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quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Recordar é viver

Porque amar é fundamental

O Máskara! Paulo Barros vai desfilar fantasiado do personagem

Por Luiz Felippe Reis e Rafael Arantes

Esperar com ansiedade pelos desfiles de Paulo Barros já é, há mais de uma década, uma prática de 10 entre 10 sambistas, de fãs a nem tão fãs assim do estilo revolucionário do artista. Para o próximo Carnaval, além das surpresas preparadas para a Portela, onde o artista dá expediente, a novidade mesmo do carnavalesco é voltar a desfilar como um simples – nem tão simples assim – componente. A escola que recebe o ilustre entre os desfilantes é a Inocentes de Belford Roxo, da Série A, numa participação especial no enredo que fala sobre os vilões da literatura, cinema e TV.

Paulo Barros será “O Máskara”, personagem dos quadrinhos, da televisão e dos filmes de Holywood, num dos carros da tricolor. A ideia foi do amigo Wagner Gonçalves, carnavalesco da Inocentes, que fez o convite.

– Isso foi uma loucura do Wagner, que me convidou, e eu comprei a ideia. Vou embarcar nisso e vou ter que fazer uma imersão no personagem. Vou tentar encarnar o Máskara. Vou em duas condições: poder contribuir e me divertir. No Carnaval, a gente está ali com essas duas funções, eu espero me divertir e divertir a todos – disse Paulo, que volta a desfilar como componente após quase 20 carnavais.

Foi durante a primeira Feijoada do Sambarazzo, em julho, que Wagner reforçou o convite a Paulo Barros. Após o acerto entre a dupla, o artista da Inocentes se apressou para pensar que tipo de personagem escalaria Paulo para “interpretar” e correu para projetar a fantasia a ser usada na festa da “Caçulinha da Baixada” na Sapucaí.

– Já apresentei pra ele o figurino. O Máskara quando botava a máscara, ficava mais extrovertido, um vilão do bem. É quase um anti-herói, como o Paulo – comentou Wagner, reconhecendo uma certa semelhança do personagem das telinhas e telonas para a personalidade das mais famosas do Carnaval.

Trocar o posto de carnavalesco pelo de componente por um dia é algo que já não fazia parte da vida de Paulo Barros há um bom tempo. Foi no Carnaval de 1998, um ano antes de desenvolver o desfile do Arranco do Engenho de Dentro, que o artista passou pela Avenida como folião, mas nem mesmo o tempo parado tira a empolgação do então tímido sambista.

– A última vez que eu desfilei numa escola de samba foi na União da Ilha em 1998. Foi a última vez que subi num carro alegórico, então acho que vou tirar esse jejum de desfile. Estou animado, mas estou meio acanhado, meio envergonhado. Nunca mais fiz isso, mas vou fazer o personagem até porque o Wagner é um artista excepcional. Já trabalhamos juntos e é um cara que eu admiro – contou.

Em 2017, a Inocentes de Belford Roxo será a terceira escola a desfilar no Sábado de Carnaval, pela segunda noite de apresentações da Série A, com o enredo “O verso do inverso”.

“O Máskara” foi criado para os quadrinhos nos anos 1980 pelo escritor americano Mike Richardson. Com adaptações, a história e o personagem ganharam formato também para a televisão e cinema e finalmente decolaram direto para o sucesso, com fãs no mundo todo. Protagonizado pelo ator Jim Carrey, o anti-herói virou febre. No ano seguinte, ganhou o dia a dia dos americanos com o desenho animado “The Mask”, perdurando até 1997. Em 2005 foi lançado o filme “O filho do Máskara”, sem a mesma repercussão positiva dos anos 1990.

Em 1994, nos cinemas de todo o mundo, “O Máskara” arrecadou mais de U$ 320 milhões e terminou como o quinto filme de maior arrecadação no ano, perdendo apenas para “Os Flintstones”, “True Lies”, “Forrest Gump” e “O Rei Leão”.

Paulo Barros será O Máskara no desfile da Inocentes de Belford Roxo

Nesta sexta tem Portela convida

Fonte: GRES Portela

Série Majestosos -

Porque amar é fundamental

Portela recebe Imperatriz e Renascer de Jacarepaguá no ensaios desta sexta-feira

Por Fábio Silva

A Portela vai comemorar o Dia Nacional do Samba promovendo uma grande confraternização em sua quadra, nesta sexta-feira, a partir das 23h. Na ocasião, a azul e branco promoverá mais um ensaio-show com a presença de escolas convidadas: Imperatriz Leopoldinense e Renascer de Jacarepaguá.

A anfitriã terá a responsabilidade de abrir a programação. Sob o comando do intérprete Gilsinho e da bateria Tabajara do Samba, vão se apresentar passistas, baianas, Velha Guarda, departamento feminino e integrantes das torcidas organizadas da Portela.

Participam também Alex Marcelino e Danielle Nascimento, primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da Portela, além de Marlon Flôres e Camylinha Nascimento, segundo casal da agremiação, e a rainha de bateria Bianca Monteiro. Tudo isso ao som de sambas antológicos da Portela e do hino oficial para o próximo Carnaval, quando a escola apresentará o enredo "Quem Nunca Sentiu o Corpo Arrepiar ao Ver Esse Rio Passar...", do carnavalesco Paulo Barros.

Em seguida, a Renascer, que desfila pela Série A, e a Imperatriz tomarão conta do palco e da quadra com seus segmentos. No roteiro, sambas históricos e os hinos para o Carnaval 2017.

O ingresso do ensaio custa R$ 10. Mesas com quatro lugares serão vendidas a R$ 20 (não inclui a entrada). A quadra da Portela fica na Rua Clara Nunes 81, em Madureira. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone: (21) 3256-9411.

Serviço:
Ensaio-show da Portela com Imperatriz e Renascer
Data: Sexta, dia 02 de dezembro
Horário: A partir das 23h
Local: Quadra da Portela
Endereço: Rua Clara Nunes 81, Madureira, Zona Norte do Rio
Ingresso: R$ 10
Mesas com quatro lugares: 20 (não inclui a entrada)
Camarote inferior (com 15 lugares): R$ 250
Camarote superior (com 15 lugares): R$ 300
Classificação etária: 18 anos.
Informações: (21) 3256-9411


segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Domingo tem Feira das Yabás na Praça Paulo da Portela.

Porque amar é fundamental

Recordar é viver

Foto: Portelamor

Porque amar é fundamental

Bianca Monteiro é coroada rainha de bateria da Portela

By Marquês da Folia

Salve! Salve!

A diretoria da Portela realizou uma grande festa, na noite da última sexta-feira, para coroar Bianca Monteiro como a nova rainha de bateria da Tabajara do Samba. Diante da presença ilustre de Monarco, presidente de honra da Portela, da lendária ex-porta-bandeira Vilma Nascimento, de Tia Surica e de diversas outras personalidades do Carnaval, Bianca recebeu a coroa das mãos da ex-rainha Patricia Nery, que ficou quatro anos no cargo.

A noite começou com uma apresentação especial dos segmentos da escola, sob o comando do intérprete Gilsinho. Em seguida, Bianca surgiu à frente da ala de passistas – onde brilhou durante anos – e se dirigiu até o local onde estavam o presidente Luis Carlos Magalhães e outros membros da diretoria. Após um pequeno discurso de Nilce Fran, coordenadora da ala de passistas ao lado de Valci Pelé, a rainha foi saudada pelo presidente da Portela.

“A escolha da Bianca representa muito para a Portela. Além de ter o sangue azul da escola e ser da comunidade, ela mostra que qualquer outra menina da ala de passistas pode sonhar em virar rainha um dia. Isso sempre foi uma vontade desta diretoria, desde a eleição. Era um compromisso da chapa Portela Verdade. Desejo muita sorte para Bianca! Sei que ela vai representar muito bem a nossa escola”, exaltou Luis Carlos Magalhães.

