muito tempo. Usamos bastante para fazer acabamentos. Certa vez, fiz uma alegoria inteira com pano da costa* reciclado", revelou.

Paulo disse também que a reciclagem de materiais é uma arma para o desenvolvimento e economia do Carnaval e que é necessário trabalhar duro para fazer o melhor reaproveitamento e, como última opção, jogar os materiais no lixo.

"o importante é transformar para dar uma cara nova. Não sei se todas as escolas adotaram a causa, mas as que não fizeram deveriam. Não é uma coisa fácil, é necessário quebrar a cabeça para reaproveitar. Nós doamos e as vezes até vendemos os materiais que não conseguimos aproveitar, procurando sempre não jogar nada fora", finalizou.

*pano da costa - parte integrante da indumentária de baiana característica das ruas de Salvador e Rio de Janeiro no século XIX.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Portelamor Ação Social
Porque você não está sozinho no planeta.
Procure fazer a sua parte. 
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Presidente da Liesa demonstra apoio à Lierj


A Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, a Lierj, arrumou um apoio de peso para a organização do Carnaval dos grupos de acesso A e B. O presidente da Liesa, Jorge Castanheira, esteve na reunião com presidentes de agremiações e manifestou total apoio, oferecendo o suporte que for preciso para defender os interesses dos grupos.

Castanheira também revelou que se coloca à disposição para contribuir na organização da festa de sorteio da ordem dos desfiles, que aconteceria no próximo dia 25 de junho, mas foi adiado para que a entidade possa organizar melhor o evento. Um novo encontro está previsto para a primeira quinzena de julho, em local ainda indefinido.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Técnico americano sugere demolir a Cidade do Samba para facilitar trânsito no Rio

Por Fabio Silva

Luc Nadal, diretor técnico de Desenvolvimento Urbano do Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP) de Nova York, sugeriu que a Cidade do Samba seja destruída para que o tráfego de veículos na Zona Portuária do Rio de Janeiro seja privilegiado.

"Alguém deveria estimular os cariocas a eliminarem a Cidade do Samba. Primeiro porque, de samba, ela não tem nada. Depois porque o desafogaria o trânsito naquela região", disse Nadal, que participou do debate "A sustentabilidade nos Projetos de Revitalização de Zonas Portuárias: Porto Maravilha e outros casos de sucesso", o segundo da Cúpula dos Prefeitos neste domingo (17), no Forte de Copacabana.

Ainda segundo o especialista, uma outra alternativa para desafogar o tráfego de veículos da região seria integrar o transporte público do local ao sistema de ônibus BRT (Bus Rapid Transit). "Isso criaria mobilidade e integração com outras linhas de ônibus da área", destacou.

Quem também deu sugestões para que o fluxo de carros não atrapalhe o futuro Porto Maravilha foi o coordenador de Planejamento Integrado da Empresa Arup (Nova York), Trent Lethco. Ele diz que é fundamental desestimular o uso de veículos para se chegar à região.

"Uma saída é reduzir o número de estacionamentos na região. Além de melhorar o trânsito nos horários de pico, também reduziria a poluição", explicou Lethco, que citou Leblon e Ipanema como exemplo de bairros compactos, que poderiam servir de modelo para a região central da cidade.

Também participaram da mesa Claus Bjorn Billehoj, diretor do Departamento de Planejamento para Sustentabilidade e Relações Internacionais de Copenhagen (Dinamarca), Michelle Isles, supervisora dos Programas de Sustentabilidade e Estratégia de Melbourne (Austrália).

* As informações do site G1  

Curso: Direção de Carnaval em Escola de Samba

O Instituto do Carnaval, em parceria com as Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, lançou o curso “Direção de Carnaval em Escola de Samba”, com o objetivo de formar profissionais para trabalhar como diretores de carnaval e harmonia em agremiações de todo o Brasil.

As aulas ficarão a cargo de Rômulo Ramos, diretor de Carnaval e Harmonia em diversas Escolas de Samba do Rio, pesquisador e comentarista de carnaval. Em 2010, dirigiu a harmonia da Mocidade Independente de Padre Miguel e, para o próximo carnaval, foi contratado pela Unidos do Porto da Pedra.


As aulas serão realizadas de 9 a 19 de julho, de segunda a sexta, das 19h às 22h, na sede da Facha em Botafogo, na Rua da Matriz 57.


As inscrições, abertas a todos os interessados em trabalhar com carnaval, podem ser feitas pelo site: www.facha.edu.br/extensao.


