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terça-feira, 4 de novembro de 2014

Waldyr 59: 'o carnaval tem uma magia que me alimenta'

Por Rafael Arantes
Aquelas velhas lembranças que construíram uma história. São 87 anos de vida e Waldyr 59 nunca abre mão de exaltar o grande amor pela Portela. Foi na escola de Oswaldo Cruz que o sambista emplacou diversos sambas-enredo ao lado do amigo Candeia e onde guarda até hoje os maiores momentos da vida no mundo do samba. É com ele que o site CARNAVALESCO uma nova série de reportagens com personagens importantes de cada escola de samba do Grupo Especial.

- A Portela é tudo pra mim e o carnaval tem toda uma magia que me alimenta. Eu sempre faço questão de falar que comecei apenas como mais um humilde compositor, mas nasci com esse dom. Todos os sambas que fiz, seja de enredo ou de roda, traduzem um pouco de tudo o que já vivi.

A Portela já desfilou e garantiu títulos com obras de Waldyr 59 e essa é apenas uma das formas como o compositor ressalta o sucesso da parceria com Candeia. Segundo o sambista, a dobradinha contava com a essência perfeita para dar certo: o estudo e a música.

- O Candeia foi o meu melhor parceiro, a minha alma gêmea das composições. Eu nunca cantei, essa era a missão dele. Eu sempre escrevi as letras e ele tornava cada uma em música. E isso é provado em muitos sambas nossos e em um em especial. 'Ser Portela é ter qualidade', diz a música, mostra a gente.

A história de Waldyr com a Portela, no entanto, não fica apenas nas composições. O baluarte foi um dos grandes responsáveis pela relação entre grandes nomes da música com a Azul e Branca e, principalmente, da lendária Clara Nunes.

- Eu conheci a Clara em São Paulo. O Paulinho da Viola chegou uma vez na Portela querendo saber quem eu era e perguntando se eu poderia participar da Bienal do Samba, lá em São Paulo. Eu fui com meus parceiros da Ala dos Impossíveis e lá nos bastidores ela chegou querendo saber quem nós éramos. Contei que era de uma escola de samba do Rio de Janeiro, da Portela, e a convidei para desfilar. Ela também era carioca, mas não era de samba. Marquei em frente ao Teatro João Caetano e prometi que levaria uma roupa para ela. Lá estava, Clara Nunes na nossa Portela.

De todas as obras já compostas, uma marca em especial a vida de Waldyr. A música "Não é bem assim" é considerada a mais especial para o compositor, que relembrou a obra para o site CARNAVALESCO. Confira:

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