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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Portela testa som e luz de carros alegóricos a quatro dias do desfile

Aproximadamente 300 pessoas trabalham 24 horas para escola fazer bonito na Marquês de Sapucaí

Por Pablo Rebello


 
RIO — O barracão da Portela ganhou vida na noite de quarta-feira. Ligaram-se as luzes e os carros alegóricos da agremiação brilharam enquanto técnicos avaliavam circuitos e ligações para garantir que estava tudo dentro dos conformes. Em algum lugar, o samba enredo “Madureira... Onde meu coração se deixou levar” começou a tocar. Os sons especiais projetados para os carros alegóricos logo se juntaram à canção. Para trás, segundo os integrantes da agremiação, ficaram as crises. Adiante, garantem, está a promessa de fazer um grande carnaval.

Para garantir que nada dê errado, aproximadamente 300 integrantes da escola de samba trabalham diariamente, a todas horas do dia e da noite, no barracão onde são feitos os últimos ajustes para apresentação na Marquês de Sapucaí. Segundo o diretor de carnaval Alex Fab, a agremiação conseguiu se reerguer após os problemas que viveu no ano passado, quando terminou em sexto lugar, graças a uma gestão consciente que soube como dividir as funções entre seus integrantes. Ele também acredita que a escolha acertada de homenagear Madureira no samba enredo incentivou todos a darem o melhor de si:

— Esse ano queremos dar aos portelenses a chance de entrarem na avenida de cabeça erguida. E se for para chorar, que seja de alegria — resumiu Alex.

A Portela pretende mostrar em seu desfile a importância do bairro de Madureira, não apenas por ser o local para onde todos os sambistas convergem em 2 de dezembro, dia do samba, mas por toda sua história, religiosidade e vocação comercial. Para Alex Fab, Madureira apresenta raça e personalidade marcante, onde não só o samba mas a música black encontrou seu reduto. Ele conta que tudo isso será mostrado na avenida com propriedade e opina sobre os motivos pelos quais acredita que a agremiação será uma das favoritas do ano:

— Nossa escola trabalhou em várias frentes esse ano. Para ganhar o carnaval, não basta o que foi feito no barracão. Não é só questão de técnica, não é só seguir o que já se tornou clássico, não é só o uso de tecnologia. É o conjunto de tudo isso. É essa mistura que, acreditamos, vai encantar o público — finalizou.
 
Fonte: O Globo



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