O Instituto do Carnaval, pioneiro no ensino pedagógico da arte carnavalesca em diversos níveis, é comandado pelo jornalista e sociólogo Bruno Filippo e pelo músico e pesquisador Nélson Pestana.

sábado, 16 de junho de 2012

PORTELAMOR - NOW IN ENGLISH!

PORTELAMOR, NOW IN ENGLISH

Portelamor

The PORTELAMOR invites all to do a visit to the past and remember the PORTELA´s birth.

In the Century XVIII and XIX there were 13 sugar mills in Rio de Janeiro, productive and economically important, being that a farm detached, Engenho do Portela, and its extension was from Campinho until Rio das Pedras, the slavers contributed in the daily labor. This extension of land later received the name of the cowboy and most famous seller of the locality: LOURENÇO MADUREIA.

In 1890, with the TRAIN arrival, an expressive number of persons got round this locality, named Rio Vizinho. In 1917 receives the definitive name of OSWALDO CRUZ in honor to the great sanitarist.

The History of the Portela reflects the 1921´s , when Esther Maria Rodrigues (1896-1964) and its husband Euzébio Rosas, then flag-bearer and samba host of the Solitary Star cordon of Madureira, moved from that district to Oswaldo Cruz, where found the group 'Who Talks about Us Eats Fly '.

A dissent of this group, controlled by Galdino Marcelino dos Santos, Paulo Benjamim de Oliveira (known as Paulo of the Portela), Antônio Rufino and Antônio da Silva Caetano, resulted in 1922 in another group, the 'Small baianas of Osvaldo Cruz', that in the following year adopted a status and established a directory, fact that made the foundation date of Portela be many times reflected erroneously to 1923. The Group, however, did not last too much time.

April of 1923 Rufino, Caetano and Paulo, gathered in a house , where fu ctioned the Bar of the Nozinho, in the Road of the Portela, number 412, decided to create an another Group, in April, 11 of 1926, being born then the 'Carnival Group Osvaldo Cruz'. Founded on the concepts of Paulo Benjamin de Oliveira, to avoid the confrontations in the streets. Days after the block foundation, Paulo undertook to the baptism. D Martinha baiana related to the Candomblé, and declared patrons of Our Lady of the Conception and Saint Sebastian. Mrs. Martinha was declared the sponsor.

'In 1930 the School emerged with the name of ' Who make us is the Whim', given by Heitor dos Prazeres after winning the contest of carnival and get home, assumed the Set of Oswaldo Cruz and its first providence was change the name of the 'Set of Oswaldo Cruz', realized some presentations, but there was not any contest. After the carnival Manuel Bam Bam and Antônio Rufino, the main adversaries of Heitor dos Prazeres, returned to the school government and changed its name for 'Come as you can'.

At 1st of May of 1934, at receiving the managers of the 'Come as you can' pretended to renovate the license of functioning, the officer Dulcidio Gonçalves did an unexpected proposal: the change of the name of the school. Alleged that the present name was indecent for a School of Samba of large-scale. Paulo da Portela tried to argument but the officer supported the idea of change and suggested a new name 'RECREATION CLUB SCHOOL OF SAMBA PORTELA'. Under the circumstances, the proposal was accepted.

The Samba Dominating the World, the old 'Come as you can', now PORTELA, entered the History as winner of the first parade of the Rio de Janeiro, in 1935. In the first step of the Portela´s History, Paulo Benjamin de Oliveira has been leading the School's destination, helped by its companions of samba, being Antônio Caetano e Antônio Rufino the close companions. Still around its leadership other 'Masters' were present like: Manuel Gonçalves dos Santos (Manuel am Bam), Ernani Alvarenga, Alcides Dias Lopes (Alcides, historical raskal), Nélson Amorim, João da Gente, Chico Santana, Alberto Lonato, Cláudio Bernardes, Osvaldo dos Santos (Alvaiade).

The second step of the Portela´s History was conduced by Natalino José do Nascimento, Natal; it was in the back of his father's house, Napoleão at the corner of the Street Joaquim Teixeira with the road of the Portela, that the School was founded. Responsible by an odyssey blue and white school in the revolution of the Schools of Samba of the Rio de Janeiro.

The death of Paulo da Portela that Natal decides to dedicate itself to the PORTELAand helped to become it the biggest of all the schools of samba. In 1972, Natal began to build the present headquarter of the PORTELA, the PORTELÃO. Natal was a composer samba, King of the Samba, of the district, of the city. Natal was a samba composer that never did samba, that never draw a step that never sang a refrain.