Após a saída simbólica da ala de passistas, Bianca mudou de figurino e fez um desfile pela quadra com um vestido longo. Para a coroação, no entanto, ela apareceu no palco com um body azul cravejado de pedras e cristais. Emocionada, a jovem, de 28 anos, fez um pequeno discurso exaltando todos os segmentos da Portela. “A Portela é a minha vida. Entrei aqui criança e cresci admirando essa escola. Ser rainha é a realização de um sonho muito especial. Vou fazer de tudo para representar a escola à altura. Quero agradecer ao meu presidente Luis Carlos Magalhães pela confiança”, disse Bianca, que também fez questão de lembrar a importância de Patricia Nery e do mestre de bateria Nilo Sérgio.

“Mais do que uma mulher bonita e que sabe sambar muito bem, a Bianca é portelense. E isso faz toda a diferença. Sei que ela vai vestir a camisa da escola e fazer de tudo para somar. Parabéns, Bianca”, elogiou Patricia Nery, que recebeu convite do presidente Luis Carlos Magalhães para desfilar no Carnaval 2017.

Além de muitos familiares e amigos de Bianca, prestigiaram o evento a Corte Real do Carnaval do Rio, Bruna Bruno, ex-rainha da União da Ilha, e também Raissa de Oliveira, Patricia Chélida e Elaine Caetano, rainhas da Beija-Flor de Nilópolis, União do Parque Curicica e Renascer de Jacarepaguá, respectivamente


domingo, 27 de novembro de 2016

Lembrar e agradecer

(Aos nossos baluartes, com carinho e respeito, por existirem em nossas vidas)
É bom ter amigos. É bom ter amigos de samba. É bom ter amigos que vivem e gostam de samba. E se esses amigos são portelenses, aí é festa no céu! O tema dessa crônica me foi sugerido pelo amigo portelamorense Jorge Anselmo, mas a ideia original veio de um post de Cláudio Fabiano, que Jorge leu no site Galeria do Samba. Nele, Cláudio chamava a atenção para um comercial do Jeep, em que se recitava versos de Candeia. Trata-se da linda canção “Preciso me encontrar”, que ficou famosa na voz de Cartola e, mais tarde, se tornou estrondoso sucesso, com Marisa Monte. Cláudio Fabiano advertia que muitos acreditam ser de Cartola o samba que, na verdade, foi composto por Candeia. Cartola e Candeia são dessas entidades que, confundidas, não oferecem problemas: é como se confundíssemos o sublime com o divinal. Mas não é bem disso que Jorge falava. O que ele apontava, instigado pelo que Cláudio escreveu, vai muito além dessa relação entre poetas geniais. Ele chamava a atenção para o esquecimento nosso de cada dia, que corrói nosso passado e nos arremessa em uma espécie de Alzheimer nacional. E por isso é tão importante o trabalho do Galeria do Samba, da Portelamor, da Portelaweb (que completa este mês 16 anos de serviços prestados à Majestade do Samba), e de tantos outros sítios dedicados a agradecer e lembrar. E é por isso também que, mesmo com todo o amor que dedicamos ao mestre Cartola, precisamos reafirmar que “Preciso me encontrar” é composição de Candeia. É importante ainda ressaltar que é de Candeia porque são versos forjados por uma história pessoal dolorosa e estão relacionados à sua tragédia pessoal, assim como “A vida é um moinho” traduzia um momento dolorido da vida de Cartola. Como se trata aqui de agradecer e lembrar, nunca é excessivo reproduzir os versos do mestre portelense: “Deixe-me ir preciso andar/ Vou por aí a procurar/ Rir pra não chorar/ Quero assistir ao sol nascer/ Ver as águas dos rios correr/ Ouvir os pássaros cantar/ Eu quero nascer, quero viver/ Se alguém por mim perguntar/ Diga que eu só vou voltar/ Depois que me encontrar”.
Candeia estava em uma cadeira de rodas, lutando para se erguer das sombras, após um tiro que o deixaria paralisado por toda a vida. Candeia chorou sua dor cantando. Era preciso ir, andar, rir para não chorar, nascer outra vez, e para isso era preciso que ele se reencontrasse. Esse reencontro nos deu algumas das mais belas páginas de vida e arte da história do samba. Em outra composição, “De qualquer maneira”, Candeia mais uma vez cantochorava: “Sentado em trono de rei/ Ou aqui nesta cadeira/ Eu já disse, já falei/ Que eu canto de qualquer maneira/ Quem é bamba não bambeia/ Digo com convicção/ Enquanto houver sangue nas veias/ Empunharei meu violão”. E é aí que, a partir da conversa com Jorge, um apaixonado pelo samba e, principalmente, pela Portela, me pus a pensar no quanto somos devedores desses sujeitos imensos, tantas vezes preteridos em nome de uma ideia torta de que carnaval é somente o desfile, os títulos e as glórias. Neste momento, esquecemos, perigosamente, de nosso terreno, de nosso chão, que também foi semeado com essas histórias de derrotas e fracassos.
Será que os nomes de Davi Corrêa e Jorge Macedo ainda nos lembram de algo? Sabemos quem é Dedé da Portela e Norival Reis? Estamos a lembrar de Candeia, mas quem se recorda de Althair Prego? Pois bem. De David Corrêa e Jorge Macedo, cantamos até hoje, afiados e afinados: “E lá vou eu, pela imensidão do mar/ Essa onda que borda a avenida de espuma/ Me arrasta a sambar”. Com Dedé da Portela e Norival Reis, batemos no peito, na entrada da avenida, com orgulho portelense: “Okê-okê Oxossi/ Faz nossa gente sambar/ Okê-okê, Natal/ Portela é canto no ar”. Nas “Seis datas Magnas, nos idos de 1953, Althair Prego e esse mesmo Candeia nos alçavam à condição de potência dos sambas-enredo: “Foi Tiradentes o Inconfidente/ E foi condenado à morte/ Trinta anos depois o Brasil tornou-se independente/ Era o ideal de formar um país livre e forte/ Independência ou morte”. No entanto, o brilho da festa, a luz dos holofotes, o luxo dos carros, o delírio dos carnavalescos e as pirotecnias – essenciais, magistrais, não duvidamos – por vezes nos fazem esquecer dessas tão belas páginas, que nossa escola e tantas outras coirmãs escreveram e escrevem, por meio dessas figuras anônimas e, no entanto, absolutamente imprescindíveis.
No filme francês A família Bélier, conta-se a história de uma menina, filha de pais surdos e  irmã de um adolescente, também surdo. Ela nasce com uma belíssima voz e, a contragosto dos pais, resolve sair da fazenda no interior, onde ela cuida da família e de seus negócios, para ir a Paris realizar seu sonho de cantar. Já bem no fim do filme, inesperadamente, seus pais adentram a sala onde ela está prestes a se apresentar e se acomodam na plateia, para a surpresa da jovem. Quando ela inicia o canto, o diretor suspende o som do filme, e então, no cinema, somos magicamente colocados no lugar dos pais da menina, que assistem orgulhosos a filha sem, no entanto, poder ouvir a beleza de seu canto. Imaginemos, da mesma forma, um desfile de escolas de samba somente com as imagens, a plasticidade tão valorizada, a alegria dos componentes, sambando e evoluindo, porém sem as letras e melodias magistrais de nossos mestres poetas.
O samba é confluência de mundos, pororoca de sentimentos e artes, multiplicidade de energias que convergem para um todo, misto de beleza e técnica. Não lembrar nossos grandes compositores é muito grave, está para além da perdoável confusão entre Cartola e Candeia, pois ambos são deuses do panteão do samba; ambos corrigiram a amargura da vida pela beleza da palavra e do canto. Esquecer nossos mestres compositores é como desfilar em bela e luxuosa fantasia, no foco das luzes de um rico e caríssimo desfile, entretanto, sob os acordes do silêncio. Precisamos lembrar que o samba está além dos campeonatos e que sua história só foi possível porque esses homens e mulheres magníficos passaram pela Terra, mantendo sempre acesa a chama desta arte que se recusa a morrer.
Disso, nos recordam o Cláudio Fabiano, o Jorge, o Rogério e o Fábio da Portelaweb, a rapaziada do Galeria do Samba, da Portelamor, que com suas memória fabulosa e com seus olhares críticos e agudos nos ajudam a pensar nosso passado e nosso lugar. E é em homenagem a eles que por meio dessas poucas linhas mando um emocionado abraço azul e branco.
Avante, Portela!


sábado, 26 de novembro de 2016

Se liga aí! Série que apresenta enredos das escolas começa segunda na Globo

Por Redação

Queridinho dos telespectadores e dos torcedores das escolas de samba, Milton Cunha está de volta à tela da TV Globo na próxima segunda, 28, com o quadro “Enredo e Samba”, na primeira edição do telejornal “RJTV”. A série de reportagens apresentará os enredos das 12 agremiações para o Carnaval 2017, além dos sambas que darão o tom do espetáculo da Marquês de Sapucaí.

