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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Abre-alas da Portela terá 22 águias: uma delas será a maior já vista na Sapucaí

Por Diego Barreto




Ninguém é mais esperada no carnaval carioca do que ela. Desfila há mais de 40 anos e já passou pela Avenida nas cores azul, branca e dourada, carregando filhotes e até sem asas. Desta vez, a águia da Portela não estará sozinha. Serão 22 no total, que formarão um mar de águias no abre-alas. A principal delas terá 14 metros de envergadura de asas e será a maior que a escola fundada em Oswaldo Cruz e abraçada por Madureira já levou para a Sapucaí.
Segundo o carnavalesco Alexandre Louzada, sua intenção ao elaborar a alegoria era valorizar o símbolo maior dos portelenses. Ele conta que aproveitou o título do enredo “Um Rio de mar a mar: do Valongo à Glória de São Sebastião” para criar o mar de águias, com 43 metros de comprimento em dois chassis acoplados.
— A proposta é valorizar a águia. Daí surgiu a ideia de fazer uma para cada um dos 21 títulos, formando o mar. Além de uma 22ª, que virá em posição de ataque, invocada para conquistar o campeonato — explica Louzada.
O carnavalesco revela que a águia maior vai voar alto e dar rasantes sobre as arquibancadas do Sambódromo. Um estrutura feita com fibra de carbono permitirá movimentos de 180 graus sobre o público. Para reproduzir as penas das asas, um tecido foi especialmente estampado.
— Mandamos fazer o tecido das penas para dar mais realismo. A águia também gritará forte, além de ter uma iluminação muito bonita e outros efeitos que só serão revelados na pista — conta.
A grandiosidade do carro — que terá 40 destaques de composição, além do destaque central, Carlos Reis — exigiu a instalação de seis câmeras em pontos estratégicos da alegoria. O objetivo é facilitar a direção do carro durante o desfile, que acontecerá na segunda-feira.
— O carro foi testado e, embora seja enorme, tem boa direção. Ele faz curva perfeitamente.

— garante Louzada.

Águia já fez portelenses chorarem de alegria e tristeza na Avenida
A pioneira
O carnaval de 2014 marca o 46º desfile da águia da Portela. O símbolo foi adotado na bandeira da escola na década de 30, mas a primeira desfilou numa alegoria em 1968, no enredo “Tronco do Ipê”.
Inesquecível
O desfile de 1995 nunca saiu da cabeça dos portelenses. Além do título perdido para a Imperatriz por meio ponto, a Portela trouxe uma águia que ainda é considerada uma das mais bonitas. O enredo “Gosto que me enrosco”, de José Félix, contava a história do carnaval, e a águia veio fantasiada com máscara, chapéu e guizo no bico.



Amazonense
As cores da águia de 2002 fugiram do comum: marrom e branco, como o gavião real do Amazonas, enredo daquele carnaval. A alegoria foi um sucesso. Alçava voos e carregava nas patas uma componente caracterizada como índia. Em 2004, na reedição do enredo “Lendas e mistérios da Amazônia”, a águia teve outra cor inovadora: desfilou toda dourada, representando a lenda do Eldorado.




Melancólica

O momento mais triste da Portela ficou eternizado na imagem da águia de 2005: suas asas não foram encaixadas a tempo do desfile. O último carro, que viria com a velha guarda, não entrou no desfile para a escola não estourar o tempo. A ala passou pela pista chorando depois do desfile. A escola teve a pior colocação de sua história.










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