The LOVE overcame the PAIN. The first Portela persons were magic, made music persons of the ex slaves and theirs sons. The first Portela´s compositions portrayed all the difficulties, lack of human, budgetary and material resources that those persons passed in that period of liberation. The jongo, as a typically rural expression, found in the Madureira and Oswaldo Cruz region, away from the town center, a fertile field for the almost untouched preservation of its purest and most original form.

The visit to the past that the PORTELAMOR CHEERING invited all will stay here but the Portela continues to write its HISTORY.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Nilo Figueiredo cede e Tia Dodô escolhe lugar onde será construída sua botique

Por Fábio Silva
 
O bom senso venceu! E com a luxuosa ajuda de mestre Monarco, Tia Dodô recebeu na tarde desta quinta-feira (14), a notícia que será construída no prazo máximo de 30 dias, a sua butique na nova quadra da Portela. E o que é melhor; recebida pelo presidente Nilo Figueiredo, Tia Dodô pôde escolher o lugar onde ficará instalado seu novo cantinho no Portelão.

É com muita felicidade que dou essa noticia! São essas coisas que nos fazem acreditar que vale a pena ser jornalista, manter um espaço como esse aqui no Galeria do Samba, onde temos a liberdade de usá-lo para prestar serviço ao samba. 
A nota publicada na última segunda-feira aqui na Galeria do Samba Após reforma, Tia Dodô perde seu espaço na quadra da Portela repercutiu nas redes sociais e em listas de discussão de carnaval. O link com a matéria foi compartilhado no Facebook por sambistas e portelenses inconformados com a notícia.

Ouvir um ‘obrigado meu filho pela ajuda que você me deu’, de uma Dama do Samba, de 92 anos de idade, com 80 anos de serviços prestados, não só a Portela, mas também ao carnaval, é super gratificante! Respondi: A senhora não tem que agraceder, é um dever nosso da imprensa cobrar respeito a patrimônios vivos do samba como a senhora!

Radiante de alegria, Tia Dodô contou que recebeu essa semana ligação de Monarco, dizendo que ele havia cobrado uma posição do presidente Nilo Figueiredo, e que ela seria recebida na tarde desta quinta-feira na quadra para resolver o impasse.

Dodô esteve na quadra e foi recebida pelo presidente Nilo que pediu que ela escolhesse o lugar onde gostaria que fosse construída a sua butique e a nova capela que abrigará as imagens de santos que ela cuida carinhosamente. A nova butique da Dodô será erguida do lado direito da entrada principal da quadra, próximo ao bar da Tia Vicentina. O bom senso venceu e prevaleceu o interesse maior que é o da Portela e suas tradições.

Seria leviano da minha parte fechar esse post sem agradecer publicamente ao companheiro Luis Carlos Magalhães, que ao tomar conhecimento do fato escreveu um brilhante e emocionante texto no site Carnavalesco NÃO, NÃO PODE SER VERDADE!, onde com muita propriedade fez com que determinadas pessoas tomassem conhecimento da importância que Dona Maria das Dores Rodrigues, ou simplesmente, Tia Dodô, tem para a Portela e o mundo do samba.  
Tomo a liberdade e reproduzo uma parte do texto:

"Todos nós sabemos, nós e o presidente Nilo, que se a butique e o santuário não forem restabelecidos, dificilmente Tia Dodô terá o que fazer lá. Desaparecerá, como aquela frase símbolo de nossa velha quadra, do nosso maior orgulho em nossos dias: "AQUI DEU FRUTOS A ÁRVORE QUE A VELHA GUARDA PLANTOU".


Valeu companheiro, essa vitória também é sua!

quarta-feira, 13 de junho de 2012

'NÃO, NÃO PODE SER VERDADE!' Luis Carlos Magalhães escreve sobre o Caso Dodô na Portela

Por Luiz Carlos Magalhães

Chego em casa e acabo de ler a matéria de Fábio Silva para o GALERIA DO SAMBA sobre a butique da Tia Dodô.

Tá certo, eu sei que a boa prática do jornalismo, e da crônica também, aponta sempre para o bom senso em lugar da indignação quando uma notícia toca em nossa emoção.

Eu bem sei disso.

