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segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Academicamente popular! Graduandos da UFRJ homenageiam carnavalescos na Cidade do Samba

Por Vinicius Albudane


Na noite da última sexta-feira (30), estudantes pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) promoveram um evento intulado ‘Mérito Acadêmico’ na Cidade do Samba. O grupo oriundo do Observatório de Carnaval (Obcar), pertencente ao Laboratório de Estudos da Imagem e Som (Labedis) do Museu Nacional, reuniu personalidades na entrega de considerações acadêmicas sobre os sambas e enredos do Carnaval 2019.

Tiago Freitas, doutorando em Linguística pela universidade e idealizador do projeto, explicou a iniciativa: “O Observatório foi projetado em novembro de 2017 com a missão primeira de promover a integração multidisciplinar de áreas da academia, fomentando o espaço científico para as discussões carnavalescas no âmbito da graduação e .pós-graduação”.

“A meta é fortalecer a observação do Carnaval em âmbito de discurso (imagem, linguagens literárias, linguística, artes, movimento, economia, historicidade, arquiteturas, territorialidades e comunicação e afins)”, destacou o coordenador.
A festa reuniu personalidades como: Rosa Magalhães, Renato Lage, Severo Luzardo, Alexandre Louzada, Jorge Silveira e Hélcio Paim. Um dos apoiadores e responsáveis pela execução do Mérito, Milton Cunha, atentou a importância da iniciativa pela situação que a festa popular está passando: “É um órgão universitário referendando a perspectiva cultural da escola de samba. Isso nos ajuda a dizer: ‘Vejam como somos importantes, até o Observatório do Carnaval nos dá um mérito acadêmico'”.

“É uma forma de reunir todos, e depois usar a cerimônia para passar uma mensagem à gestão pública: ‘Olha, até a universidade reconhece nossa competência cultural'”, ressaltou o comentarista.

Um dos carnavalescos homenageados na noite, Jack Vasconcelos, também formado pela UFRJ, falou sobre a necessidade de uma análise dos enredos: “Eu acho urgente essa aproximação do Carnaval com a academia. Isso é tradição, a gente não pode deixar que as adversidades e alguns problemas afrouxe esse laço tão tradicional. E mais bacana ainda é perceber o interesse do jovem pelo que as escolas estão fazendo. Pesquisar a festa é necessário. Eu enxergo os enredos como o momento que o grande público tem acesso a sua própria história e formação. Os enredos são uma forma do povo ‘se enxergar'”.




Fonte: www.srzd.com

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