O comentarista, que embarca na atração global pelo terceiro ano consecutivo, ganhou um parceiro que o acompanhou nas gravações, divididas entre os estúdios da emissora carioca e as quadras onde ensaiam os componentes: o personagem “Mominho”. O boneco virtual foi criado para fazer referência ao líder da corte carnavalesca e, claro, para tentar “roubar a cena” de Milton Cunha na telinha.

– Eu fico louco! Digo: ‘Boneco, eu sou a estrela, você é coadjuvante!’ Mas ele é lindo, todo de losangos, nas cores das escolas. Mas não tem cintura, é um ovo. Eu mexo com ele e ele me arrasa! – brinca o artista.

Milton vai vestir sapatos de cristal: um para cada escola

No figurino, o repórter já inovou com mechas coloridas no cabelo, paletós, óculos e leques. Para esta temporada, a grande novidade são os sapatos de cristal: 12 pares diferentes, nas cores das agremiações do Grupo Especial, para combinar com o novo bordão: “Sapatinhos de cristal, levem-me para o Carnaval”.

– Quando Mominho me estressa muito, eu solto o bordão e vou do estúdio para a quadra das escolas, mostrar o que estão preparando por lá – adianta Milton, que contou com o auxílio do aderecista Vinícius Rodrigues na produção dos calçados. Os pares demoram três dias para ser confeccionados.

“Acho que agora encontrei o tom certo”

No ar às segundas, quartas e sextas, Milton antecipa elementos que farão parte dos desfiles de cada escola, como alegorias e fantasias, e ainda bate um papo com carnavalescos, coreógrafos das comissões de frente e outras personalidades que estarão na Avenida no próximo ano. O projeto é a realização de um desejo antigo.

– Passei mais de 50 anos sonhando com esse momento em que teria as luzes, as câmeras e o povo. Sou um veículo interessante, debochado, sorridente. Estou muito confortável, cada vez mais. Acho que agora encontrei o tom certo, aquele que mantém a energia – finaliza Milton, que já tinha revelado ao Sambarazzo a vontade de conquistar uma vaguinha de apresentador na emissora oficial do Carnaval.

O quadro ‘Enredo e Samba’ estreia na segunda-feira, dia 28, apresentando a homenagem que a Grande Rio fará à cantora Ivete Sangalo. A Mangueira, atual campeã, encerra o quadro no dia 23 de dezembro. Milton e Mominho pintarão na tela da TV Globo às segundas, quartas e sextas no “RJTV 1ª Edição”, na faixa horária do meio-dia.


Museu do Samba é centro de debate sobre o quesito mestre-sala e porta-bandeira

Por Pedro Henrique Leite

O Museu do Samba realizou na última sexta-feira (25), um encontro de mestres-sala com o intuito de abordar o atual modelo de julgamento no Carnaval, relembrar a origem desse importante quesito e debater ideias para o futuro do segmento.

O debate foi mediado por Nilcemar Nogueira (diretora executiva do Museu do Samba), Hélio Ricardo Rainho (colunista do SRzd Carnaval) e Squel Jorgea (porta-bandeira da Mangueira) e contou com a participação de Manoel Dionísio, fundador de um dos mais importantes projetos de formação de mestres-sala e porta-bandeiras (Escola de Mestre-Sala e Porta-Bandeira Manoel Dionísio) e comentarista no portal SRzd Carnaval e a porta-bandeira da Beija-Flor, Selminha Sorriso.

Fizeram-se presente: Sidclei do Salgueiro, Marquinhos do Paraíso do Tuiuti, Fabrício Pires da São Clemente, Alex Marcelino da Portela, Diogo Jesus da Mocidade, Daniel Werneck da Grande Rio, Phelipe Lemos da União da Ilha, Thiaguinho Mendonça da Imperatriz Leopoldinense e Claudinho da Beija-Flor. A porta-bandeira da União da Ilha, Dandara Ventapane também marcou presença.

Ao dar o pontapé inicial, Nilcemar Nogueira, fez um breve histórico do período Brasil colônia, explicou como surgiu o samba-enredo e desabafou:

“O samba é para todos nós sambistas uma relação visceral. Você não deu os 40 pontos em três anos, tu tá na pista. Tem que ficar mendigando uma roupa, um sapato para poder representar a escola. Lutem para que a dança de vocês não seja tão simplificada ao ponto de ser copiada” – comentou.

Para Manoel Dionísio, não basta ensinar os fundamentos técnicos nos projetos de casais. Segundo ele, é preciso falar sobre a história e origem do quesito e o que representam:

“Ensinar a menina rodar para a esquerda e para a direita não é o suficiente. É preciso ensinar a nossa história, as características da nossa dança” – frisou.

A Estação Primeira de Mangueira, campeã do Carnaval, foi representada pelo seu segundo mestre-sala. Renan Oliveira, que explicou o tamanho da responsabilidade em defender um pavilhão e disse estar honrado pela oportunidade em discutir o quesito ao lado de ícones:

“O pavilhão pesa mais de 100kg na mão esquerda. Na minha vida como mestre-sala, esse é o momento mais importante, pois, estou ao lado de referências no quesito”.

Daniel Wernek, que gabaritou o quesito em 2016 ao lado de Verônika Lima na Grande Rio, pediu por respeito e caráter:

“É preciso saber chegar, respeitar os mais velhos e os que estão começando da mesma maneira. É preciso ter caráter.”

O mestre-sala da Beija-Flor, Claudinho, deu uma aula de vivência no meio e diz torcer para todos os casais na apuração:

“A bandeira não é só um tecido. A bandeira move uma comunidade, pessoas que torcem e que se emocionam. Só a gente que está sabe como é essa responsabilidade. Eu torço para todo mundo tirar 10. A hora de todo mundo chega, mas chega para quem tem paciência e humildade e não para quem não tem caráter e nem personalidade.” – explicou.

Para finalizar o encontro, a palavra foi dada à Selminha Sorriso, que fez um desabafo e explicou que o sucesso não tem “receita”:

“Tá faltando ética e respeito no ser humano e não é só na Carnaval não. É no ser humano. As pessoas de bem não estão em extinção. Tem muita gente boa, tem muita gente legal, batalhadora e guerreira. Nós temos que aprender a ser feliz de acordo com aquilo que a gente tem. Chegar ou não cegar não dá para saber. Uns chegarão e outros não chegarão. A gente tem que batalhar sem passar por cima de ninguém. Não tem receita, mas ética e fazer o seu trabalho sem se preocupar com os outros é fundamental. É preciso respeitar a hierarquia. Se você respeita a sua casa tem que respeitar sua escola de samba. O que de fato importa é nosso caráter, o nosso valor, o nosso eu. O samba mudou a minha história. O sol é para todos, só está na escuridão quem quer e eu escolhi ficar no sol.” – refletiu, Selminha.


Parabéns Portelaweb!!

O Grupo Portelamor parabeniza o Grupo Portelaweb pelos 16 anos de contribuição a Portela e ao Portelense.
Porque amar é fundamental.