Mas foi assim. Quando li lembrei logo a voz de Cristina Buarque cantando aquele samba do Alberto Lonato: “Não... não pode ser verdade!”.

Talvez eu seja hoje o cara que tenha mais levado “esporro” da Tia Dodô. Ela sabe o quanto gosto dela, tanto quanto sei o quanto ela gosta de mim.

O maior de todos foi na esquina da Frei Caneca com o Campo de Santana quando tentei...tentei organizar uma festa para seus 90 anos.

Pobre de mim...

Tia Dodô foi impiedosa quando supôs... supôs que eu estava tentando segregar os seus amigos do morro da Providência pelo simples fato de o gerente da Gafieira Elite ter insistido para que as entradas fossem controladas por convites.

Pobre de mim...

E com platéia e tudo. Tão grande quanto vocês possam imaginar passando ali em um a sexta-feira às duas da tarde, inclusive ônibus.

Conto isto, e apenas esse caso, só para que vocês saibam o quanto sei o quanto é turrona, marrenta autoritária a nossa musa. Docemente turrona, marrenta e autoritária, pelo menos para mim.

Mas é hoje o ser humano mais singular que conheço. Ninguém com sua idade reúne história de vida tão formidável conduzida por uma disposição física invejável, inacreditável e inesgotável.

Em um dos primeiros encontros realizados por Fábio Fabato na Finep homenageava-se Tia Dodô. E falava-se muito em inovação, até em homenagem a uma das letras da sigla que a todos nós recebia –A FINEP.

Dada a mim a palavra, em meios a tantas referências às inovações do carnaval, dirigi-me à platéia, não sem alguma emoção, para dizer que a verdadeira... a mais legítima marca da inovação no carnaval era aquela deixada em cada desfile quando por ali passava Tia Dodô.

Referia-me ao entusiasmo, à carga de vitalidade e entrega que havia ali, que passava ali fantasiada naquele corpo magro, esquálido, repositório de tantas histórias do carnaval e da Portela.

Sei que Tia Dodô não é lá de cima, de Oswaldo Cruz, e que em razão disso pesa sobre ela e sua história uma “certa” restrição de alguns poucos portelenses. Sei que, por conta disso ou não, nega-se a ela com alguma veemência a condição de primeira porta-bandeira da Portela, condição essa que, pelo menos para mim, e em todos os depoimentos que li, ela nunca reivindicou.

Tia Dodô foi, isto sim, e é isto que proclama,foi a primeira porta-bandeira campeã pela escola, em 1935,quando a escola ainda nem se chamava Portela. E foi a partir desse mesmo ano de 1935, já com seu glorioso nome, que a escola passou a desfilar. Sendo assim, a primeira porta-bandeira a desfilar sob a nomenclatura Portela era ela, Tia Dodô.

É a mais antiga personagem da escola.

É testemunha única de todas as suas glórias. Não há ninguém na escola que a ela se compare...não há em nenhuma escola quem possa como ela contar o testemunho que só ela pode dar com sua prodigiosa memória.

Ouso dizer: não há ninguém mais no mundo inteiro que tenha vivido em carne e osso um mesmo evento, ininterruptamente, por tanto tempo.

Eis, portanto, os dois lados de uma mesma moeda. Essa valiosíssima e única moeda chamada Tia Dodô. Moeda que só os Portelenses têm.

Na matéria de Fabio Silva o presidente Nilo informa que a butique não estava no projeto da nova sede. E que está tentando resolver a questão.

Ora, que projeto é esse afinal? Quem o elaborou? Quem tomou conta dele? Que tipo de autoritarismo é esse de se propor um projeto a uma entidade quase secular sem conhecer suas raízes, sua ancestralidade.

Todos sabemos, nós e o Presidente Nilo, que Tia Dodô pouco ia à Portela, que mora longe e tem mais de 90. Quando ia ficava lá quietinha em sua butique, a única butique no mundo que nunca vendeu nada. E nas festas dos padroeiros levava as flores para N. Senhora e São Sebastião.

Todos nós sabemos, nós e o Presidente Nilo, que se a butique e o santuário não forem restabelecidos, dificilmente Tia Dodô terá o que fazer lá. Desaparecerá, como aquela frase símbolo de nossa velha quadra, do nosso maior orgulho em nossos dias: “AQUI DEU FRUTOS A ÁRVORE QUE A VELHA GUARDA PLANTOU”. Na época foi dito que havia necessidade de pintar “aquela” parede central. Foi também uma omissão do projeto?

