Translate

quinta-feira, 29 de junho de 2017

CARNAVALESCO conta detalhes da reunião das escolas e Liesa com o prefeito Crivella

Por Guilherme Ayupp

O impasse sobre o corte da verba da Prefeitura do Rio de Janeiro para o Carnaval de 2018 não acabou na reunião dos presidentes das escolas de samba do Grupo Especial e dirigentes da Liesa com o prefeito Marcelo Crivella. Um novo encontro foi marcado para segunda-feira e as escolas aguardam que o prefeito atenda a contraproposta feita pelas agremiações. Sabendo dos problemas financeiros tão falados pela Prefeitura do Rio, as escolas apresentaram algumas ideias para amenizar o corte que surgiu no meio do ano, quando todas escolas já estão em preparação dos seus desfiles. Foi pedido que a redução seja de 25%, mantendo o mesmo patamar de corte feito pela Prefeitura em seus demais contratos com outras pastas. Crivella ficou de estudar e a expectativa do mundo do carnaval é que ele atenda ao pedido.

O prefeito levou para reunião seus secretários de pastas-chave, como Fazenda, Obras e o presidente da Riotur, que explanaram suas dificuldades. A procuradora-geral do município também participou do encontro. Crivella fez questão que todos os presidentes das escolas falassem na reunião. O presidente Marcelo Alves, da Riotur, frisou que as escolas de samba precisam trabalhar o potencial de marketing do carnaval. Comparou com o Rock in Rio e citou que os desfiles possuem muito mais potencial que o festival e que não as escolas não impulsionam o faturamento do setor.

Pagamento da subvenção começa em julho

As escolas apresentaram também uma proposta de recebimento da verba, dividindo o valor em sete parcelas. O que foi aceito imediatamente por Crivella. A partir de julho, as agremiações começarão a receber valores do Carnaval de 2018. Também foi levantada a ideia da Prefeitura do Rio confirme o pagamento de R$ 1,5 milhão para cada escola e caso a iniciativa privada entre no carnaval as escolas reembolsam a prefeitura em R$ 500 mil cada uma.

Outro ponto apresentado pelas escolas é que a Prefeitura isente o carnaval do ISS (imposto sobre serviços) que hoje gira perto dos R$ 6 milhões por ano. O valor já siginifica uma economia para o Grupo Especial. O prefeito e a secretária de Fazenda ficaram de estudar a proposta.

Tom religioso foi citado na reunião

Antes mesmo das escolas abordaram se a decisão do corte da verba teria algum tom religioso o prefeito explicou que não mistura os assuntos. Por diversas vezes, Crivella bateu na tecla de negar o tom religioso na medida. O prefeito citou que “pensa fora do aquário e que se fosse populista iria atender totalmente o pedido do carnaval, mas que o momento é difícil”.

Investimento em melhorias no Sambódromo

Crivella explicou para os presidentes que a Prefeitura do Rio fará obras de melhorias na Marquês de Sapucaí, como a substituição da iluminação para lâmpadas de led, a instalação de telões e outros reparos estruturais. O prefeito garantiu que se a Riotur não conseguir verba privada, a própria prefeitura bancará todas intervenções necessárias.

Verba do turismo

Na próxima segunda-feira também será abordada na reunião a possibilidade das escolas do samba receberam a verba da taxa do turismo nos meses de janeiro e fevereiro, como uma compensação pelo retorno financeiro que o carnaval gera na cidade.


Nenhum comentário:

Postar um comentário