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Venda de frisas para os desfiles do Carnaval 2017 da Série A acontece em dezembro

Por Fábio Silva

A Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Lierj), em parceria com a Central de Atendimento e Vendas da Liesa, inicia no dia 6 dezembro o período de reserva de frisas para os desfiles de sexta-feira e de sábado de Carnaval da Série A para 2017.

Os interessados em adquirir um box de seis lugares devem enviar um fax para o número (21) 3032-0099, a partir da data estipulada, entre 9h e 13h, com as seguintes informações: nome, CPF, telefone para contato, setor pretendido, fila de preferência (A, B, C ou D) e data do desfile (sexta-feira, sábado ou ambos os dias).

As frisas em todos os setores, na fila A, custam R$ 1.200, enquanto o espaço nas filas B, C ou D saem a R$ 750.

A relação com os contemplados estará disponível no dia 16 de dezembro através do telefone (21) 2233-8151. Os pagamentos devem ser realizados nos dias 20 e 21 de dezembro na Central de Vendas, que fica na Rua da Alfândega, 25, lojas B e C, no Centro, entre 10h e 16h.

Outras informações podem ser obtidas através do telefone (21) 2233-8151.


Trem do Samba 2016 comemora os 100 anos de samba no Brasil. Evento acontece dias 02 e 03 de dezembro

Por Fábio Silva


Em homenagem ao ano do centenário do samba, a edição 2016 do Trem do Samba programa dois dias de celebrações na cidade do Rio de Janeiro, nos próximos dias 2 e 3 de dezembro. Idealizada pelo sambista, cantor e compositor Marquinhos de Oswaldo Cruz, a iniciativa cultural retrata a viagem de trem de Paulo da Portela e de outros sambistas do começo do século XX, que fugiam da repressão da polícia à cultura africana.

"Sendo Oswaldo Cruz o lugar de mais bens culturais imateriais em relação ao samba e percebendo que vai muito tempo da criação do samba, essas memórias (bens culturais) se materializam e saem pelo bairro provendo essa memória do samba", afirma Marquinhos de Oswaldo Cruz, idealizador do Trem do Samba e responsável pela curadoria musical do evento, realizado com o apoio da SuperVia.

Com trilha sonora própria, o Trem do Samba acolhe as obras autênticas do estilo samba de raiz, partido alto, samba de terreiro, samba de roda e samba-enredo. É um som atemporal, que não se molda ao mercado fonográfico, livre e artesanal. Para Marquinhos de Oswaldo Cruz, o samba é arte e essência, um patrimônio imaterial, que tem no Trem do Samba um canal para que se perpetue, já que a tradição se reinventa.

Evento acontece nos dias 2 e 3 de dezembro

Excepcionalmente em 2016, o festival acontecerá em dois dias: 2 de dezembro (sexta-feira, Dia Nacional do Samba, efetivamente) e 3 de dezembro (sábado, Grande Festa Comemorativa).

No dia 2 de dezembro, a programação do festival tem início à meia-noite com uma queima de fogos de artifício no bairro de Oswaldo Cruz. No final da tarde, cortejos formados pelo grande público e cinco grupos de rodas de sambas saem de locais estratégicos do bairro acompanhadas de bonecos gigantes, chamados "Senhores da Memória", que representam as músicas inesquecíveis dos lendários sambistas da região da Grande Madureira.

À noite, todos os cortejos juntos seguem em direção à casa da Dona Ester (Rua Antônio Badajós), matriarca da região que costumava reunir os bambas da cidade em seu quintal. Em seguida, os cortejos partem em direção à Praça Paulo da Portela no trajeto, os grupos passarão pelo Palácio 450 Anos, dado ao bairro em função da sua história cultural no aniversário de 450 anos da Cidade Maravilhosa. Em frente ao busto de Paulo da Portela, grandes batuqueiros da história e os grupos musicais que integram a programação do dia 3 de dezembro do Trem do Samba, formam a maior roda de samba que já se viu.

Já no dia 3, a festa se inicia às 15h, com shows no Palco da Central do Brasil e a partir das 18h24, em intervalo de 20 minutos, quatro trens partirão da famosa estação em viagens diretas para Oswaldo Cruz - com animação e roda de samba nos 32 carros que compõem os trens. O acesso do público será feito por meio de ação social com a troca de 1 kg de alimento não-perecível pela passagem.

No bairro da zona Norte o público será acolhido em mais três palcos para shows, em que se apresentarão renomados artistas, além de várias rodas de samba distribuídas pelo bairro. A festa está prevista para se encerrar a uma hora da manhã.

O trem especial, onde vão Marquinhos de Oswaldo Cruz e as principais velhas guardas da cidade, fará uma parada especial para a entrada da Velha Guarda da Estação Primeira de Mangueira. "Isso acontecerá numa alusão à música 'Sala de Recepção', de Mestre Cartola, que compôs em homenagem a seu amigo Paulo da Portela, quando esse foi banido da Azul e Branco de Oswaldo Cruz. Paulo ficou por três dias na casa do poeta maior da Verde e Rosa. Esse ano, o Trem do Samba fará a sala de recepção ao inverso", explica Marquinhos de Oswaldo Cruz.

Sob o tema Centenário do Samba, o festival trará todas as artes, peças de divulgação e sinalização dos projetos ilustrados com esse tema. Entre o que vem sendo planejado, por exemplo, os nomes dos quatro palcos dessa edição de dezembro nos remetem a grandes nomes de artistas do gênero: Donga (Central do Brasil) e os demais localizados no bairro de Oswaldo Cruz se chamarão: Paulo da Portela, Candeia e Zé Espinguela.

Sobre a programação

O Trem do Samba é um festival que conta com uma programação musical complexa. Nessa grade já se apresentaram nomes como Dona Ivone Lara, Leci Brandão, Arlindo Cruz, Mart'nália, Monarco, Tia Surica, Tia Doca, Nelson Sargento, Wilson Moreira, Nei Lopes, Fundo de Quintal, as Velhas Guardas da Portela, Mangueira, Salgueiro, Vila Isabel e Império Serrano, Martinho da Vila, Paulinho da Viola e muitos outros. Entre nomes da nova geração do samba, temos Arruda, Marienne de Castro, Thais Macedo, Samba do Chapéu, entre muitos outros. Mas, além das apresentações nos trens, o Trem do Samba também organiza rodas de sambas oficiais, em locais estratégicos do bairro de Oswaldo Cruz, simultaneamente aos palcos, entre os períodos vespertino e noturno.

Vale ressaltar que, exceto a viagem de trem da Central do Brasil para o bairro de Oswaldo Cruz, em que haverá troca de bilhete por 1kg de alimento não-perecível, toda a programação do festival é gratuita. Assim como é realizado há duas décadas, todos os alimentos doados ao festival são entregues ao Banco Rio de Alimentos, do Sesc Regional Rio.

Patrocinadores, apoios e informações extras

A edição 2016 do Trem do Samba é realizada pela Merecita Promoções e Eventos Ltda. - ME, conta com o patrocínio da Prefeitura do Rio de Janeiro - Secretaria Municipal de Cultura, da Ambev e apoio da SuperVia.


quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Japão lança primeira Feijoada da Família Portelense fora do Brasil

Por GRES Portela

O Consulado da Portela no Japão realizou no dia 23 de novembro, em Tóquio, sua primeira Feijoada da Família Portelense no Japão, reunindo torcedores da agremiação de Osvaldo Cruz e de outras escolas de samba. A atividade teve a parceira do Departamento Cultural da Portela e é a primeira vez que este evento oficial da Portela ocorre no exterior, marcando o pioneirismo do projeto de criação de consulados da Portela pelo Brasil e pelo mundo, idealizado pelo então Diretor do Departamento Cultural da Portela e atual presidente, Luis Carlos Magalhães.

O local escolhido para realizar a primeira Feijoada da Família Portelense no Japão foi o centro cultural do bairro de Taito. Lá, região equivalente à Praça Onze no Rio, é realizado no mês de agosto o Asakusa Samba Carnival.