Não acho que o Presidente Nilo vá negligenciar sobre isto, nem vá empurrar com a barriga. Muito menos que vá deixar Tia Dodô a ver navios. Acredito, isto sim, que com todas as dificuldades que ele tenha de relacionamento com ela, o Presidente tenha a sabedoria, homem inteligente que é, de saber que, queira ou não, Tia Dodô é muito mais importante que todos e cada um de nós, mortais Portelenses.

Saberá que o “livro de nossas histórias” falará “nada” de mim, alguma coisa dele, e muito dela.

Inteligente como é, o presidente Nilo saberá que a história é assim mesmo, não livra a cara de ninguém.

Apaixonados e orgulhosos que são, algum Portelense lembrará dela no futuro; quem sabe como uma Sinhá Olímpia enfezada e faça dela um enredo tão bonito quanto o daquela de Vila Rica.

Associação das Escolas de Samba Mirins faz festa para comemorar seus 10 anos de fundação

Por Fábio Silva


A Associação das escolas de Samba Mirins do Rio de Janeiro faz festa no dia 26 de junho para comemorar seus 10 anos de fundação.

E para celebrar a data, a entidade que organiza os desfiles das escolas mirins, estará recepcionando organizando dirigentes das agremiações, parceiros e profissionais de imprensa, na Cidade do Samba , a partir das 19h.

A Associação das Escolas de Samba foi fundada em 26 de junho de 2002. Atualmente, são filiadas à AESM-Rio 17 escolas de samba, sendo duas fundadoras da Liga Independente das Escolas de Samba Mirim do Rio de Janeiro, LIESM, que são elas Império do Futuro e Ainda Existem Crianças da Vila Kenedy.


terça-feira, 12 de junho de 2012

Portela faz show na abertura do Rio + 20

Por Fábio Silva

A Portela fará um show nesta quarta-feira (13), na abertura da Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável.

A azul e branco de Oswaldo Cruz e Madureira contará com um elenco de mais de 300 artistas: Bateria, baianas, harmonia, la das Damas, Passistas, Casais de mestre-sala e porta-bandeira, Intérpretes, Comissão de Frente, Departamento Feminino e entre eles estarão grandes portelenses como: Monarco, Tia Surica, Tia Dodô e Jerônimo da Portela. Quem assina a parte artística do show é o coreografo da Portela, Márcio Moura.

O horário previsto para a apresentação da escola no evento e partir das 17h30.

A Rio+20 é assim conhecida porque marca os vinte anos de realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92) e deverá contribuir para definir a agenda do desenvolvimento sustentável para as próximas décadas.

A proposta brasileira de sediar a Rio+20 foi aprovada pela Assembléia-Geral das Nações Unidas, em sua 64ª Sessão, em 2009.

O objetivo da Conferência é a renovação do compromisso político com o desenvolvimento sustentável, por meio da avaliação do progresso e das lacunas na implementação das decisões adotadas pelas principais cúpulas sobre o assunto e do tratamento de temas novos e emergentes.


Lierj define no dia 25 a ordem dos desfiles dos Grupos de Acesso A e B

Por Fábio Silva

A Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Lierj) define no dia 25 de junho (segunda-feira), a ordem dos desfiles dos Grupos de Acesso A e B.

O evento aberto ao público acontece na quadra da Estácio de Sá, a partir das 21h.

Sem o rebaixamento este ano no Grupo A, participaram do sorteio as oito agremiações que desfilaram no Carnaval 2012, mais a Caprichosos de Pilares, campeã do Grupo B, e a Unidos do Porto da Pedra e Renascer de Jacarepaguá rebaixadas do Grupo Especial.

No Grupo B, o desfile em 2013 terá apenas oitos escolas já que três agremiações foram rebaixadas neste carnaval pare o Grupo C.

A diretoria da Lierj ainda não divulgou as regras que serão usadas no sorteio.

A quadra da Estácio de Sá fica na Rua Salvador de Sá, 206, na Cidade Nova.


segunda-feira, 11 de junho de 2012

Após reforma, Tia Dodô perde seu espaço na quadra da Portela

Por Fábio Silva

Com 80 anos serviços prestados a Portela, Tia Dodô (foto), perdeu o espaço onde funciona a sua boutique na quadra da Portela.

Após a reforma custeada pela Prefeitura, Tia Dodô, de 92 anos, considerada a grande dama da Portela, ficou sem o espaço, onde comercializava produtos da Portela e recebia visitantes em dias de eventos.

