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quinta-feira, 28 de julho de 2011

Terreirão do Samba só deverá ficar pronto depois do Carnaval

Por Fábiod Silva
Não são só as obras do Sambódromo e da Cidade do Samba que vão ter que correr contra o tempo até o Carnaval de 2012.

A reestruturação do Terreirão do Samba, na Praça Onze, também promete exigir esforço redobrado para que os cariocas possam usá-lo nos dias de folia. Anunciada em fevereiro passado, a concorrência para escolha da empresa responsável por erguer o novo espaço só foi finalizada em maio. E o contrato assinado em 7 de junho. Se o prazo de 300 dias corridos para a obra (previsto em edital) for respeitado à risca, o Terreirão só deverá ficar pronto em abril, quase dois meses depois da festa, que no ano que vem começa em 17 de fevereiro.

Orçada em cerca de R$ 15,3 milhões, a reestruturação do Terreirão prevê a construção de uma praça de eventos de 3.370 metros quadrados com dois palcos para shows e edificações para abrigar a administração e a bilheteria. Além disso, serão construídos dois andares com 24 camarotes, nove bares e duas casas de samba, além de oito quiosques.

Instalado desde 1991 num terreno de 12.377 metros quadrados na Praça Onze, o Terreirão do Samba ganhará infraestrutura para funcionar o ano todo, recebendo shows de Música Popular Brasileira.
De acordo com o Diário Oficial do Município, a concorrência chegou a ser adiada em 6 de abril para exame do edital pelo Tribunal de Contas do Município (TCM). Retomada no mesmo mês, a licitação enfrentou, já em maio, recursos de empresas consideradas inabilitadas para o certame. O resultado do processo só foi homologado em 16 de maio, e o contrato, com a empreiteira JW Empreendimentos Imobiliários e Construções, assinado em 7 de junho.

Em nota, a Secretaria Municipal de Obras garantiu que a reforma do Terreirão será concluída antes do carnaval. A secretaria informa ainda que, além de novos espaços para apresentações, serão feitas a readequação da iluminação cênica e ampliação do número de sanitários do complexo. A área também será adaptada para ficar de acordo com as normas de acessibilidade.

A Prefeitura enfrenta problemas também para tirar do papel a reforma de nove setores de arquibancadas e da Praça da Apoteose do Sambódromo. O Tribunal de Contas do Município (TCM) aprovou na quarta-feira, com ressalvas, o edital de licitação para a escolha da empresa que fará reformas estruturais no setor ímpar do Sambódromo , entre outras melhorias. As intervenções na Sapucaí já deveriam ter sido licitadas há quase um mês, mas o edital caiu em exigência no TCM, como revelou o Jornal O Globo.

Embora tenha aprovado o documento, o Tribunal de Contas recomendou que, em futuras licitações, a Rio-Urbe seja mais precisa na apresentação das planilhas de preços de itens das obras. Um trecho do setor par, que foi demolido para a ampliação da Marquês de Sapucaí, já está em reforma com recursos privados, numa parceria entre o município e a Ambev.

A Secretaria municipal de Obras espera poder realizar a licitação da reforma do Sambódromo na próxima sexta-feira.

Segundo o secretário municipal de Obras, Alexandre Pinto, a previsão é de que as obras sejam iniciadas entre 15 de agosto e 1 de setembro. Levando em consideração o prazo de 180 dias estipulado no edital, na melhor das hipóteses, as obras acabariam em 15 de fevereiro, dois dias antes da festa. A SMO promete, contudo, adiantar os trabalhos, mantendo turnos de 24 horas.

Já na Cidade do Samba, as obras de reconstrução de quatro barracões destruídos por um incêndio em fevereiro passado dependem do pagamento do seguro do complexo.

* As informações são do Jornal O Globo


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