Durante o evento foi servido feijão preto temperado com bacon, acompanhado de arroz e carne moída. Como no Japão o preço dos ingredientes da feijoada são muito altos, o Consulado optou por apresentar um menu mais simples e que fosse degustado pelos japoneses sem exceção. A comida, com gosto bem carioca, ficou a cargo da vice-Presidente do Consulado da Portela no Japão, Kishuko Sudoh, que aprendeu a receita no Rio de Janeiro. “Quando o Mestre de Bateria da Portela, Nilo Sérgio, esteve aqui em Tóquio, fiz o mesmo feijão e ele aprovou. Então acho que ninguém vai reclamar”, disse a portelense. A bebida foi liberada para cada um trazer o que preferisse.

Participaram da festa 40 pessoas, que também contou com o já tradicional evento “Karaokê de Sambas Enredo”, chamado pelos japoneses de “Enkara”, união das palavras “enredo” e “karaokê”. Na verdade, o Enkara é uma roda de sambas-enredo, onde canta, toca e dança quem quer.

A Feijoada da Família Portelense no Japão fechou o ciclo de grandes eventos do Consulado da Portela no Japão no ano de 2016. No entanto, ainda este ano serão realizadas mais duas oficinas virtuais de dança com passistas portelenses.

Em 2017, depois das festas japonesas de início do ano, a programação do Consulado volta com força total, começando com um festival de documentários sobre samba, seguido de Pagode da Família Portelense e ciclo de palestras sobre a história da Portela, seus sambas e seus baluartes. Estes eventos culminarão com uma grande festa em comemoração ao aniversário da agremiação azul e branco de Osvaldo Cruz.


quarta-feira, 23 de novembro de 2016

R$ 24 milhões! Prefeitura do Rio antecipa subvenção às escolas de samba

Por Luiz Felippe Reis

A situação não está fácil pra ninguém, fato. Mas, para as escolas de samba do Carnaval 2017, o quesito finanças tende a ficar um pouquinho menos complexo já a partir das próximas semanas. É que a Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou, através da Riotur, que além de manter o valor de R$ 24 Milhões da subvenção ao Grupo Especial – R$ 2 milhões pra cada agremiação -, vai antecipar o repasse para antes do final do ano e do consequente término da gestão do prefeito Eduardo Paes.

Dos R$ 2 milhões destinados a cada uma das escolas, aproximadamente 1,6 milhão será repassado antes da transição de governo, cerca de 80% do valor total. O restante, R$ 400 mil por agremiação, será efetuado já na administração do próximo prefeito, Marcelo Crivella, nas primeiras semanas de janeiro de 2017, como informou o site G1. A subvenção já tem previsão orçamentária para o ano que vem e está no planejamento que reúne todas as ações das principais secretarias para os meses iniciais, de acordo com o Plano Verão 2017 – indicado pela gestão atual e já aceito por Crivella (incluindo Reveillón e o próprio Carnaval).

Em diversas entrevistas, o prefeito eleito se comprometeu a manter as subvenções aos desfiles da Sapucaí e mostrou até uma certa proximidade política com as agremiações, ganhando, durante a campanha do segundo turno, o apoio aberto de algumas das principais escolas de samba.

“O Carnaval é um patrimônio da cidade do Rio de Janeiro”, afirmou Crivella

Ao Sambarazzo, enquanto ainda era candidato a prefeito, o senador Marcelo Crivella exaltou o Carnaval e se comprometeu a investir no fomento ao samba. Ele pretende apostar num espaço exclusivo para a formação de novos profissionais especializados no setor.

– O Carnaval é um patrimônio da cidade do Rio de Janeiro. Vamos continuar apoiando as escolas diretamente. Também ajudaremos na busca de patrocínio privado. A festa é muito importante não só para a formação cultural do nosso povo como economicamente, pois ajuda a lotar hotéis, bares e restaurantes, além de exportar a imagem de nossa cidade para o mundo. Temos que olhar para o conjunto das escolas de samba, as pequenas também são importantes – disse Marcelo Crivella, eleito prefeito do Rio pelo PRB.

Além de fomentar nova mão-de-obra, ele quer realizar parceria com as escolas, utilizando costureiras das agremiações para usufruto da cidade, como na produção de uniformes escolares. Outra ideia é reativar o concurso de coretos, tradição carioca que se perdeu no tempo, mas que para o político é importante para incentivar a brincadeira de Carnaval nos bairros.

Sambista e portelense, Eduardo Paes se despede em dezembro da prefeitura

O prefeito Eduardo Paes participou ativamente da festa e, como um dos principais símbolos de sua gestão especificamente sobre Carnaval, investiu na reforma de várias quadras de escolas de samba.

Paes conseguiu viabilizar, iniciar e terminar o projeto em algumas quadras do Rio de Janeiro. Como contrapartida, as escolas cederiam os espaços para projetos da prefeitura. A primeira beneficiada foi a Imperatriz Leopoldinense, em 2010, que ganhou uma recauchutada na casa de ensaios em Ramos, na Zona Norte. Logo depois foi a vez do Cacique de Ramos, tradicional bloco do Rio, ser contemplado. Mais de R$ 2 milhões foram gastos nas duas sedes.

Na sequência, União da Ilha, Portela e Império Serrano foram agraciadas e também tiveram as quadras reformadas pela prefeitura. Em dezembro de 2011, a tricolor da Ilha estreou o novo espaço, que ficou orçado em aproximadamente R$ 5,3 milhões e ganhou mais acessibilidade, teve a cobertura ampliada e outras mudanças estruturais. A Portela conheceu as alterações no “Portelão” em fevereiro de 2012 e custou aos cofres públicos cerca de R$ 4 milhões.

O Salgueiro também recebeu alguns reparos leves na fachada e calçamento no entorno da quadra. Em maio de 2012 foi a vez do Império Serrano dar as boas-vindas à nova quadra, que saiu por mais ou menos R$ 1,5 milhão.

Ainda em maio, rolou a inauguração da novíssima quadra da Mocidade Independente de Padre Miguel, com capacidade para 8 mil pessoas, situada na Avenida Brasil, em Realengo. Chamada de Polo Cultural e Esportivo Estrela da Zona Oeste, a quadra, que teve uma projeção de valor inicial de quase R$ 10 milhões, foi a única criada do zero.

Os dias 24, 25, 26 e 27 de fevereiro compõem o calendário oficial para os desfiles das escolas de samba do Carnaval carioca no Grupo Especial e na Série A.

Tudo igual! Prefeitura mantém valor da subvenção de R$ 24 milhões para o Grupo Especial e anuncia repasse de parte do valor para antes de 2017 – Foto: Gabriel Santos/Riotur

Conversa com os poetas: compositores da Portela buscaram sentimento do enredo

Por Guilherme Ayupp

A Portela tem uma grande responsabilidade no Carnaval 2017, além daquele peso de todo ano tentar sair da fila de títulos que já dura 32 carnavais. Continuar com a excelência de notas em samba-enredo (a última nota diferente de 10 no quesito foi em 2011). Para isso novamente a escola apostou no talento de um dos mais conceituados compositores da atualidade. Samir Trindade e seus parceiros dominaram inteiramente a final e conquistaram o bicampeonato.

O site CARNAVALESCO conversou com Samir e Elson Ramires sobre a honra de serem os poetas do samba portelense. Eles não se furtaram a falar dos problemas que aconteceram na final e apontaram que o trunfo do samba deles é ter buscado o sentimento do enredo, que seria a emoção do portelense com a Portela na avenida.

Que balanço vocês fazem dessa disputa da Portela?

Elson Ramires: “Disputa de samba-enredo, seja na Portela ou qualquer outra escola grande, é acirrada. Ninguém quer perder. Todos querem ganhar. sendo a escola o que é, é óbvio que há um acirramento esperado. Não foi nada diferente do que acreditávamos”.

Samir Trindade: “Nossa parceria sempre pregou o bem maior que é a escola. Tínhamos definido que cumprimentaríamos o samba campeão. Cada um fala por si. Prego a humildade sempre. Graças a Deus acharam que nosso samba era o melhor. 42 pessoas do juri votaram no nosso samba”.

