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terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Lançamento do CD do Grupo Especial deixa o prenúncio de um carnaval quente

Por Rodrigo Coutinho


Se para muita gente o CD do Grupo Especial 2014 ficou um tanto quanto morno, quem pôde presenciar as apresentações das 12 agremiações da elite do carnaval carioca na noite de segunda-feira, na Cidade do Samba, teve a certeza que virá um carnaval quente por aí. Não que o rendimento das obras no palco seja um parâmetro definitivo para o dia do desfile, mas as apresentações passaram algumas impressões importantes, nada que não possa ser corrigido ou aprimorado até o grande dia. Antes das apresentações, a Liesa homenageou Nelson Sargento, Tia Surica e Teteu José pelo Dia Nacional do Samba.

A primeira impressão aponta seis sambas como destaque. Vila Isabel, Salgueiro, Mangueira, Portela, Grande Rio e União da Ilha, não necessariamente nessa ordem, foram, por diferentes motivos, as obras que mais contaram com a participação do público na Cidade do Samba. A atual campeã foi a última a se apresentar, obedecendo a já tradicional ordem de apresentação em ordem inversa às faixas do CD. Emprestou também sua bateria para servir de base a todas as escolas do grupo. No grupo das seis, destaque para as ótimas apresentações dos intérpretes, com menção especial para Ito Melodia, que deu ainda mais brilho e garra ao bom samba da União da Ilha.

Num bloco mais intermediário estão as escolas que, tirando as pessoas que participaram da torcida de cada uma delas, não despertaram muita reação no público. Destaque para as interpretações de Igor Sorriso - a cada ano melhor - e a emoção de Lucinha Nobre e Rogerinho, que voltaram a participar de um evento oficial com o pavilhão da Mocidade. Detalhe para a bandeira, usada no ano de 1986.

Um pouco mais abaixo, estão Império da Tijuca e Imperatriz Leopoldinense. A Verde e Branco do morro da Formiga teve um Pixulé inspirado mais uma vez, mas o samba que tem precisa ser tocado num andamento um pouco mais acelerado que o adotado. Óbvio que com a bateria da escola, que tem essa característica sob a batuta de mestre Capoeira, a obra renderá mais. Já a Imperatriz Leopoldinense não conseguiu despertar no público a euforia imaginada com o aguerrido e popular samba em homenagem ao craque Zico, algo que pode ser perfeitamente aperfeiçoado até o primeiro ensaio técnico da escola.

Outro fato relevante da festa foi a participação dos casais de mestre-sala e porta-bandeira e as rainhas de bateria. Todos os casais dançaram perfeitamente trajados, alguns com as fantasias do último desfile e outros com indumentárias criadas especialmente para a ocasião. Neste ponto, destaca-se a roupa de Lucinha Nobre e Rogerinho, bem alusiva ao enredo da Mocidade para 2014. Raphael e Squel também se destacaram com uma dança elegante e mostraram sintonia para defender o pavilhão mangueirense.

Entre as rainhas de bateria, quem roubou a cena foi Sabrina Sato, que reina a frente dos ritmistas da Unidos de Vila Isabel. Bem a seu estilo, brincou com o apresentador da festa, Jorge Perlingeiro, ao repetir o seu bordão ''só se for agora''. Juliana Andrade, Evelyn Bastos, Viviane Araújo e Cris Vianna deram um show de carisma, simpatia e samba no pé.


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