De acordo com Tia Dodô, o atual presidente da Portela, Nilo Figueiredo, quis coloca-la em uma sala improvisada no fundo da quadra e ela não aceitou.

"Agora você vê, eu com 80 anos dentro da Portela, ele (Nilo), quis me colocar em uma sala improvisada no fundo da quadra, em lugar sem ventilação. Não aceitei! Mereço ser tratada com mais respeito por tudo que fiz pela Portela! Até a capela onde ficava a imagem de Nossa Senhora e de São Sebastião, padroeiro da Portela, ficou sem lugar com essa reforma. Estou pedindo ajuda a outras pessoas.", desabafou a ex-porta-bandeira, que atualmente preside a Ala das Damas.

Procurado pelo Galeria do Samba, o presidente Nilo Figueiredo justificou o fim do espaço.


"A reconstrução desse espaço na nova quadra não estava prevista no projeto elaborado pelos engenheiros da prefeitura. Estou tentando resolver esse impasse. Ela está chateada e atualmente não está falando com ninguém na Portela. Sempre atendi as suas reivindicações. Ele é a única pessoa na Portela que tem uma costureira exclusiva indicada por ela para confeccionar as fantasias da ala das damas, estou fazendo o que posso", disse, Nilo Figueiredo.

Maria das Dores Rodrigues, a Dodô da Portela, desfilou como porta-bandeira da Portela de 1935 a 1966. No Carnaval de 1994, desfilou com madrinha de bateria, onde conquistou o Estandarte de Ouro na categoria Personalidade do Ano. Em 2009, foi homenageada, com outras personalidades do samba, no documentário Velhas Guardas, de Joatan Berbel. 

AESM-Rio comemora 10 anos de fundação


No próximo 26 de junho, a Associação das Escolas de Samba Mirins do Rio de Janeiro, AESM-Rio completará dez anos de existência. Para a data não passar em branco, a diretoria organizará uma recepção, a partir das 19h, voltada aos dirigentes das agremiações e parceiros e imprensa, na Cidade do Samba.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Jorge Castanheira é reeleito presidente da Liesa

Por Fábio Silva

Atual presidente da Liga das Escolas de Samba, Jorge Castanheira (foto), foi reeleito por aclamação presidente da entidade em eleição que aconteceu na noite desta segunda-feira. Castanheira vai comandar a Liesa por mais três ano. (Triênio 2012/2015).

A diretoria executiva da Liesa sofreu algumas modificações. O presidente da União da Ilha do Governador, Ney Fillardi, foi eleito membro do Conselho Fiscal, no lugar de Helinho de Oliveira da Grande Rio. O secretário Wágner Araújo da Imperatriz saiu dando lugar a Eduardo Bruzzi e Américo Siqueira, que era o tesoureiro foi substituído por Moacyr Henriques.

Confira como ficou a Diretoria Executiva da Liesa para o Triênio 2012/2015

Presidente - Jorge Luiz Castanheira Alexandre
Vice-presidente - Zacarias Siqueira de Oliveira
Secretário - Eduardo Bruzzi
Tesoureiro - Moacyr Henriques
Diretor Jurídico - Nelson de Almeida
Diretor de Patrimônio - Zacarias Siqueira de Oliveira
Diretor Comercial - Hélio Costa da Motta
Diretor de Carnaval - Elmo José dos Santos
Diretor Social - Jorge Perlingeiro
Diretor Cultural - Hiram Araújo

Também foram eleitos os integrantes dos conselhos Deliberativo e Fiscal:


Conselho Deliberativo
presidente - Ubiratan Guedes
vice-presidente - Sidney Filardi
secretário - Nilo Figueiredo
Conselho Fiscal
Fernando Horta
Paulo Vianna
Álvaro Luiz Caetano 

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Portela recebe Dudu Nobre e o Grupo Galocantô na edição de junho de sua feijoada
Por Fábio Silva

A Portela realiza neste sábado, dia 02,a edição de junho da Feijoada da Família Portelense.

A já tradicional roda de samba comandada pela Velha Guarda show da Portela recebe como convidados especiais o cantor e compositor Dudu Nobre e o Grupo Galocantô.

A quadra da Portela fica na Rua Clara Nunes, 81 - Madureira. A entrada e o prato da feijoada custam R$ 15.

Reservas de mesas e camarotes pelo telefone (21) 2489-6440. Censura livre!