Qual foi o sentimento com essa vitória?

Samir: “Foi uma disputa acirrada com vários nomes. Ganhar na Portela é sempre uma emoção diferente. esse samba será um samba marcante a ser um samba marcante. Não imaginava que por ironia do destino acabaríamos homenageando o nosso saudoso presidente”.

O que o enredo e o samba da Portela tem de diferencial na visão de vocês?

Samir: “Tentamos buscar o que o Paulinho da Viola sentiu na Portela como sendo um rio de emoção. Desde a cabeça do samba seguimos nessa linha. Foi vendo esse rio passar que eu virei portelense. Tentamos captar esse sentimento para fazer a música. Convocamos bambas para estarem inseridos de forma subjetiva no samba”.

Ramires: “O diferencial foi nossa interpretação do texto do Paulo. Definimos a forma subjetiva que seguiríamos”.

O que dá para fazer com o dinheiro que se ganha com uma disputa de samba?

Ramires: “Dá para pensar na disputa do ano que vem. Combinamos de guardar um dinheiro para o próximo ano. Se não tiver um retorno vamos ficar sem nossas mulheres. Mas nós não podemos ficar pensando só no dinheiro. Se não houvesse prêmio nenhum a gente faria com o mesmo amor, principalmente na Portela”.


terça-feira, 22 de novembro de 2016

Na próxima sexta-feira a festa é dela, Bianca Monteiro

Os ingressos já estão à venda na bilheteria da quadra e online em http://bit.ly/2eZiK3f
Entrada: R$15,00
Mesa: R$25,00 (não inclui entrada)
Camarote inferior: R$ 300,00
Camarote superior: R$ 450,00
Mesas e camarotes na bilheteria ou ligar para (21)3256-9411

Série Majestosos - Guaracy

Porque amar é fundamental

Portela adere à campanha do ‘Dezembro Laranja’ contra o câncer da pele

Por Guilherme Ayupp

As campanhas de prevenção ao câncer, uma das doenças que mais matam brasileiros, ganharam notoriedade e popularidade nos últimos anos. O outubro rosa, que alerta para o câncer de mama e o novembro azul, sobre o câncer de próstata, são cases de sucesso de marketing social. Em dezembro a cor escolhida é o laranja, para alertar para os riscos do câncer da pele. No último mês do ano começa o verão e a Sociedade Brasileira de Dermatologia alerta para os riscos de não se usar o protetor solar. Nesse sentido a instituição ganhou uma forte aliada nesta importante campanha: a Portela.

A azul e branca de Oswaldo Cruz e Madureira, que desde a vitória da gestão Portela Verdade em 2013, demonstra um perfil de preocupação social, que denota o respeito do papel social das escolas de samba. Para demonstrar esse apoio à campanha o departamento de marketing da escola, sob o comando de Vinícius Ximenez e Paulo Renato Vaz, produziu camisas especiais com o fundo laranja. Quem esteve presente no ensaio de comunidade da quarta-feira pode verificar que toda a escola apoia a campanha.

Em entrevista concedida ao site CARNAVALESCO, o diretor de marketing da agremiação, Vinicius Ximenez falou sobre a campanha, que será lançada de maneira oficial na próxima feijoada da agremiação, em 03 de dezembro na quadra.

– A gestão Portela Verdade tem em seu DNA o engajamento em causas sociais, adotando posicionamentos e ações que têm como principal objetivo o bem estar da sociedade. Diante desse olhar responsável, temos hoje uma grande oportunidade, em parceria com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, de alertar e conscientizar a população sobre a importância da prevenção contra o câncer da pele através da campanha Dezembro Laranja. Com o aquecimento global cada vez mais latente, entendemos que se faz necessário este alerta para os cuidados com a pele, além de alertar sobre os males que a exposição desprotegida aos raios solares causam na pele. Estamos muito felizes com essa parceria e entendemos que prevenir é muito mais fácil que remediar – destacou Vinicius.


segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Ordem de desfile das escolas mirins sofre alteração

Por Fábio Silva

A diretoria da Associação das Escolas de Samba Mirins alterou a ordem dos desfiles de duas agremiações para o próximo carnaval. A medida se deu em comum acordo entre dirigentes das escolas Miúda da Cabuçu e Infantes do Lins - Antônio Farias e Érika Renata.

Os representantes solicitaram a possibilidade de troca na sequência das apresentações durante reunião com Edson Marinho e diretores de carnaval da Aesm-Rio.

-Por se tratar de duas agremiações sediadas no mesmo bairro (Lins de Vasconcelos) e em especial da mesma localidade, os representantes me consultaram e aprovei a modificação. Uma seria a primeira e outra a última, não alterando a colocação nas apresentações das demais escolas - declarou Edson Marinho. O responsável pela entidade enfatizou que pelo fato de terem tomado a iniciativa de solicitarem a troca, não viu objeções e concordou com a troca.

Após a modificação ficou definido que a Miúda da Cabuçu será a primeira a desfilar e a Infantes do Lins a escola que encerrará os desfiles da criançada dia 28 de fevereiro no Sambódromo.

Confira a nova ordem:

1 - Miúda da Cabuçu

2 - Tijuquinha do Borel
3 - Inocentes da Caprichosos 
4 - Golfinhos do Rio de Janeiro
5 - Ainda Existem Crianças de Vila Kennedy
6 - Império do Futuro
7 - Corações Unidos do Ciep
8 - Filhos da Águia
9 - Pimpolhos da Grande Rio
10 - Mangueira do Amanhã
11 - Estrelinha da Mocidade 
12 - Aprendizes do Salgueiro
13 - Petizes da Penha
14 - Herdeiros da Vila
15 - Nova Geração do Estácio







Escola de mestre-sala e porta-bandeira Manoel Dionísio realiza aula única no próximo sábado

Redação SRZD

A escola de mestre-sala e porta-bandeira Manoel Dionísio realizará aula única no próximo sábado (26) na quadra da escola de samba Unidos de Vila Isabel às 13h30. A data é marcada pela comemoração do dia do mestre-sala e da porta-bandeira.

Devido a enorme crise que assola o país e principalmente o estado do Rio de Janeiro, a escola não conseguiu fechar parcerias para que o projeto fosse mantido. Veja nota enviada ao portal SRzd Carnaval:

“A Direção da A.C.E. Escola de Mestre Sala Porta Bandeira Porta Estandarte Manoel Dionísio, comunica que devido a grave crise que assola o Rio de Janeiro desde o início do ano, as eleições para Prefeito, a falta do espaço no sambódromo (cedido aos Jogos Olímpicos) e também alguns impedimentos por falsas informações divulgadas, não conseguimos parceiros interessados em ajudar nossa Escola esse ano, mas nunca desistimos de vocês e já estamos lutando firme para que tudo volte ao normal em 2017. Por respeito aos seus sonhos, faremos uma única aula em 2016 e você não pode perder!

Após o término da aula faremos uma pequena confraternização pelo Dia do Mestre-Sala e Porta-Bandeira (24/11), onde vamos homenagear o 1º formador de casais, DALMO JOSÉ DA MANGUEIRA (In Memoriam) na figura de seus discípulos, também foram convidados os Projetos: Madureira Toca Canta e Dança (Waldir Galo), Latopá da Grande Rio (Alcebiades Belenzinho), O Sonho do Beija Flor (Claudinho e Selminha Sorriso) e Minueto do Samba (Tia Vivi); Sérgio Jamelão e Charles Eucy.

Contamos com a compreensão de todos os Alunos e Pais envolvidos e aguardamos vocês!”

