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segunda-feira, 12 de junho de 2017

Crivella quer cortar pela metade subvenção às escolas: ‘A beleza está mais no samba no pé’

Por Redação

A informação divulgada no último sábado, 10, pelo presidente da União da Ilha de que a subvenção da Prefeitura às escolas de samba do Carnaval do Grupo Especial cairia 50% e voltaria a marca de R$ 1 milhão pra cada agremiação, surgiu de forma oficial nesta segunda-feira, 12, em entrevista do próprio prefeito Marcelo Crivella ao Jornal O Globo.

O dono do poder executivo da Cidade Maravilhosa argumentou a provável retração do valor repassado na crise que afeta o país, evidentemente, na possibilidade de aumentar o investimento em creches da cidade e usou também um discurso costumeiramente utilizado por alguns cronistas de carnaval que criticam exatamente as proporções que festa ganhou, enfatizando o valor do ‘samba no pé’.

– Eu propus à Liesa um corte de 50%. A beleza do carnaval carioca está mais no samba no pé mostrado pelos componentes. Juntas, as pessoas formam uma grande geografia humana. Carnaval é muito mais que carros alegóricos. Estamos com restrições orçamentárias. Quero usar esse recursos para a partir de agosto, quero pagar uma diária de R$ 20 para atender 3 mil crianças. Hoje, essas creches recebem R$ 10.. É pouco até mesmo para comprar um iogurte. É uma questão de refletir. Se vamos usar esses recursos para uma festa de três dias (Carnaval) ou ao longo de 365 dias ao ano – alegou o prefeito.
Ao Globo, o presidente da Liesa, Jorge Castanheira, discordou da possível decisão do prefeito e se apegou na movimentação da economia da cidade no período de Carnaval.

– O espetáculo chegou a um alto nível de qualidade. Isso seri um retrocesso. Aumentar verbas para creche de fato é importante, Mas é tratar da questão do Carnaval do Rio de uma maneira muito simplista. O carnaval movimenta R$ 3 bilhões para a cidade, conforme a própria Riotur já divulgou. É toda uma economia que gira entorno. Movimenta hotéis, restaurantes entre outras atividades econômicas que geram impostos para a própria prefeitura – argumentou Castanheira
Os cortes atingiriam também as subvenções dos grupos de acesso, mas em menor proporção.


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