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quarta-feira, 19 de junho de 2013

Cidade do Samba seria opção para escolas 'sem teto'

Por Rodrigo Coutinho

Pode estar na própria Cidade do Samba, não a que ainda espera ser construída, mas a erguida em 2005, por um valor superior a R$ 100 milhões aplicado pela Prefeitura do Rio, a solução paliativa para o problema que aflinge algumas agremiações da Série A do carnaval carioca. Não existe nenhuma confirmação oficial por nenhuma das partes envolvidas, mas os dirigentes das agremiações da divisão de acesso ao Grupo Especial são unânimes em apontar o local como uma ótima opção para recebê-los momentâneamente.

Todos os dirigentes ouvidos pelo site CARNAVALESCO deram como sugestão o uso dos dois galpões que não estão sendo usados em sua totalidade no local. Vale lembrar que, quando a Cidade do Samba foi construída, o Grupo Especial contava com 14 agremiações. Com o passar do tempo e a mudança na conjuntura do grupo, dois galpões passaram a ser utilizados apenas parcialmente.

Um deles recebe um importante projeto de capacitação desenvolvido pela Amebrás, que atende a cerca de 300 pessoas e é desenvolvido nos andares superiores do barracão 01. Já o barracão 07, serve de apoio para qualquer imprevisto e uma espécie de estoque de algumas estruturas maiores que não estão sendo usadas momentâneamente pelas agremiações.

O espaço físico ocupado por uma agremiação da Série A dentro de um barracão é cerca de 40% menor se comparado a uma escola do Grupo Especial. Com adequações, na visão dos dirigentes, seria perfeitamente possível alocar as escolas ‘’sem teto’’ nos galpões da Cidade do Samba. A aproximação do presidente da Liesa, Jorge Luiz Castanheira, com a Série A é vista como um trunfo pelos dirigentes, apesar de a questão ainda não ter sido tratada diretamente com ele.

Na logística do transporte das alegorias para a Avenida no Carnaval 2013, a União do Parque Curicica saiu de seu barracão um dia antes do previsto, já que o galpão fica próximo a área de manobra dos ônibus da Rodoviária Novo Rio e a Tricolor desfilaria na sexta-feira de carnaval. Como, normalmente, teria de retirar suas alegorias na madrugada de quinta para sexta, quando o movimento de veículos na rodoviária é muito intenso, a Prefeitura optou por levar a escola para o barracão 01 da Cidade do Samba, o que deu certo.

Um dia antes do desfile, a reportagem do site CARNAVALESCO esteve na Cidade do Samba e entrou no barracão que recebeu a União do Parque Curicica por pouco menos de 24 horas. A escola terminava os últimos detalhes do desfile e o espaço físico no amplo térreo do barracão 01 abrigava facilmente mais duas escolas da Série A.

Em contrapartida há os gastos estruturais dos barracões da Cidade do Samba, que não são baixos, de acordo com informações passadas por presidentes do Grupo Especial. Estas e outras questões podem ser definidas nesta quinta-feira, quando haverá uma reunião na RioTur para começar a resolver o imbróglio.

Atualmente, União de Jacarepaguá, Unidos do Viradouro e Unidos de Padre Miguel ocupam um terreno sem cobertura e sem ponto de luz na Avenida Brasil. O detalhe é que o local foi designado pela própria Prefeitura e não permitido às escolas que se construa nenhuma estrutura no local. Além delas, a Acadêmicos de Santa Cruz já foi notificada pela Companhia Docas e pode perder seu barracão na Zona Portuária nos próximos dias.


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