Administração: Magda Dionísio e Cláudio Dominicina

SERVIÇO:
Aula e Comemoração do Dia Do MS e PB
Dia: 26/11/2016
Local: GRES Unidos de Vila Isabel
Horário: 13,30hs às 18 hs
Endereço: Rua Vinte e Oito de Setembro, nº 382 – Vila Isabel


Grupo Portelamor - Porque amar é fundamental

www.portelamor.com

Mais uma edição da feijoada mais famosa do Rio

Porque amar é fundamental

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Portela recebe Cubango e Lins Imperial nesta sexta-feira

By Marquês da Folia

A Portela iniciará, nesta sexta-feira (18), a partir das 23h, a tradicional temporada de ensaios com a presença de agremiações convidadas. Na ocasião, a azul e branco vai receber integrantes das escolas de samba Acadêmicos do Cubango e Lins Imperial.

A anfitriã terá a responsabilidade de abrir a programação. Sob o comando do intérprete Gilsinho e da bateria Tabajara do Samba, vão se apresentar passistas, baianas, Velha Guarda e integrantes das torcidas organizadas da Portela.

Participam também o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira Alex Marcelino e Danielle Nascimento, além de Marlon Flôres e Camylinha Nascimento, segundo casal da agremiação, e a rainha de bateria Bianca Monteiro. Tudo isso ao som de sambas antológicos da Portela e do hino oficial para o próximo Carnaval, quando a escola apresentará o enredo “Quem Nunca Sentiu o Corpo Arrepiar ao Ver Esse Rio Passar…”, do carnavalesco Paulo Barros.

Em seguida, Cubango e Lins Imperial farão uma celebração a grandes nomes portelenses, já que seus enredos de 2017 são homenagens aos compositores João Nogueira e Monarco, respectivamente. As agremiações visitantes também levarão seus segmentos e cantarão, além de sambas históricos, seus hinos para o próximo Carnaval.

O ingresso do ensaio custa R$ 10. Mesas com quatro lugares serão vendidas a R$ 20 (não inclui a entrada). A quadra da Portela fica na Rua Clara Nunes 81, em Madureira. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone: (21) 3256-9411.

Serviço:

Ensaio-show da Portela com Cubango e Lins Imperial

Data: Sexta, dia 18 de novembro
Horário: A partir das 23h
Local: Quadra da Portela
Endereço: Rua Clara Nunes 81, Madureira, Zona Norte do Rio
Ingresso: R$ 10
Mesas com quatro lugares: 20 (não inclui a entrada)
Camarote inferior (com 15 lugares): R$ 250
Camarote superior (com 15 lugares): R$ 300
Classificação etária: 18 anos.
Informações: (21) 3256-9411

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Está no ar a Portela TV!

Fonte: GRES Portela

‘Dicionário da História Social do Samba’, de Luiz Antonio Simas e Nei Lopes, recebe o prêmio Jabuti, o mais importante da literatura brasileira

Por Yuri Neri

A Câmara Brasileira do Livro (CBL) divulgou os vencedores do 58º Prêmio Jabuti, o maior da literatura brasileira, e o carnaval e o samba tiveram o lugar garantido entre os vencedores. O “Dicionário da História Social do Samba”, de Nei Lopes e Luiz Antonio Simas, venceu o Jabuti na categoria Teoria/Crítica Literária, Dicionários e Gramáticas. O CARNAVALESCO conversou com um dos autores premiados, Luiz Antonio Simas, que contou a emoção de receber o prêmio e o que isso representa para o universo do samba.

– É um prêmio muito relevante para mim, para o Nei, e para o samba porque, no ano do centenário do gênero, ganhar o maior prêmio de livro do Brasil é um presente. Foi uma grande surpresa porque fizemos um trabalho grande de pesquisa, e agora esse prêmio veio para colocar o samba no patamar que ele merece – afirmou Simas.

Sobre o parceiro, Nei Lopes, Simas não poupa elogios. Segundo ele, o segredo da parceria de sucesso é o reconhecimento que ambos têm sobre o papel social do samba.

– O Nei é um grande sambista, uma pessoa que tem um grande trabalho de pesquisa sobre o samba, e ele me convidou para essa parceria, e foi uma grande dobradinha, porque eu também tenho um trabalho de pesquisa dessa relação entre samba e carnaval. E as nossas pesquisas se uniram nesse trabalho, e na construção de cada verbete tinha um pouco de mim e dele, havia muita interação, um dando sugestões no trabalho do outro, e a internet facilitou muito isso, porque o Nei mora em Seropédica. E cumprimos o nosso objetivo, que era chamar a atenção para o fato de que o samba não é só uma manifestação cultural e coreográfica, mas que ele é um fato social; o samba tem maneiras próprias de comer, de vestir, de celebrar, de louvar, é um complexo cultural potente o que envolve o samba e vai além de coreografia e música – explicou o autor.

Simas falou ainda da grande importância desse prêmio para as manifestações culturais africanas, já que, segundo ele, ajuda a reforçar os laços de igualdade em tempos de intolerância.

– Uma obra assim, e premiada, reforça a ideia de que há sim um legado da diáspora africana no Brasil, que é algo muito potente, e é preciso reforçar isso. Esse prêmio Jabuti dá ao samba uma centralidade, e a editora Civilização Brasileira, do grupo Record, ajuda nesse trabalho – explicou Simas.

Universo do samba cada vez mais presente na literatura

Luiz Simas explicou ao CARNAVALESCO que, cada vez mais, surgem obras acerca desse universo do samba e do carnaval mas, segundo o autor, ainda há muito a ser explorado sobre isso e que a literatura disponível atualmente ainda não dá conta de tudo que merece ser abordado.

– O Jabuti é um prêmio de grande importância, mas que mostra principalmente que ainda há muito o que se falar sobre o samba. É um universo que precisa ser mais explorado. Esse segmento literário está em expansão, com uma produção não só sobre samba, mas sobre o carnaval. É um mercado que precisa se expandir, porque há toda uma riqueza em expansão para o Brasil que precisa ser falada – disse ele.

A 58º do Jabuti premiou obras em várias áreas, e Luiz Simas considera que a importância do prêmio para a literatura nacional pode ser um divisor de águas, que ajudará a impulsionar ainda mais pesquisas e obras sobre esse universo.

– O fato de o Jabuti premiar obras com uma relevância também social conta muita, surpreende, e é importante ter essa dimensão, porque, ainda que o samba seja destaque no Rio, o carnaval é múltiplo, com faces próprias no Amazonas, no Rio, em São Paulo, no Maranhão, e a literatura precisa explorar mais isso. Reconhecer essa diversidade é muito importante, e o Jabuti ajuda a abrir mais o campo para que isso seja estudado. Espero que essa premiação seja um impulso para que surjam outras obras e pesquisas sobre isso – afirmou Simas.

A cerimônia de entrega do Jabuti ocorrerá no dia 24 de novembro, no Auditório Ibirapuera, em São Paulo. Os primeiros colocados em cada categoria receberão o troféu Jabuti e R$ 3,5 mil.


domingo, 13 de novembro de 2016

Edição de novembro do Botequim da Cidade do Samba acontece nesta segunda-feira, dia 14

Por Juninho Tititi

Vem aí a segunda edição desta temporada do Botequim da Cidade do Samba. Roda de Samba, chorinho e muito pagode reunidos no principal palco onde é feito todo carnaval. O melhor do samba no melhor lugar!!! Sucesso absoluto na edição de outubro, vamos manter o clima de alegria e confraternização para os amantes de uma boa roda de samba, em um ambiente acolhedor e com música da melhor qualidade.
Nesta edição o evento acontecerá na véspera do feriado, sendo uma ótima opção para os turistas e visitante vivenciarem o melhor do samba carioca.

“Ansiosamente aguardado em cada uma das suas edições, o Botequim da Cidade do Samba é o ponto de encontro de quem tem compromisso com a alegria e a felicidade. Proporciona um ambiente de harmonia e confraternização”, segundo Moacyr Barreto, um dos sócios da AMI7 Promoções e Eventos, empresa realizadora do evento.

As atrações de novembro serão: Elymar Santos, Marquinhos Satã, Luiz Camilo, Grupo Balacobaco, Grupo Art Junior, Chacal do Sax, Marcelo Negrao e na abertura o grupo de Chorinho Pe de Louro. O local oferece estacionamento próprio, ponto de taxi e o acesso à Cidade do Samba pode ser feito através de diversas linhas de onibus, metro(Estação Central e bondinho até 19:00h) e VLT circulando até 24:00h.

O Botequim acontecerá sempre na segunda segunda-feira do mês, das 18h às 23h. Os ingressos serão vendidos no local e dia do evento, na Cidade do Samba e custam R$15 e as mulheres tem entrada Vip até as 19:00h . Mesas podem ser adquiridas no local ao valor de R$ 50,00. O endereço da Cidade do Samba é Rua Ribadávia Correia, 60. Mais informações pelo telefone (21) 3197 3391.

Serviço:
Botequim da Cidade do Samba temporada 2016/2017
Data: 14 de novembro de 2016
Local: Cidade do Samba (Rua Rivadávia Correia, 60 – Gamboa)
Horário: 18h às 23h
Atrações: Elymar Santos, Marquinhos Satã, Luiz Camilo, Grupo Balacobaco, Grupo Art Junior e na abertura o grupo de Chorinho Pe de Louro.
Valor: R$ 15. Mulher não paga entrada até as 19h.
Informações: (21) 3197 3391


A cantora Pipa Brasey será um dos destaques da Portela

Redação SRZD

A cantora Pipa Brasey, intérprete brasileira estabelecida na Suíça, disse hoje ao SRZD, através de sua assessoria, que ela será um dos destaques da escola com um figurino feito por Paulo Barros. O primeiro destaque da Portela será Carlos Reis, um dos mais respeitados nomes do Carnaval do Rio.

Há uma semana ela se apresentou na feijoada portelense, em Madureira, em agradecimento pelo carinho recebido da escola. Na ocasião, ela, Brasey, se apresentou no mesmo palco da Velha Guarda Show da Portela e do Grupo Revelação.

Ela está honrada por ter o seu figurino saído da prancheta de um dos carnavalescos mais importantes do Carnaval do Rio.

Aclamada pelo público, terminou seu show com um agradecimento emocionado à sua escola do coração, ao Grupo Revelação, ao público presente e, ainda, fez uma reverência especial à memória do ex-presidente portelense Marcos Falcon.

A cantora, que encerrou sua breve temporada no Brasil com esse show, retornará em fevereiro para defender a Portela no Carnaval 2017. Pipa Brasey, com mais de 30 anos de carreira internacional e recentemente premiada com o Troféu Destaque Europa 2016, declara seu coração azul e branco e se diz muito honrada em fazer parte da Portela.



sábado, 12 de novembro de 2016

Grupo Portelamor - Porque amar é fundamental

Passista Nanda da Portela ministra Oficina Virtual de Samba para japonesas

Por GRES Portela

A passista da Portela, Nanda Coelho, ministrou no dia 10 de novembro uma oficina de samba para 30 japonesas. O inusitado foi o fato de Nanda e as 30 japonesas estarem a 18,5 mil quilometros de distância. Ou seja, Nanda estava na casa dela, em Nilópolis, e as japonesas em Tóquio. Eram 9h da manhã no Brasil e 8h da noite na capital japonesa. A distância e o fuso horário não impediram que passistas de várias agremiações japonesas se reunissem em uma estúdio de dança com internet para verem e ouvirem a passista portelense.

A primeira Oficina Virtual de Samba foi realizada pelo Consulado da Portela no Japão, com a coordenação da vice-Presidente da instituição, Kishuko Sudoh e o apoio do Departamento Cultural da Portela. O evento ocorreu no Estúdio Legace, no Bairro de Shinjuku, região equivalente à Tijuca, no Rio de Janeiro. As 30 japonesas desfilam na ala de passistas de várias escolas de samba no Japão e algumas são ou já foram rainhas de bateria. A Oficina foi realizada através de Skype e, talvez, tenha sido a primeira entre passistas dos dois países.

A Oficina começou com um vídeo de trinta minutos gravado na quadra da Portela pelo cinegrafista Paulo Henrique Souza. No vídeo de 30 minutos, Nanda mostrou passos básicos da dança do samba, além de dar algumas dicas de como evoluir em desfile. As alunas dançaram junto com as imagens do vídeo, seguindo as orientações de Nanda. Em seguida, a passista portelense foi conectada via Skype aparecendo em um telão dentro do estúdio em Tóquio. Ela dividiu as 30 japonesas em cinco grupos de seis e corrigiu o dançar de cada aluna. As participantes ficaram muito satisfeitas com o resultado, destacando a simpatia, simplicidade e a educação da “sensei” (professora em japonês).

A ideia de realizar uma oficina virtual com a Portela foi da vice-Presidente do Consulado da Portela no Japão, Kishuko Sudoh. Ela contou como conheceu Nanda e porque a escolheu para ministrar a Oficina. “Em 2014, vi vários vídeos de um concurso de passistas realizado pela “Revista Quem” da Editora Globo. Os vídeos com cada passista dançando foram postados no YouTube e me chamou atenção uma passista da Portela chamada Karla, que é o primeiro nome da Nanda. No mesmo ano estive no Rio e fui várias vezes à quadra da Portela para vê-la dançar. Mas não consegui falar com ela. Desfilei na ala de passistas do União do Parque Curicica e logo tive que retornar ao Japão. Apesar de não termos nos falado, guardei o nome dela para, numa oportunidade, perguntar se não gostaria de ensinar as japonesas a dançarem. Eu so fã da Aldione Sena e da Nilce Fran. As duas são exímias passistas, de nível muito alto para nós japonesas. Para mim, a forma da Nanda dançar era a ideal para as japonesas aprenderem”, contou Kishuko.

A vice-Presidente do Consulado da Portela desfila desde 1991 como passista no Asakusa Samba Carnival, já foi rainha de bateria e, atualmente, coordena um grupo que se chama “As Passistas”. Este grupo é formado por passistas de diversas agremiações japonesas e se reúne duas vezes por mês para estudar os passos das passistas cariocas. O nível das meninas surpreendeu Nanda, que ficou lisonjeada por ter sido escolhida para ministrar a Oficina. “Elas dançam melhor que muitas brasileiras”, disse a passista portelense, que havia feito aniversário no dia anterior à Oficina e foi parabenizada pelas participantes. Esta foi a segunda Oficina Virtual realizada pelo Consulado da Portela no Japão. A primeira ocorreu em junho com o diretor de cuícas da Portela, Arsenio. Agora o Consulado está buscando patrocinadores para realizar as oficinas em solo japonês. “Estamos trabalhando para isso”, garante Kishuko. 


Segunda exibição do "82 Minutos" lota sala de cinema em Tóquio

Por GRES Portela


O Consulado da Portela no Japão realizou a segunda exibição do documentário “82 Minutos”, do diretor Nelson Hoineff. O evento aconteceu na noite do no dia 9 de novembro, em sala de exibição pública do Bairro de Taito, na capital japonesa, que foi alugada especialmente para mostrar o documentário. Desta vez, 100 japoneses de várias escolas de samba prestigiaram o trabalho do cineasta brasileiro sobre os preparativos do desfile de 2015 da Portela. Houve tradução simultânea para a língua japonesa.

Depois da exibição vários japoneses comentaram que o documentário é de fácil entendimento, levando o espectador a compreender como é o processo de construção de um desfile de escola de samba. “Este filme deveria entrar em circuito nacional nos cinemas do Japão”, comentou um ritmista japonês. Para ele, até quem não entende nada de samba consegue acompanhar o desenrolar da história.

Devido o pedido de vários japoneses que não puderem comparecer nos dois dias de exibição, o Consulado da Portela no Japão está programando uma terceira exibição em janeiro, depois das festas de final de ano.

Segundo o presidente do Consulado da Portela no Japão, Marcello Sudoh, após o carnaval de 2017, o Consulado deve exibir mais um documentário inédito em Tóquio sobre samba. “As negociações estão bem avançadas e os diretores já se comprometeram em enviar o DVD de exibição para o Japão”, concluiu o portelense.